06 de agosto, 2021

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Jovens tiram tempo das férias para servir, rezar e meditar, no Santuário de Fátima

Um grupo de nove jovens participa, esta semana, no primeiro turno do Projeto SETE, que oferece uma experiência de imersão de voluntariado, com momentos de oração e serviço aos peregrinos.

 

Depois do pequeno-almoço, é altura de dar alimento à alma. A oração abre os dias de voluntariado no Santuário de Fátima e o Projeto SETE não é exceção. Numa capela da Casa da Casa de Retiros de Nossa Senhora do Carmo, os nove jovens, com idades entre os 18 e os 25 anos, que participam neste primeiro turno, meditam a Palavra e recitam salmos. Na orientação do momento está o padre José Nuno Silva, capelão do Santuário, e a Irmã Sandra Bartolomeu, das Servas de Nossa Senhora de Fátima, da equipa que coordena o projeto.

“O Projeto SETE é uma imersão de voluntariado jovem no Santuário de Fátima e a partir da mensagem de Fátima. Implica um tempo de serviço, em que os jovens dedicam o seu tempo e os seus dons em favor das necessidades dos peregrinos que vêm ao Santuário: no acolhimento; na limpeza dos espaços; nas oficinas; na colocação de velas… Estas tarefas são feitas a partir de um horizonte profundo do sentido cristão que está presente na mensagem de Fátima: a vocação da vida humana para o dom de si mesmo, a partir do amor de Deus”, explica a Irmã Sandra Bartolomeu.

Foi a procura “daquilo que Deus quer” que levou Marta Gomes, de Torres Vedras, a participar, pela primeira vez, no projeto SETE, do qual tomou conhecimento através das redes do sociais do Santuário de Fátima. Gosta de se sentir segura nos desafios que abraça, mas, desta vez, resolveu arriscar quase que espontaneamente, motivada pela demanda da descoberta vocacional.

“Parti para este projeto à descoberta do que Deus espera de mim. Só costumo vir a Fátima uma a duas vezes por ano e, este ano, já vim quatro ou cinco vezes, a última das quais vim sozinha e foi muito especial… Deus sabe que eu tenho uma ligação muito forte com a Mãe e sinto que escolheu este lugar para realizar alguma coisa no meu coração”, conta a jovem voluntária.

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Jovens voluntários limpam capelas laterais da Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima.

 

É precisamente para ajudar na descoberta do que Fátima lhes pode dizer que, finda a oração, os jovens são convidados a reunir-se numa outra sala, para o primeiro “mergulho na mensagem de Fátima”. O padre José Nuno Silva orienta a imersão. De seguida, a terminar a manhã, um outro momento serve para dar a conhecer a dinâmica do voluntariado no Santuário de Fátima. Gonçalo Meireles, que participa no projeto desde o seu início, ouve com a mesma atenção as regras e as orientações que já experimenta de há quatro anos a esta parte.

“Desde esse primeiro Projeto SETE a minha vida mudou completamente. Vir cá é também relembrar essas mudanças que ocorreram em mim e vir estar perto das pessoas”, diz, ao notar as diferenças que sentiu nas exigências do acolhimento já a partir do ano passado, devido à pandemia.

“Ironicamente, acho que estamos mais próximos dos peregrinos agora. Antes da pandemia, as pessoas vinham-nos perguntar sobre coisas básicas (…) e, agora, estando isoladas, nas próprias casas, o ano inteiro, puxam por uma conversa para poderem falar connosco… Aprendi a sorrir com os olhos, que é o sorriso mais sincero, e isso, para mim, é fantástico!”

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Momento de celebração, na Capela de Santo Estêvão, nos monte dos Valinhos.

 

As mudanças que exigem o tempo de pandemia prendem-se sobretudo com aspetos formais, nomeadamente na limitação do número de turnos, de participantes e de exposição dos voluntários na relação com o peregrino, por forma a salvaguardar, simultaneamente, as condições de segurança e os aspetos essenciais da experiência.

“Esta realidade obriga-nos a encontrar outros modos genuínos de expressarmos o acolhimento e de valorizarmos ainda mais o detalhe, no olhar, no gesto ou na voz, porque o rosto não se vê”, acrescenta a Irmã Sandra Bartolomeu.

No ano passado, o projeto SETE aconteceu apenas num turno, em agosto, mas este ano acontece duas vezes: neste primeiro turno, de 3 a 8 de agosto e num segundo turno, de 10 a 15 de agosto.

A edição deste ano tem a particularidade de acontecer no centenário da sétima aparição de Fátima – acontecimento que dá mote ao projeto SETE –, na qual Nossa Senhora de Nossa Senhora aparece a Lúcia, na Cova da Iria, a 15 de junho de 1921, na véspera da partida de Lúcia para o asilo do Vilar. Tal como nas edições anteriores, também a deste ano põe foco no “sim maduro que Lúcia deu, naquele dia, àquilo que Deus lhe pede”.

A primeira edição do projeto SETE aconteceu em 2018 e, ao longo de três edições, já participaram na proposta mais de 120 jovens, com diversas vocações e proveniências. 

 

 

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