10 de abril, 2020

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Jesus é a “âncora, o leme e a esperança” em tempos de pandemia

Reitor do Santuário de Fátima presidiu à Paixão de Cristo, a celebração onde todos os cristãos se viram para a Cruz

 

A cruz, instrumento de morte, “com Cristo torna-se símbolo de amor, de misericórdia e de salvação” afirmou esta tarde o reitor do Santuário de Fátima na celebração da Paixão de Cristo, uma das três celebrações centrais do tríduo pascal, que decorreu na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, sem assembleia.

“Hoje é o dia em que todas as atenções se voltam para a cruz, expressão máxima do amor de Deus por nós” sublinhou o padre Carlos Cabecinhas.

“Oferecendo a Sua vida por nós, morrendo pregado numa cruz, Jesus transformou para sempre o significado da cruz” fazendo com que ela deixe de ser um sinal de morte e se transforme em garantia de vida.

“Os braços abertos de Jesus, pregado na cruz, traduzem visivelmente a Sua vontade de abraçar todos os homens e mulheres para lhes oferecer o Seu amor sem limites” lembrou o responsável pelo Santuário de Fátima na celebração que hoje teve presente, de forma especial, as vítimas diretas e indiretas da pandemia provocada pelo Covid-19.

O Reitor lembrou, para o efeito, as palavras do Papa Francisco no passado dia 27 de março, aquando da bênção Urbi et Orbi, na Praça de São Pedro, e desafiou os cristãos a não perderem a esperança.

“Celebrar a Paixão e Morte do Senhor em tempo de pandemia é reconhecer a presença de Jesus junto de nós, neste momento difícil como nossa âncora, nosso leme e nossa esperança; é reconhecer a sua presença junto de todos os que sofrem” frisou o padre Carlos Cabecinhas.

Mas, celebrar a Paixão e Morte do Senhor nestes tempos de tribulação “é igualmente reconhecermos que é imitando Jesus, fazendo da nossa vida doação e serviço aos outros, que a vida ganha pleno sentido”, acrescentou ainda.

“A contemplação da Cruz e a consciência do grande amor de Deus por nós, que ela expressa, são exortação permanente a percorrermos com Cristo esse mesmo caminho de entrega da própria vida ao serviço dos que mais precisam da nossa ajuda e do nosso apoio”, concluiu ao lembrar que só a vida “entregue por amor é vida com sentido, é vida que se realiza e se cumpre à imagem da vida de Jesus”.

A celebração de Sexta-feira Santa evoca a morte de Jesus, um dia de silêncio orante e de uma contemplação agradecida.

A celebração da Paixão decorreu às 15h00, a hora em que se acredita que Jesus terá morrido.

Ao entrarem, em silêncio, os presidentes da celebração prostraram-se, bem como os demais ministros, em sinal da morte de Cristo.

A parte inicial da celebração, a Liturgia da Palavra, tem um dos elementos mais antigos da Sexta-feira Santa, a grande oração universal, tradicionalmente com dez intenções – este ano teve 11 –, que procuram abranger todas as necessidades e todas as realidades da humanidade.

No presente ano, a Santa Sé pediu que toda a Igreja elevasse súplicas a Deus Pai por toda a Humanidade, de modo especial “pelos que sofrem”.

“Oremos por todos os que sofrem as consequências da atual pandemia; para que Deus nosso Senhor, conceda a cura aos enfermos, força aos que trabalham na saúde, conforto às famílias e a salvação a todas as vítimas mortais”, lê-se no decreto da Santa Sé.

Além do acrescento desta prece também o rito de adoração da Cruz sofreu alterações, por razões de saúde pública, nos países onde estão suspensas as celebrações comunitárias, como é o caso de Portugal, determinando-se a omissão do beijo devocional da Cruz. Este momento, e os vários momentos de oração, neste dia tão especial, apresentam-se como momentos de penitência e de pedido de perdão.

Esta tarde, o Santuário de Fátima ainda proporcionará uma Via-sacra, cuja transmissão está agendada para as 18h30.

Amanhã, Sábado Santo, as transmissões a partir de Fátima, em www.fatima.pt, começam às 9h30 com a oração de Laudes; ao meio-dia recita-se o Rosário; às 15h00 será celebrada uma Via-matris e, às 17h30, serão celebradas as Vésperas. A Vigília Pascal, celebração mais solene deste tríduo, tem inicio às 21h30.

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