26 de maio, 2009


Um apelo aos cristãos para uma vida espiritual digna de filhos de Deus
A Peregrinação Internacional Aniversária de Junho, nos dias 12 e 13, ficou marcada pela exortação do presidente da peregrinação, D. João Lavrador, bispo auxiliar do Porto, aos cristãos para que escutem a palavra do Evangelho, se mantenham firmes na sua fé e vivam como anunciadores coerentes da Palavra de Deus.
Nas duas homilias que proferiu em Fátima, D. João Lavrador frisou que, com a crise e inversão de valores que se abatem sobre a sociedade actual, é necessário que os cristãos descubram “perspectivas capazes de devolver a esperança”. Durante a Missa da noite de 12 de Junho, afirmou: “estamos a viver um contexto civilizacional, no qual, a fé cristã está constantemente a ser confrontada, já não tanto, com modelos racionais, mas sobretudo com modelos pagãos. É perante a idolatria do ser humano, da sua sensualidade, do poder, da ganância e dos bens materiais, que S. Paulo nos adverte, como fez à comunidade de Corinto, que após sublinhar que todos os idólatras não possuirão o reino de Deus, volta-se para os cristãos para os advertir, dizendo: «Mas vós fostes lavados, mas fostes santificados, mas fostes justificados pelo nome de Nosso Senhor Jesus Cristo e pelo Espírito do nosso Deus» (1Cor. 6, 11)”. Um dos graves problemas do nosso tempo, disse, “fruto da sedução neo-pagã, tem a ver com a utilização dos símbolos cristãos mas sem a sua verdadeira densidade simbólica, ou seja, sem passar pela verdadeira compreensão do conteúdo que os sinais contêm. Mas igualmente grave é o corte existencial entre a prática dos ritos da fé cristã e a consequente vida moral”.
Neste sentido, o bispo auxiliar do Porto pediu aos cristãos que voltem a unir a "prática dos ritos da fé cristã e a consequente vida moral". Na homilia de 13 de Junho, D, João Lavrador reafirmou que “as análises estão feitas e as consequências estão bem patentes na crise de valores, que caracteriza a situação social actual, que infelizmente afecta tantos dos nossos contemporâneos. «Num tempo de global escassez de alimento, de desordem financeira, de antigas e novas pobrezas, de preocupantes alterações climáticas, de violências e miséria que constringem muitos a deixar a sua terra à procura duma sobrevivência menos incerta, de terrorismo sempre ameaçador, de temores crescentes perante a incerteza do amanhã, é urgente descobrir perspectivas capazes de devolverem a esperança». Isto é, importa encontrar outro sentido para a nossa existência”.
D. João Lavrador lamentou que a desvalorização do homem que está "à mercê de todas as tendências de opinião" e criticou os "tempos de angustiosa busca da verdade" que deram origem ao "alheamento perante os valores absolutos" e à "indiferença perante Deus".
Segundo o Bispo, compete à Igreja, "no cumprimento da sua missão", "perscrutar os sinais dos tempos e de os interpretar à luz do Evangelho", para responder aos homens “de um modo adequado a cada geração”. “É precisamente à luz do Verbo Encarnado, que revela o homem ao próprio homem, que a Igreja ausculta o que Deus Criador e Redentor quer oferecer para a libertação integral dos seus filhos”, disse. Vários milhares de peregrinos de vários países estiveram presentes em Fátima.
Anunciaram-se no Serviço de Peregrinos (SEPE) como participantes na Eucaristia do dia 13 quarenta e dois grupos organizados de peregrinos, vindos de 12 países. Concelebraram, D. João Lavrador, que presidiu, D. António Marto, bispo de Leiria-Fátima, D. Óscar, arcebispo emérito do Vaticano, e 90 sacerdotes. Comungaram 10.000 peregrinos.
 
 
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