26 de novembro, 2016

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Fátima entrega a «este mundo insensato e violento uma mão cheia de luz», disse o bispo de Lamego

D. António Couto proferiu a conferência sobre o tema do ano na Jornada de Abertura do Ano jubilar

 

O bispo da diocese de Lamego, D. António Couto, afirmou esta tarde, durante a conferência que proferiu na Jornada de Abertura do Ano Jubilar do Centenário das Aparições que «para quem tem olhos para ver, Fátima entrega a este mundo insensato e violento uma mão cheia de luz e de bom senso».

Com uma conferência intitulada “O Senhor fez maravilhas: Maria na história da Salvação”, o prelado sublinhou «a luz nova e mansa» deixada por Nossa Senhora aos pastorinhos, e que tem hoje uma enorme atualidade porque «Em Fátima encontramos Maria, as crianças, as ovelhas mansas, a oração, a conversão, as contas do rosário, os segredos profundos da guerra e da paz».

No "itinerário" proposto para a sua reflexão, dividida em cinco partes, foi na última que D. António Couto se referiu mais explicitamente a Fátima, e para revelar a contemporaneidade da mensagem deixada pela Senhora do Rosário, estabeleceu um paralelo com o mundo de hoje.

Há semelhança do que aconteceu há cem anos, «nunca se abriram tantas valas comuns nem se produziu tanto sofrimento” fazendo ressurgir Deus “com uma violência inaudita».

«Não deixa de ser paradoxal que o Deus que a razão iluminada aniquilou tenho ressurgido desta forma tão violenta porque é em nome de Deus que se têm produzido as maiores crueldades e as decisões mais insensatas desde os trágicos acontecimentos de 11 de setembro de 2001», referiu o bispo da diocese de Lamego.

D. António Couto lembrou que como há cem anos atrás, de Fátima «continua a elevar-se um grito, que desvenda a história escura e o coração empedernido e esclerosado dos homens e deixa entrever um novo sol no meio dos grãos de chuva que ao mesmo tempo turvam e lavam o olhar».

«É uma Luz nova e mansa, vinda de Deus e a única que pode alimentar a nossa luz reflexa» pois «o caminho da humanidade não é a da autorreferencialidade mas sim a luz que vem de Deus», precisou.

«De há cem anos a esta parte que Fátima mostra ao mundo as maravilhas que Deus fez e faz no meio dos caminhos poeirentos da humanidade», prosseguiu ainda o bispo da diocese de Lamego.

«Em Fátima encontramos Jesus, o filho de Maria, verbo de Deus abreviado neste pão novo» que se afigura como a salvação para «uma humanidade ferida e faminta».

«Fátima pode ser o lugar de encontro e recitação à volta de Maria e deste pão», concluiu o bispo de Lamego na conferência da Jornada de Abertura do Ano Jubilar, que será aberto formalmente este domingo por D. António Marto, bispo da diocese de Leiria-Fátima, com uma passagem pelo Pórtico Jubilar e a eucaristia dominical.

Para o prelado diocesano de Leiria-Fátima este ano jubilar «coroa seis anos de comemorações deste centenário e convoca-nos a todos, como igreja, a vivermos este tempo favorável com três objetivos: ação de graças, experiência de misericórdia e de compromisso com a paz».

Para D. António Marto estes «convites e interpelações de Deus» neste Ano Jubilar significam «um maior compromisso com Deus mas também com os irmãos respondendo aos apelos feitos por Nossa Senhora à conversão».

Segundo o prelado isso só se alcança «através de uma mudança de vida» que tenha por base «a justiça e a paz, tal como a Senhora pediu».

D. António Marto referiu-se, em seguida, ao tema do ano- “O Meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus”-  destacando que ele «sintetiza toda a mensagem de Fátima» pois «só o coração é capaz de falar ao coração» e o de Nossa Senhora «é um coração cheio de ternura que canta e conta as maravilhas do Senhor».

Em finais de 2010, acolhendo um explícito desafio do Papa Bento XVI, o Santuário de Fátima iniciou um itinerário celebrativo do centenário das Aparições de 7 anos. Chega-se agora, ao sétimo ciclo, que corresponde ao auge da celebração do Centenário, ao Ano Jubilar, que amanhã será aberto solenemente.

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