12 de julho, 2016

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A Mensagem de Fátima «convoca-nos à solidariedade salvífica»

Bispo auxiliar de Braga lembra mensagem de Nossa Senhora aos pastorinhos na terceira aparição na Cova da Iria.

 

A Mensagem de Fátima «ajuda-nos» a interpretar a história com a «consciência de que é possível mudá-la a partir de dentro, com a força do amor e da oração», disse esta terça feira o bispo auxiliar de Braga que presidiu à missa internacional no Recinto de Oração, na peregrinação aniversária de julho, que assinala a terceira aparição de Nossa Senhora aos Pastorinhos.

«Nossa Senhora foi mestra dos Pastorinhos na compaixão: com ela, eles aprenderam a abrir o coração à universalidade do amor, a participar no amor misericordioso de Jesus pela humanidade ferida, sobretudo pelos sofredores e pelos pobres pecadores que somos todos nós» disse D. Nuno Almeida.

O prelado sublinhou o apelo «à solidariedade Salvífica» a que a humanidade é «convocada» através da Mensagem de Fátima.

«Este é um dos aspetos mais impressionantes desta mensagem: o de nos convocar à solidariedade salvífica. Deus vem ao nosso encontro por Maria, para procurar colaboradores em favor dos outros e pede-nos uma resposta», precisou.

Na homília que proferiu durante a missa, que se seguiu à procissão das velas, o bispo auxiliar de Braga começou por sublinhar a importância da cruz para os cristãos como símbolo do sacrifício, da conversão do serviço ao outro e do amor.

«Com a sua entrega na cruz,  (Jesus) cruza-se com os nossos caminhos e carrega os nossos medos, os nossos problemas, os nossos sofrimentos, mesmo os mais profundos», disse o prelado lembrando o «silêncio das vítimas da violência», as «famílias, afetadas pelo desemprego, que passam por dificuldades, e as que choram a perda trágica, física ou moral, de seus filhos», as pessoas que «passam fome, num mundo que se dá ao luxo de todos os dias deitar fora toneladas de alimentos» e quem «é perseguido pela fé, pelas ideias, ou simplesmente pela cor da pele».

«Na Cruz de Cristo, está o sofrimento, o pecado do homem, o meu pecado também!», conclui D. Nuno Almeida, mas está também «todo o amor de Deus, e a sua imensa misericórdia! E este é um amor em que podemos crer e confiar».

«O exemplo de Cristo, totalmente despojado de si, entregue em sacrifício pelos outros, é o ponto fulcral da dimensão sacrificial da Mensagem de Fátima, sem o qual não se pode entender o modo como os pastorinhos viviam a oferta de si mesmos, no quotidiano da vida e na simplicidade dos seus gestos», adiantou por outro lado o prelado.

Na aparição de Julho, depois de exortar os Pastorinhos a rezar o terço todos os dias, Nossa Senhora diz-lhes: «Sacrificai-vos pelos pecadores e dizei muitas vezes, em especial sempre que fizerdes algum sacrifício: Ó Jesus, é por Vosso amor, pela conversão dos pecadores e em reparação pelos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria».

A peregrinação internacional aniversária, baseada no tema “Em Vós está a fonte da vida" (SI36 (35), 10), tem como especial intenção a oração pela Paz na Síria.

O Pe. Carlos Cabecinhas, reitor do Santuário de Fátima, sublinhou em declarações à Sala de Imprensa «a união do Santuário e seus peregrinos com o Santo Padre e as suas intenções, neste momento particular de oração pela paz, intenção sempre presente em Fátima».

Em 2015, durante a peregrinação internacional de julho, tinham sido recordados os cristãos perseguidos na Síria, apresentando aos peregrinos uma oferta feita na Cova da Iria por um grupo de monjas do mosteiro cristão em Qara.

As religiosas entregaram ao bispo de Leiria-Fátima, para oferta a Nossa Senhora de Fátima, três balas e um lenço trazidos da localidade síria de Maalula, símbolos materiais do triplo martírio perpetrado a 4 de setembro de 2013, quando os jovens primos cristãos Sarkis Zaknem, de 19 anos de idade, Antoun Taalab, de 28, e o tio de ambos, Mikhail Taalab, foram executados à queima-roupa.

Para a Missa Internacional no recinto, esta terça feira à noite inscreveram-se 16 grupos de peregrinos. Para a celebração final de dia 13 estão inscritos 41 grupos de peregrinos de 19 países. O mais numeroso é o de Itália, com 10 grupos.

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