Ornamentações do Tempo do Natal no Santuário de Fátima

Ornamentações do Tempo do Natal no Santuário de Fátima 

Junto ao presépio de José Aurélio, à maneira de pano de armar, instala-se uma malha de luzes a fazer sobressair o grupo escultórico na quadra natalícia.

É expectável que uma pesquisa pelas fotografias que integram o Núcleo Audiovisual do Arquivo do Santuário de Fátima encontre formas de dignificar os espaços do Santuário da Cova da Iria quando da celebração das festas do Natal. O presépio da Basílica de Nossa Senhora do Rosário foi, durante várias décadas, montado diante da porta que atualmente conduz à capela de São José. Parte desses elementos cénicos e das figuras desse presépio, embora em estado de conservação com bastantes fragilidades, ainda se conserva na reserva do Museu. A partir do ano 2000, quando da exposição em permanência do presépio de José Aurélio, a propósito da celebração dos 2000 anos da encarnação, eram colocadas no recinto de oração umas mangueiras luminosas que, dispostas sobre as baias de segmentação do espaço, conduziam o olhar entre a Capelinha e o presépio diante desta colocado. 
Já virada a segunda década do século XXI, ensaiaram-se diferentes formas de ornamentação de uma árvore de Natal natural que deu lugar, depois, a uma árvore estilizada, colocada junto ao presbitério do recinto de oração. Esta estrutura cónica, com possibilidade de ver a iluminação modelada através de malha metálica, foi desenhada por Joana Delgado. Junto ao presépio de José Aurélio, à maneira de pano de armar, instala-se uma malha de luzes a fazer sobressair o grupo escultórico na quadra natalícia. Junto da Basílica da Santíssima Trindade, nas vigas sobre os lagos, projetam-se, nos dias do Tempo do Natal, duas estrelas que, em movimentos muito suaves, anunciam o nascimento de Cristo. 
Para além dos diferentes presépios e imagens do Deus Menino que se colocam à veneração dos fiéis nos espaços litúrgicos e nas receções da Reitoria, das Casas de Retiros e do Centro Pastoral, destacam-se os presépios monumentais da autoria de Clara Menéres, na Basílica da Santíssima Trindade, datado de 2010, e de Paulo Neves, na Basílica de Nossa Senhora do Rosário, criado em 2017.