31 de dezembro, 2018

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Cardeal D. António Marto recorda ano passado e perspetiva “caminhos promissores de futuro”

Na Missa de ação de graças pelo ano de 2018, o bispo de Leiria-Fátima destacou a importância da peregrinação na vida da Igreja e anunciou um contributo solidário do Santuário às vítimas do tsunami na Indonésia

 

O bispo de Leiria-Fátima, cardeal D. António Marto, presidiu, esta noite, à Missa de ação de graças pelo ano que findou. Na homilia, o prelado recordou alguns dos momentos de maior importância na vida da Igreja, perspetivando caminhos para um futuro promissor. O bispo de Leiria-Fátima falou da paz como uma responsabilidade comum, de uma santidade acessível a todos, e deu graças pela peregrinação em Igreja.

Sobre o novo ano pastoral em que o Santuário de Fátima dá graças a Deus por peregrinar em Igreja, o prelado apontou para as oportunidades que a mensagem de Fátima e a pastoral do Santuário oferecem com vista a uma “experiência de peregrinação entre as perseguições do mundo e as consolações de Deus”.

Ao evocar a carta pastoral “Fátima, sinal de esperança para o nosso tempo”, que o episcopado português redigiu no final de 2016, D. António Marto relembrou as graças na fé que a peregrinação a Fátima suscitou ao longo de cem anos, nomeadamente: “a revitalização da fé de muitos crentes cansados, a conversão de muitos corações endurecidos; a reafirmação da pertença eclesial de muitos batizados desorientados; e uma religiosidade que plasmou a vida de grande parte do povo português”.

Foi ao apresentar a peregrinação em Igreja como um momento de “caminho em direção à plenitude, solidário com as alegrias e dores da humanidade”, que o cardeal português anunciou “um primeiro contributo do Santuário de Fátima de 15 mil euros, como apoio solidário às populações atingidas pelo tsunami na Indonésia”.

No âmbito da Igreja diocesana, o cardeal português começou por recordar a celebração do centenário da restauração da diocese de Leiria-Fátima, que considerou ter sido um "verdadeiro e forte momento de graça", vivido com "empenho e entusiasmo a experiência da alegria de ser Igreja do Senhor, em saída ao encontro das periferias humanas e existenciais".

Ainda sobre a dinâmica pastoral da diocese de Leiria-Fátima, referiu o biénio dedicado aos jovens, que iniciou em outubro último, sob o mote “Jovens, fé e vocação”, tema que admitiu ser "vital para a Igreja e para a sociedade".

"Perante as dificuldades dos jovens face ao futuro e certa apatia de muitos em relação à fé, temos de encontrar novos caminhos e novas linguagens que falem à sua vida e ao seu coração: que sejam capazes de os ajudar a abrir-se a projetos e ideais bons e belos para eles próprios e para o mundo, a comprometer-se com causas boas de serviço aos outros, a despertar para a fé, a descobrir a vocação ao amor verdadeiro e o sentido da afetividade", disse, ao questionar se não serão os adultos os "os primeiros responsáveis de gerações incrédulas que defrontam hoje a vida", afirmou.

Já numa perspetiva da Igreja universal, o bispo de Leiria-Fátima sublinhou a “importância, a atualidade e a beleza da exortação apostólica do Papa Francisco ‘Alegrai-vos e exultai’, onde o Santo Padre apresenta a santidade como algo “simples, que está ao alcance de todos, e que se vive no meio do mundo na vida normal de cada dia”.

“É santidade popular acessível a todos, santidade do quotidiano que podemos ver nos ‘santos da porta ao lado’, ao nosso lado, ‘santos da rua’, em que vivemos ou passamos.  Esta santidade consiste em pôr Deus no centro da nossa vida, em sair dos nossos egoísmos, em viver as circunstâncias da nossa vida exercendo o amor de Deus e a fraternidade do próximo, segundo as bem-aventuranças”, explicou o cardeal português.

Por fim, D. António Marto destacou a “urgente atualidade” da mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial da Paz – que se celebra neste primeiro dia de Janeiro –, que apresenta a “boa política” como um “serviço da paz”.

“A mensagem dirige-se a todas as pessoas inquietas, sejam cidadãos ou exerçam um mandato. A responsabilidade pela paz diz respeito a todos. Não se constrói só com cimeiras políticas, a partir de cima. Devemos construí-la todos juntos como cidadãos, a partir de baixo, com a palavra, o diálogo, a salvaguarda do direito, a reconciliação; uma paz a viver como relação de respeito para com o próximo, para com os mais frágeis e pobres e para com o planeta que é a nossa casa comum”, concluiu, ao enunciar o testemunho das virtudes que o Papa apresenta em forma de bem-aventuranças aos atores políticos.

Após a celebração, que decorreu na Basílica da Santíssima Trindade, seguiu-se uma procissão para a Capelinha das Aparições, onde foi recitado o Rosário, seguido de consagração a Nossa Senhora e gesto de Paz. Os sinos da torre da Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima repicaram à meia-noite e, após a vigília de oração, os peregrinos presentes reuniram-se num momento de confraternização na Casa de Retiros de Nossa Senhora das Dores, onde o Santuário ofereceu um chá.

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26 abr 2024

Missa, na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima

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Missa

Rosário, na Capelinha das Aparições

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Terço
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