22 de março, 2015

 
“Aos trinta dias do mês de Março de mil novecentos e sete, nesta paroquial Igreja de Fátima, concelho de Vila Nova de Ourém, Patriarcado de Lisboa, baptizei solenemente um indivíduo do sexo feminino, a quem dei o nome de Lúcia, nascida em Aljustrel, desta freguesia, às sete horas da tarde de vinte e dois de Março corrente…”. Assim consta na ata de batismo daquela que conhecemos como a Irmã Lúcia de Jesus, a mais velha dos videntes e a que ficou mais tempo nesta vida, com a missão de dar a conhecer ao mundo tudo aquilo que se passou em Fátima.
A sua vida não foi nada fácil após as aparições de Nossa Senhora, especialmente em casa, uma vez que os seus pais e irmãos julgavam que tudo não passava de uma mentira ou invenção de crianças. Isto para Lúcia foi muito doloroso, porque estava habituada a todos os mimos, pois era a mais nova da família. Ela própria o refere nas suas confissões: “Era a terceira vez que minha mãe ouvia falar, por fora, destes acontecimentos, sem eu ter dito palavra em casa. Chama-me, então, já pouco contente, e pergunta-me: - Vamos a ver: o que é que vocês dizem que vêem para aí?! – Não sei, minha mãe. Não sei o que é. Várias pessoas começavam por fazer troça. E como eu, desde a minha primeira comunhão, me ficava por algum tempo como que abstrata, recordando o que se tinha passado, minhas irmãs, com algo de desprezo, perguntavam-me: - Estás a ver algum embrulhado no lençol? Estes gestos e palavras de desdém eram-me muito sensíveis, pois eu não estava habituada senão a carinhos”.
Todos estes sacrifícios foram acolhidos por Lúcia como uma oportunidade para sofrer pelos pecadores e assim contribuir para reparar os ultrajes que são cometidos contra Nosso Senhor e Nossa Senhora. A atitude de sua mãe para com ela também a fez sofrer muito, mas isso não a impediu de ver sempre a mãe como uma santa mulher.
Graças à Irmã Lúcia temos acesso à história das Aparições e também à história da vida dos três pastorinhos. Lúcia escreveu tudo isso nas suas memórias, não para se vangloriar, mas por obediência ao seu bispo, que lhe pediu que o fizesse, pois por vontade própria, como refere, não teria escrito nada.
“Agradecemos ao Senhor esta graça extraordinária de podermos ter hoje nas mãos a obra completa sobre a Mensagem de Fátima, que tanto ajudará a conhecer e a amar- sempre mais – a Santa Mãe de Deus e nossa Mãe.”, diz o padre Luís Kondor no prefácio do primeiro livro de memórias da Irmã Lúcia. O mesmo é dizer que agradecemos ao Senhor pelo legado deixado pela Irmã Lúcia a toda a Igreja e a todo o mundo. É com estas palavras que fazemos memória, ainda que singela, da irmã Lúcia no dia do seu aniversário natalício.
Sandra Dantas
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