21 de outubro, 2021

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“O povo vê em Nossa Senhora o rosto materno de Deus” 

Bispo de Aveiro reflete sobre a mensagem de Fátima e o papel do Santuário na evangelização, a partir do exemplo dos santos Francisco e Jacinta Marta.
 

O bispo de Aveiro, D. António Moiteiro, presidiu à peregrinação internacional aniversária de setembro e, no final, refletiu para o podcast #fatimanoseculoXXI sobre a mensagem de Fátima, a sua atualidade e o contributo que o Santuário de Fátima pode dar para uma vivência de fé mais autêntica e centrada em Deus.
“O convite ao seguimento é o mais interpelador e atual que Jesus nos dirige. Ora, em Fátima o primeiro desafio colocado aos pastorinhos é o de se oferecerem a Deus”, começou por lembrar o prelado, sublinhando que a resposta deles é a “resposta dos discípulos”.
A partir dos diálogos entre Lúcia e Nossa Senhora e entre Lúcia e os primos, D. António Moiteiro lembra que o ‘sim’ deles às propostas de Nossa Senhora foram idênticos ao ‘sim’ de Maria, “modelo de discipulado” em cuja escola os pastorinhos aprenderam.
Por isso, adianta, “Fátima tem um lugar privilegiado na Igreja para ensinar uma dimensão pastoral levando os cristãos a não se centrarem na pessoa de Maria, mas através dela chegarem a Jesus e, através Dele, ao mistério de Deus. Esta intenção e dimensão cristológica é visível no bispo diocesano e nos responsáveis pelo Santuário e deve ser continuada”.
Por outro lado, salienta um outro desafio do Santuário: ajudar as pessoas a levar para as comunidades a experiência que fizeram em Fátima de “encontro e de compromisso”, refere. “Quando entramos no mundo de Fátima, o que vem ao de cima são as preocupações individuais dos peregrinos: porque tenho uma pessoa doente, porque estou desempregado... Numa primeira fase, o contacto com Fátima é na primeira pessoa, por intermédio de Nossa Senhora”, como refúgio e caminho que conduz a Deus, frisa lembrando que “é nisto que se deve insistir”.
“O nosso povo tem uma intuição diferente:  vê em Nossa senhora o rosto materno de Deus. Mas temos de lhes ensinar que o nosso Deus é pai e mãe e é isso que Fátima tem de fazer sempre”, destaca o bispo de Aveiro ao salientar que a tarefa da Igreja, diante da “secularização da sociedade”, tem de se voltar para “o aprofundamento da fé, lembrar o que é ser discípulo”.
“Na mensagem de Fátima vemos que Nossa Senhora nos convida à conversão como mudança de vida, ao sacrifício como Jesus pregou e à adoração. São estas três dimensões da fé que são atuais na mensagem de Fátima”, refere.
“Se nos centrarmos nos pastorinhos, vemos um seguimento a Jesus, mas aprendido com Maria, isto é, eles aprenderam a seguir Jesus com Maria”, esclarece. “Maria é modelo, e temos de aprender com ela a sermos discípulos de Jesus; ela ensina-nos a sermos cristãos hoje. Aqui reside a atualidade da mensagem de Fátima: oração, conversão e adoração para sermos à imagem de Jesus”, conclui.
O prelado, natural do distrito de Castelo Branco e da diocese da Guarda, frequentou os Seminários Diocesanos do Fundão e da Guarda, tendo sido ordenado presbítero a 8 de abril de 1982. É também presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da fé.
“A nossa catequese, a nossa pastoral e a vida das comunidades têm de dar um salto qualitativo”, admite o prelado que – assente no seu lema episcopal “é preciso que Jesus reine” – lembra a importância da “coerência, generosidade e do amor” na vida dos cristãos. “São Paulo disse-no-lo:  vence o mal com o bem. A nossa sociedade, que é profundamente individualista e que esquece Deus, tem de aprender a ser o sinal deste bem maior em relação ao mal e ao pecado. Este é o grande desafio pastoral: ensinar os nossos cristãos a viverem realmente a sua fé”, conclui.
No podcast #fatimanoseculoXXI, disponível em www.fatima.pt/podcast e nas plataformas iTunes e Spotify, o bispo de Aveiro fala ainda sobre a sinodalidade, condição essencial para o povo peregrino que caminha em Deus; dos desafios pastorais da sua diocese e da Jornada Mundial da Juventude, centrada em Maria.

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