29 de setembro, 2019

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O bispo de Lamego exortou os peregrinos de Fátima a “esbanjarem” a alegria e a beleza do Evangelho

D. António Couto presidiu à Missa dominical no Recinto de Oração, na qual participaram os peregrinos rosaristas, dominicanos e claretianos para além de 11 grupos estrangeiros

 

O bispo da diocese de Lamego, D. António Couto, desafiou esta manhã em Fátima, os peregrinos a serem “esbanjadores” da alegria do Evangelho ao invés de se preocuparem em amealhar os bens terrenos.

Na homilia que proferiu durante a missa internacional deste domingo no Recinto de Oração, na qual participaram 20 grupos que se anunciaram no Santuário - 9 dos quais portugueses e 11 estrangeiros-, D. António Couto alertou para as consequências de uma vida assente nos bens materiais, em que falta a “sincronia e a sintonia de um coração iluminado e habitado por Deus”, e exortou os peregrinos a redirecionar as suas prioridades para Deus e para os irmãos.

Na reflexão sobre as passagens bíblicas lidas este domingo, o prelado de Lamego realçou a importância da preocupação com os menos privilegiados como um traço distintivo de Deus e um dever para os crentes.

“Deus deu-nos este coração e este chão maravilhoso não para nós ardilosamente retirarmos debaixo dos pés uns dos outros mas para peregrinarmos cientes do amor infinito do pai”, afirmou lembrando que aos olhos de Deus vale mais “um simples ato de perdão “do que uma quantidade significativa de ouro.

“Há lá maior esbanjador do que Nosso Senhor que sendo rico se fez pobre para nos enriquecer com a sua pobreza? Esbanjou o amor, o perdão e a própria vida. Há lá maior esbanjador?”, interpelou.

“Nós somos constituídos administradores esbanjadores dos bens mais preciosos da casa do nosso Deus”, enfatizou.

“O evangelho critica o homem rico de hoje, não por ele ser rico, mas por ser cego e insensível aos outros”, concluiu, criticando os “ricos que vivem regalados e enfartados neste mundo” sem olharem para o mais próximo e necessitado.

O prelado de Lamego recordou que a santidade e a proximidade a Deus só se alcançam quando nos despojamos dos bens materiais. E, concretizou com os exemplos de São Domingos e de São Francisco de Assis a seguir nos dias de hoje.

“Com tanta alegria lutaram por viver pobres e hoje empregamos todas as nossas forças para sermos ricos. Alguma coisa não bate certo. Os santos esbanjaram tudo e nesse esbanjamento sentiram o saber da alegria que é o sabor de Deus; nós amealhamos o mais que podemos e vivemos com preocupações e tristeza, por causa da ferrugem e da traça” afirmou.

“O que nos falta então: ouro, prata, cobre, vestidos de purpura? Não isso atrapalha-nos; o que nos falta é a alegria, a beleza e a pureza do Evangelho de Deus e de Maria” respondeu desafiando os peregrinos que vieram ao Santuário “saciar as sedes, os anseios e as esperanças do coração” a “esbanjar a alegria e a beleza de Jesus”.

A Missa de hoje contou com a participação especial de dois grupos numerosos que desde ontem estão em peregrinação no santuário de Fátima: a família Claretiana e a Peregrinação Nacional do Rosário e da família Dominicana. Além deste grupo participaram ainda peregrinos portugueses de diversas proveniências e 11 grupos de Itália, Espanha, Alemanha, Irlanda e Polónia.

 

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