02 de maio, 2017

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“Suspensão” de Joana Vasconcelos foi apresentado esta manhã no Santuário de Fátima 

Peça foi encomendada no âmbito das comemorações do Centenário das Aparições 
 

No âmbito do Centenário das Aparições, o Santuário de Fátima convidou a artista Joana Vasconcelos a criar uma peça que transmitisse a essência da Mensagem de Fátima.

Surgiu então “Suspensão”, um terço de resina de polietileno, com dimensões de 2 600x1 050x75 cm, instalado no alto do Recinto de Oração do Santuário de Fátima.

Marco Daniel Duarte, diretor do Museu do Santuário de Fátima, sublinha que «o terço, é o símbolo maior da Mensagem da Cova da Iria, por três referências: primeiro, segundo o testemunho das crianças videntes, a Mãe de Deus trazia nas suas mãos um terço de contas brancas; em segundo a oração do rosário foi pedida pela Virgem Maria como oração quotidiana para alcançar a paz no mundo, e por último o terço é o objeto comum a todos os peregrinos de Fátima».

Numa nota do Museu do Santuário de Fátima, refere-se que «a obra feita de contas brancas/contas de luz lembra o pedido da Virgem Maria, de que se reze o terço com um propósito muito claro: o de alcançar a paz para o mundo».

O nome dado a esta peça, “Suspensão” «não esta só relacionado com o fato de estar suspensa no ar, mas também pois está suspensa entre o Céu e Terra e lança um desafio que é o mesmo deixado aqui hà 100 anos pela Mãe de Deus, isto é, se aceitarmos esse desafio, o lugar suspenso que fica suspenso ate o podermos agarrar, podemos alcançar a paz no mundo», disse Marco Daniel Duarte.

Joana Vasconcelos transmitiu a todos os presentes a alegria e o orgulho de ter sido convidada para a realização desta peça. Na conferência de imprensa mencionou que esta peça vem numa linha de obras que já desenvolve ao longo destes 20 anos, entre elas uma peça de 2002 intitulada www.fatimashop.  

«Em 2002 para a peça que estava a desenvolver, vim de Lisboa até Fátima em peregrinação, para poder observar o fenómeno de Fátima, vim de ciclomotor até ao Santuário e faz daí uma peça que é um altar. Desde dessa peça toda a minha visão sobre Fátima mudou e toda a minha vida a partir daí teve uma outra perspetiva», refere Joana Vasconcelos.

A artista diz ainda, «é com muito gosto que estou aqui alguns anos depois, para poder fazer parte deste Centenário, para fazer parte deste momento tão importante para Portugal e para os portugueses e para poder colaborar nesta mensagem de paz».

«É muito importante que hajam símbolos que ajudam a que a mensagem de paz seja passada. A “suspensão” tem a ver com esta relação entre o céu e a terra e a luz que de alguma maneira nos ilumina o nosso caminho,» concluiu Joana Vasconcelos.

O reitor do Santuário, Pe. Carlos Cabecinhas, começou por dar os parabéns à artista pela obra que apresentou.

«Criar uma obra de arte à escala deste enorme recinto era um desafio de fato fora do comum, mas esta peça consegue dominar este recinto de oração e era isso que pretendíamos, marcar o Centenário das Aparições com uma obra de arte que fosse significativa, e profundamente enraizada na Mensagem de Fátima como é o caso da “Suspensão”,» disse o reitor do Santuário de Fátima.

Sublinhou também «o quanto esta peça nos irá acompanhar a nível celebrativo do Santuário ao longo do Centenário das Aparições».

«A grande inauguração será com a chegada do Papa Francisco, a este recinto de oração na noite do 12 de maio.  Oficialmente ilumina-se pela primeira vez esta peça nesse momento, quando o Papa Francisco entrar no recinto de oração,» referiu o Pe. Carlos Cabecinhas.

“Suspensão” irá ser iluminada pela primeira vez na noite do próximo dia 12 de maio, e a partir dessa data o terço ilumina-se dia 12 de cada peregrinação às 21h30.

«À hora em que os peregrinos se reúnem na Capelinha para a oração do terço, este terço iluminar-se-á, passa a ser um sinal visível que nos acompanhará até ao fim deste conjunto de grandes peregrinações em outubro», mencionou o reitor do Santuário de Fátima.

«Todos percebemos o enorme impacto que esta peça tem no conjunto edificado deste Santuário, o que pretendemos é que precisamente esta celebração do Centenário seja marcada festivamente e que possa estar também marcada por uma obra de arte desta natureza, que nos ajuda a perceber aquilo que é o fundamental deste lugar», conclui Pe Carlos Cabecinhas.

Joana Vasconcelos é uma artista plástica portuguesa que expõe regularmente desde meados da década de 1990. O reconhecimento internacional do seu trabalho aumentou com a participação na 51.ª Exposição Internacional de Arte – la Biennale di Venezia, em 2005.

A natureza do processo criativo de Joana Vasconcelos assenta na apropriação, descontextualização e subversão de objetos pré-existentes e realidades do quotidiano.

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