15 de novembro, 2020

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Santuário de Fátima evoca IV Dia Mundial do Pobre

Reitor exorta peregrinos a ser “presença do amor de Jesus Cristo pelos pobres”

 

O reitor do Santuário de Fátima desafiou esta manhã os peregrinos presentes na Missa dominical, na Basílica da Santíssima Trindade, a estender a mão ao pobre, sobretudo neste contexto de pandemia.

“Neste Dia Mundial do Pobre queremos ter presente não apenas aqueles que passam por dificuldades e precisam da nossa solicitude, mas também aqueles que são afectados por esta pandemia” disse no inicio da celebração o padre Carlos Cabecinhas.

Na homilia, que partiu de uma das parábolas apresentadas por Jesus, em que um homem entregou a três servos uma soma avultada de dinheiro: a um cinco talentos, a outro dois, e ao terceiro um – o reitor alertou para o perigo do comodismo na vida cristã.

“A parábola dos talentos tem uma urgência: o que fazemos dos talentos que Deus nos confiou e o que fazemos com eles”, afirmou o sacerdote sublinhando as duas atitudes possíveis e que se identificam com as dos servos, isto é, “a confiança ou o medo; o compromisso ou a apatia”.

“O senhor nesta parábola é o próprio Jesus que antes da sua ascensão nos entregou os bens, a sua fortuna, isto é,  nos confiou a Sua Palavra; o Espírito Santo; a Sua presença nos sacramentos, nomeadamente na Eucaristia; os valores do amor, da partilha, da misericórdia e da fraternidade”.

“Estes são os bens que o Senhor nos confiou; nós cristãos somos os seus depositários e a pergunta com que nos devemos confrontar é o que estamos a fazer com estes bens, como os estamos a fazer render”, explicitou o reitor do Santuário de Fátima.

“Procuramos corresponder à confiança e fazemos frutificar a Sua palavra, os sacramentos ou, pelo contrário, acomodamo-nos na vida rotineira da nossa fé?” interpelou o padre Carlos Cabecinhas.

Por isso, concluiu, “é necessário uma vigilância permanente”, ou seja, que cada um seja disponível para acolher os dons e fazê-los render, pois “é por meio de nós que Jesus continua a manifestar o seu amor por cada um; é por nosso intermédio que Jesus Cristo quer transformar o mundo e, para isso, é preciso que assumamos esse compromisso”.

O reitor lembrou a este propósito o exemplo dos pastorinhos que foram “criativos” na forma como puseram a render os dons que Deus lhes confiou por intermédio do Anjo e depois de Nossa Senhora.

“Tal como eles somos chamados a ser presença do amor de Jesus Cristo para todos”, em especial “junto dos pobres”.

A Igreja celebra hoje o IV Dia Mundial do Pobre. Na mensagem para este dia, intitulada “Estende a tua mão ao pobre”, o Papa Francisco recorda que os pobres estão no centro do Evangelho, que o Evangelho não se entende sem eles pois estão na própria personalidade de Jesus.

Este ano, ao contrário do que tem acontecido, por causa da pandemia, o Santuário não acolheu nenhum grupo diocesano. Recorde-se que desde que este dia foi instituído no pontificado do papa Francisco, o Santuário tem acolhido sempre grupos das várias dioceses portuguesas, proporcionando-lhes um almoço e uma visita guiada aos vários espaços.

O programa oficial do Santuário para este domingo prossegue com mais quatro missas e a Oração de Vésperas, na Basílica de Nossa Senhora do Rosário, às 17h30. Entre as missas, que serão celebradas na Basílica da Santíssima Trindade, a das 15h00 terá, como sempre, interpretação em Língua gestual Portuguesa. Hoje de forma especial já que se assinala o Dia Nacional da Língua Gestual Portuguesa, uma efeméride que sublinha a necessidade de defesa e respeito pelos direitos das pessoas surdas.

O Santuário de Fátima desde 2013 oferece ao domingo, às 15h00, semanalmente, uma Missa com interpretação em Língua Gestual Portuguesa, serviço que é assegurado por uma equipa de intérpretes permanente que, em articulação com a pastoral do Santuário, aprofunda e desenvolve conteúdos relacionados com a mensagem de Fátima que leva à comunidade surda.

Nas grandes peregrinações de maio e outubro, todas as celebrações são interpretadas em língua gestual portuguesa e este ano, pela primeira vez, nos dias 12 e 13 de outubro um dos mistérios no Rosário internacional foi recitado em língua gestual. Por ocasião da visita do Papa Francisco, em maio de 2017, o próprio canto litúrgico foi interpretado em língua gestual com o coro Mãos que Cantam.

A Língua Gestual Portuguesa (LGP) foi reconhecida enquanto língua da comunidade surda portuguesa pela Constituição da República em 1997, a 15 de novembro.

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