21 de janeiro, 2018

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Diocese de Leiria-Fátima assinalou Centenário da Restauração da Diocese com missa de ação de graças

D. António Marto presidiu a celebração na Sé de Leiria e reconheceu a Igreja como “obra de Deus”

 

A diocese de Leiria-Fátima assinalou hoje o Centenário da Restauração da Diocese com missa de ação de graças na Sé de Leiria, presidida por D. António Marto, bispo da diocese.

A 17 de janeiro de 1918, o Papa Bento XV restaurou a diocese de Leiria, que fora extinta em 1881 por motivos políticos. Em 1984 haveria de ser designada diocese de Leiria-Fátima.

“Como é belo ver hoje aqui a nossa Igreja diocesana reunida na catedral, com todo o seu presbitério e os representantes das paróquias, dos serviços diocesanos, institutos de vida consagrada, movimentos, para celebrar o centenário da restauração, em comunhão eclesial com o Santo Padre, representado pelo senhor Núncio Apostólico e com os bispos de outras dioceses irmãs e também com a presença das excelentíssimas autoridades civis, militares, académicas e representantes de outras instituições em sinal da mútua colaboração no bem comum”, exultou D. António Marto.

O prelado convidou todos os presentes na celebração a “reconhecer a Igreja como obra de Deus”, uma vez que “não nasce num laboratório, por iniciativa humana”, mas sim do “coração de Deus que forma um povo com quem faz aliança e história de salvação”.

“Ser Igreja é sentir-se nas mãos de Deus que é Pai, nos ama, nos acarinha, nos acompanha e nos faz sentir a sua ternura”, lembrou.

Em 100 anos de história de uma diocese é importante “reconhecer todas as pedras vivas com que foi edificada a nossa Igreja diocesana ao longos destes cem anos é dever de gratidão e estímulo formidável para olhar para o futuro com confiança e esperança”.

“O centenário da restauração da Diocese é uma ocasião para aprofundar o sentido de identificação e pertença dos fiéis a esta Igreja local e para desenvolver a participação ativa e esclarecida de todos os membros na sua edificação, reconhecendo a riqueza dos seus carismas e ministérios e determinando-lhes o espaço próprio”, explicou o bispo diocesano.

D. António Marto alertou para a “urgência que supõe criar um clima de fraternidade nas nossas comunidades que primem pela atenção e estima recíprocas e onde cada um é apoio de todos e todos de cada um”, porque é importante não esquecer que “a Igreja evangeliza não só pela Palavra que prega, mas pela imagem de comunidade que apresenta”.

A diocese de Leiria foi restaurada a 17 de janeiro de 1918, pelo decreto Quo vehementius do Papa Bento XV. Havia sido criada pelo Papa Paulo III, a 22 de maio de 1545, a pedido do rei D. João III, e extinta mais de três séculos depois, a 30 de setembro de 1881, sob bula de Leão XIII, após as devastadoras invasões francesas e numa conjuntura política liberal.

Um ano antes da restauração, ocorreram as Aparições na Cova da Iria, num território que pertencia então à diocese de Lisboa. Após a restauração, Fátima passou a integrar diocese de Leiria.

Foi o primeiro bispo diocesano, D. José Alves Correia da Silva, que declarou “dignas de crédito as visões dos pastorinhos na Cova da Iria” e autorizou o culto oficial a Nossa Senhora de Fátima, por provisão de 13 de outubro de 1930, na sequência de um inquérito canónico por ele ordenado. D. José Alves Correia da Silva assumiu também um papel de destaque na organização e estruturação e do Santuário de Fátima, tendo iniciado a construção da Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, onde, de resto, se encontra sepultado.

As Aparições de Fátima, que haviam ocorrido um ano antes da restauração, viriam a marcar a história da diocese de Leiria, reforçando o seu lugar na Igreja em Portugal e projetando-a no mundo. Em sinal da importância de Fátima na história da diocese de Leiria, esta viria a designar-se de Leiria-Fátima, pela bula pontifícia Qua pietate, de 13 de maio de 1984.

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