PESQUISA

Tipologia: INSTITUTOS DE SOLIDARIEDADE SOCIAL

Continente: EUROPA

País: Portugal

Diocese: ALGARVE

Endereço: 8700-249 OLHÃO

Localidade: OLHÃO

Código Postal: RUA DÂMASO ENCARNAÇÃO 4

Telefone: 289703115

Fax: 289703820

História:


Este Centro surgiu como expressão de caridade evangélica e de solidariedade social, em ordem a amparar e proteger meninas, cujo crescimento em família se tornava problemático e não oferecia garantias seguras de futuro.
Trata-se, na maioria dos casos, em dar acolhimento a crianças privadas de afecto e carinho da parte dos pais, que, por circunstancias várias, não lhes podiam proporcionar uma educação condigna.
Foi para responder a esta carência familiar e social, para tirar à rua seres indefesos, que a comunidade paroquial de Olhão, com o Senhor Cónego Delgado à frente, lançou a primeira pedra deste edifício, que em breve se tornou pequeno para dar resposta aos inúmeros pedidos, que aqui chegavam.
Com o andar dos anos, a casa levantava em moldes antigos, embora com bons e fortes alicerces, deixou de satisfazer plenamente à sua missão pedagógica, por falta de dependências adequadas, espaços mais largos e arejados, para uma boa formação feminina, exigida no tempo que estamos vivendo.
Foi olhando para o futuro, para a formação e educação da mulher, para a salvaguarda da dignidade e da condição feminina, que a direcção desta casa e a comunidade das Irmãs Religiosas Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição, se lançaram corajosamente na restauração deste Centro, aproveitando o que era possível conservar, restaurando o que estava completamente degradado, adaptando e fazendo de novo o que se impunha como necessário ao seu bom funcionamento. Levantaram-se novas paredes. Fizeram-se divisões mais apropriadas. Alargaram-se salas para estudo, trabalho, recreio e descanso. Deu-se ao edifício, tanto interiormente como no seu exterior, um aspecto de rejuvenescimento, de equilíbrio de linhas arquitectónicas, com mais luz, mais ar e mais alegria.
A restauração e renovação do Centro de Bem-Estar Social só foi possível, mediante a participação do Centro Regional de Segurança Social de Faro, que para aqui canalizou alguns milhares de contos. No cumprimento da missão que lhe é própria, a Segurança Social, com a compreensão, a lucidez, a abertura aos problemas sociais do distrito de Faro, a boa vontade da sua direcção, não faltou com os subsídios necessários para que esta obra pudesse continuar a responder aos objectivos que presidiram à sua fundação.
Mas, para além de todos os auxílios oficiais este Centro existe, tem-se mantido e continuará, porque a gente de Olhão assim o quer. Os olhanenses amam esta casa. Para ela correm com as suas dádivas, as suas ofertas. A generosidade dos olhanenses é bem visível nesta obra. Tem sido uma constante de todos os dias.
Porém, temos de considerar que o Centro não se reduz ao edifício material. Tem de possuir alma, o calor dos espíritos, o amor dos corações. O seu principal alicerce está nas pessoas que o dirigem, orientam e nele trabalham. Está nas pessoas que aqui vivem, sobretudo nas comunidades das Irmãs Religiosas, com o dinamismo, a experiência, a dedicação, o sacrifício da sua Superiora, Ir. Clara de Jesus da Silva, e de todas as irmãs que com elas trabalham e colaboram, num verdadeiro espírito religioso, comunitário e fraterno. Trata-se duma comunidade religiosa que vive inteiramente dedicada às meninas que lhes são confiadas. É um trabalho feito sempre com amor, com dedicação, com carinho, com alegria. Elas pedem. Vão de porta em porta em porta. Fazem festas, organizam verbenas, tudo o que fazem para conseguirem os meios necessários à renovação da casa e para a sua manutenção diária.
Para além da participação do Centro Regional da Segurança Social, foram necessários mais alguns milhares de contos para obras que eram urgentes e imprescindíveis. E as ofertas vieram de particulares e também de entidades oficiais, sendo justo salientar a comparticipação da Câmara Municipal de Olhão, que dentro da sua capacidade económica e meios de trabalho de que dispõe, sobretudo no seu parque de máquinas, nunca regateou o seu auxílio. Hoje é dia de festa. A inauguração desta casa renovada. Centro de Bem-Estar Social de Nossa Senhora de Fátima. Lugar de acolhimento de meninas, que precisam de amparo, carinho e afecto, a fim de crescerem no equilíbrio das suas faculdades físicas, morais e espirituais, em todas as dimensões da sua existência, para serem moças e mulheres dignas, no desempenho de missões que forem chamadas a desempenhar, quer na família quer noutros sectores da sociedade, a nível de qualquer estrutura, no dia de amanhã.
Ao acolher meninas carenciadas, não pretende este Centro substituir a família ou sobrepor-se à missão dos pais, isentando-os das suas responsabilidades. Eles são e devem ser sempre os primeiros educadores. "Os pais, que transmitiram a vida aos filhos, têm uma gravíssima obrigação de educar a prole e, por isso, devem ser reconhecidos como os seus primeiros e principais educadores. Esta função educativa é de tal peso, que onde não existir, dificilmente poderá ser suprida ... A Família é a primeira escola das virtudes sociais de que as sociedades têm necessidade". O estado e a Igreja tem a grave obrigação de auxiliar os pais na função educativa, mas nunca os substituir.
Depende da educação, da maneira como são acolhidas as crianças e formada a nossa juventude, o futuro do nosso país, como nação livre e independente. Pelo materialismo que as escolas e os meios de comunicação social estão veiculando na alma da juventude; pela debilidade dos valores éticos e morais, que vão sendo substituídos pelo relativismo moral e pela permissividade; pela irresponsabilidade e demissão de muitos professores e a ditadura ideológica de outros, algo de errado e confuso, mas com objectivos bem definidos, vem sucedendo nos estabelecimentos de ensino do nosso país.
Os pais e educadores são chamados a empenhar-se na formação dos seus filhos e educandos. Não podem deixar a escola a trabalhar sozinha. Devem ser chamados em associações de pais, como interlocutores nas decisões que se tomam a nível de Governo e da Assembleia da República. Quem os ouve? Quem os consulta, em leis como a do aborto, da educação sexual, do planeamento familiar? Numa sociedade democrática e pluralista, como se diz que somos, legisla-se muitas vezes nas costas dos pais e dos educadores.
Numa sociedade pluralista, os pais e educadores que amam os seus filhos têm de organizar-se, em defesa e promoção dos seus direitos legítimos, que deliberadamente são esquecidos ou asfixiados por aqueles que publicamente assumiram a obrigação e a responsabilidade de os respeitar.
Apresentando as minhas felicitações, à Direcção, às Irmãs Religiosas, ao Centro de Segurança social, às entidades oficiais e particulares, a todas as pessoas que contribuíram para a renovação deste Centro, dando-lhe um rosto novo, faço votos para que ele corresponda plenamente aos objectivos para que foi fundado, ajudando a formar e educar mulheres, que sejam portadoras dos grandes valores, que edificam os lares e as pátrias. Congratulo-me com todos vós, neste dia de festa, desejando que ele se prolongue nas almas e nos corações das crianças e da juventude que desejamos ver crescer forte, sadia, alegre e corajosa.
Fonte: http://cbesnsfolhao.com.sapo.pt/index.htm (página da instituição)
 
"Ainda o Centro de Bem-Estar de Nossa Senhora de Fátima" In: O Olhanense, 15 de Novembro 2009, p. 11.
 

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