29 de maio, 2019

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“Sinto-me parte da família de Fátima” diz Wayne Marshall

Novo CD do organista britânico está a ser gravado no Santuário no órgão de tubos da  Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima

 

Wayne Marshall regressou a Fátima esta semana, menos de um mês depois do concerto que deu na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, a 5 de maio, para gravar o seu novo trabalho com improvisos sobre obras de Marcel Duprè, Geroge Baker, Andrew Organ, entre outros, onde não vão faltar as sonoridades de Fátima.

“É maravilhoso estar de volta a Fátima. Este lugar é muito especial e este órgão é também muito especial” refere o organista titular da Orquestra Radiofónica da WDR de Colónia.

O pianista, organista e maestro de renome internacional nasceu em 1961, Lancashire, no Reino Unido e formou-se na Chetham’s School (Manchester) e no Royal College of Music.

Sendo um intérprete de referência da obra de George Gershwin, Leonard Bernstein, Duke Ellington, e outros músicos norte-americanos do séc. XX, gravou a obra integral para piano e orquestra de Gershwin, como pianista e maestro.

O novo trabalho, que deverá estar concluído dentro de três meses, irá ter improvisos sobre as peças que já tocou no último concerto na Cova da Iria, a onde não faltarão as sonoridades de Fátima.

 

 

“Haverá um tributo a Fátima por me deixar fazer esta gravação aqui, mas também porque este lugar é fantástico. Este órgão Maschioni, em conjunto com a acústica, que acaba por acrescentar um outro registo ao órgão, tornam este lugar muito especial” afirmao organista.

“Este é o lugar!” refere ainda Wayne Marshall, acrescentando “para mim é até 10 vezes melhor fazer a gravação aqui. Serve muitíssimo bem o propósito desta gravação. A versatilidade do órgão é muito grande”.

“Fátima inspira-me, é um lugar espetacular e eu fiquei muito tocado por este lugar. A minha mulher já me tinha falado muito deste lugar, que conhecia dos tempos do colégio... e quando digo que este lugar é especial não é para ser simpático, é mesmo especial” conclui.

Marshall tem atuado por todo o mundo, nos melhores órgãos, tais como o de Notre Dame de Paris e o da Abadia de Westminster (Londres), inaugurando outros como o de Walt Disney Hall (Los Angeles). Os seus programas costumam refletir o seu fascínio pela improvisação, fundindo estilos em composições espontâneas.

“Muito do que faço é improvisar. Como organista é o que me inspira e gostei muito de fazer o improviso sobre a música mais marcante de Fátima que é o Avé. É um grande tema e muito tocante”, diz.

“Um improviso tem de ser algo muito espontâneo, sem preparação. Só preciso de um tema e depois a partir dali é dar corpo ao meu improviso. Foi o que aconteceu com o Avé de Fátima em maio. Aliás, no final de um concerto faço sempre isso e improviso muito; gosto de improvisar porque é aqui que consigo criar e ser completamente espontâneo” refere ainda.

“Dar um primeiro acorde, através do qual as pessoas identifiquem logo a música e depois começar a criar é o que mais me fascina e este órgão é muito versátil para podermos fazer isso”, diz.

O famoso maestro encerrou a segunda edição do Ciclo do Órgão que pretendeu dar a conhecer três épocas/autores distintos, que elevaram a produção para este instrumento a novos níveis de desenvolvimento, e cujo impacto na história da música e na liturgia cristã ainda hoje tem importantes reflexos.

 

 

“Foi uma honra poder tocar aqui e agora sinto-me parte da família de Fátima pela forma como tenho aqui sido recebido. É um lugar muito especial e por isso quero trazer aqui os meus filhos, a minha família para que tenham esta experiência que estou a ter e que é fantástica”, finalizou

Quanto a um regresso depois deste trabalho: “basta pedirem que eu venho. Sinto-me muito bem neste órgão e neste lugar. Tem sido uma belíssima descoberta para mim... virei mal me interpelem mas para já sinto-me muito honrado por poder estar aqui a gravar o meu novo CD”.

 

O Órgão de Tubos da Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima

 

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O Órgão da Basílica de Nossa Senhora do Rosário voltou a ganhar voz no dia 20 de março de 2016, com o concerto inaugural do francês Olivier Latry, organista titular da catedral de Notre Dame de Paris, depois de um prolongado silêncio.

Construído em 1951, pela empresa italiana Fratelli Ruffatti, é o maior instrumento do género em Portugal, com 90 registos e cerca de 6.500 tubos.

A reestruturação foi levada a cabo pela empresa italiana Mascioni Organi, que conservou uma parte considerável da tubaria original mas acrescentou alguns registos com o intuito de conferir ao instrumento uma sonoridade homogénea e moderna.

A consola de cinco teclados e pedaleira foi restaurada e modernizada. O tubo maior, de madeira, tem cerca de 12 metros de altura e 50 centímetros de largura e os tubos de metal, da fachada, têm cerca de oito metros de altura.

A parte frontal deste instrumento foi redesenhada pela arquiteta Joana Delgado, autora do projeto de reformulação do presbitério da Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, e contou com uma intervenção artística do escultor português Bruno Marques, autor do crucifixo, bem como das obras de arte que materializam os lugares litúrgicos do presbitério da Basílica. Para a restante caixa foi proposto um revestimento em madeira cuidadosamente desenhado em total articulação com os organeiros da Mascioni Organi. Os eco-órgãos, instalados nas galerias, foram também objeto de um trabalho conjunto na definição estética da solução.

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