06 de junho, 2019

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Agnus Dei, de Josefa d’Ayala, esteve em análise na segunda visita temática à exposição Capela-Múndi

Fernando António Baptista Pereira apresentou uma contextualização e uma interpretação da pintura do século XVII, patente na exposição temporária sobre a Capelinha das Aparições

 

O historiador da arte e museólogo Fernando António Baptista Pereira foi o orador da segunda visita temática à exposição temporária comemorativa do centenário da construção da Capelinha das Aparições “Capela-Múndi”, que teve no centro de análise a pintura a óleo sobre tela “Agnus Dei”, de Josefa d’Ayala, patente na mostra.

Fernando Pereira começou por apresentar uma sucinta biografia da pintora portuguesa do século XVII, contextualizando a sua obra com referências às origens familiares ligadas à arte e à educação em meio religioso da autora. Sobre este assunto, o historiador da arte destacou o facto de Josefa d’Ayala ter nascido em Sevilha, Espanha, de onde veio, ainda criança, para Óbidos, Portugal, onde passou a produzir os seus trabalhos, numa oficina familiar estabelecida pelo seu pai, o pintor Baltazar Gomes Figueira, de quem recebeu influências.

Ao apresentar diferentes representações do Cordeiro Eucarístico, da autora, o professor de museologia debruçou a sua análise na representação das naturezas mortas na obra de Josefa d’Ayala, estabelecendo as fontes das grinaldas de flores, que também surgem na obra Agnus Dei, na pintura barroca de Antuérpia iniciada por Jan Brueghel.

Reconhecendo a obra em análise como uma “original combinação entre natureza morta e pintura religiosa”, Fernando Pereira estabeleceu ainda Influências com as paisagens do sevilhano Felix da Costa Mensen e dissertou sobre a presença dos temas eucarísticos nas pinturas de Josefa de Óbidos.

Na conclusão, Fernando António Baptista Pereira ofereceu uma leitura da obra em análise.

“A obra mostra-nos o Cordeiro místico, o símbolo de Cristo, por excelência, mas a história é contada, subtilmente, pelas flores, que, ao representarem a fugacidade da vida humana, apontam para a eternidade da morte salvífica do Cristo, garantida pela sua dimensão eucarística.”

A noite terminou com um convite para a próxima visita temática, a 3 de julho, onde o presidente do Instituto da Padroeira de Portugal para os Estudos da Mariologia, Carlos Filipe, vai falar sobre a escultura Nossa Senhora da Boa Morte, do Santuário de Vila Viçosa, presente na exposição.

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