12 de junho, 2020

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"Não podemos abandonar o nosso próximo", diz D. Américo Aguiar

Bispo Auxiliar de Lisboa preside à Peregrinação Internacional Aniversária de junho e desafia cristãos a serem mensageiros do amor de Cristo

 

D. Américo Aguiar disse esta noite em Fátima que ninguém pode ficar para trás depois deste caos sanitário provocado pela pandemia da Covid-19 e que transformará para sempre as nossas vidas.

“A pandemia, mais do que nunca, exige-nos a nossa identidade cristã: não podemos abandonar o nosso próximo” afirmou o bispo auxiliar de Lisboa que preside à Peregrinação Internacional Aniversária de junho, a primeira grande peregrinação na Cova da Iria com os fieis de regresso a Fátima, depois do período de confinamento na sequência da pandemia da covid-19.

O prelado, que preside pela primeira vez a uma peregrinação em Fátima, lembrou que “estamos juntos no combate a esta pandemia” e, por isso, o que se exige é que “transformemos a sua inevitabilidade numa oportunidade: que cada pessoa seja mais humana e os cristãos mais autênticos”.

“Nenhum de nós, crente ou não crente, pode dormir descansado se sabe que à sua beira existe uma família que passa fome! Os pobres não podem esperar” salientou D. Américo Aguiar na alocução que proferiu na celebração da palavra que se seguiu hoje à Procissão das Velas, um modelo celebrativo inaugurado em maio passado e que o Santuário tenciona manter na noite de cada dia 12, em vez da Missa da Vigília.

"A pandemia recordou-nos a nossa identidade genética: somos frágeis e mortais. A pandemia confirmou a nossa identidade social: já não pertencemos à nossa pequena comunidade local, mas somos membros de uma comunidade mundial interligada entre si. A pandemia potenciou até uma renovada identidade eclesial, uma Igreja mais doméstica, mais laical e capaz do digital", argumentou.

“Das 14 obras de misericórdia que aprendemos com a nossa catequista na infância, há uma obra de misericórdia que se tornou urgente e imprescindível a todos nós, que é: dar de comer a quem tem fome”, afirmou.

“O alimento é expressão mais básica da nossa cultura humana : é comprado pelo trabalho, é preparado para nos dar forças e é consumido na partilha da mesa. A falta de alimento significa quase sempre falta de emprego e as consequências estão à vista de todos” referiu o prelado reforçando a importância da dimensão caritativa da acção da Igreja, "o seu maior poder",  sobretudo nestes tempos difíceis.

“Mais do que nunca, este é um «tempo de misericórdia», como nos recorda a temática anual do Santuário de Fátima” disse.

Centrado no mandamento do amor, que identificou como a maior herança de Jesus e que só se aprende no “colo de uma mãe”,  o bispo auxiliar de Lisboa afirmou que “Ser cristão hoje é mais uma `questão de amor´ do que `um assunto doutrinal”.

“O mandamento do amor é o único capaz de salvar a humanidade”, afirmou.

“Esta é a grande sabedoria que aprendemos nesta «escola do amor», que o colo de Nossa Senhora de Fátima tão bem nos ensina!” disse ainda .

“Se hoje estamos aqui, é porque reconhecemos que este colo maternal da Senhora de Fátima continua a ser para nós, uma autêntica «escola do amor»!”.

“Vemos aqui, mais uma vez, a grande atualidade da Mensagem de Fátima, que não é somente uma história do passado que nos comove, mas é uma mensagem que ainda hoje nos desafia : Jesus precisa de cada um de nós! Cada um, com a sua história de vida, com as suas qualidades e fragilidades, com os seus projetos e sonhos, é precioso aos olhos de Jesus!”, afirmou ao salientar que o tema do Ano Pastoral em Fátima- “Dar graças por viver em Deus”-  “educa-nos para esta relação entre a «graça» de Deus e a «liberdade» da nossa ação”.

“Este é o segredo do mandamento do amor, o sinal da nossa identidade. Este é o pedido do Senhor Jesus” esclareceu pedindo aos cristãos para aprimorarem o sentido de comunidade.

D. Américo Aguiar é bispo auxiliar de Lisboa desde o ano passado e foi nomeado coordenador geral do Comité Local da Jornada Mundial da Juventude que se realizará em Lisboa em 2023.

A Peregrinação Internacional Aniversária de junho assinala a segunda aparição de Nossa Senhora. Este dia 13 as celebrações na Cova da Iria começam com o Terço, às 9h00, seguido da Missa internacional com a bênção dos doentes e termina com a Procissão do Adeus.

Nesta peregrinação assinala-se igualmente o centenário da primeira escultura de Nossa Senhora de Fátima que se venera na Capelinha das Aparições e que irá estar este sábado, entre as 14h30 e as 20h00, na exposição temporária “Vestida de Branco”, no Convívio de Santo Agostinho, no piso inferior da Basílica da Santíssima Trindade, face a face com os peregrinos.

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