12 de maio, 2023

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A Igreja é chamada a ser um instrumento vivo da esperança, afirma cardeal Pietro Parolin

Secretário de Estado do Vaticano presidiu esta noite à Procissão das Velas em Fátima, que juntou cerca de 230 mil pessoas na Cova da Iria. As celebrações começaram com a entrada dos símbolos da JMJ

 

O Cardeal Pietro Parolin afirmou esta noite em Fátima que a Igreja tem de ser o “instrumento vivo da esperança” que não se deixa vencer pelo ódio e pela violência do mundo atual, prisioneiro do “sem sentido e do desespero”.

“Ela é chamada a ser o instrumento vivo desta esperança, impedindo que o esquecimento a vença e definhe a sua memória. Os cristãos não devem deixar que a esperança lhes seja roubada pela morte, pelos soberbos e os violentos”, afirmou o Secretário de Estado do Vaticano, que preside à Peregrinação Internacional Aniversária de maio, e que juntou na primeira noite cerca de 230 mil pessoas, num verdadeiro mar de luz, como há muito não se via na Cova da Iria.

O cardeal italiano, segunda figura da hierarquia vaticana, sublinhou a importância da oração do Terço na construção de uma alternativa “à violência, à guerra, ao ódio fratricida, à exclusão, à marginalização”. Sem esta alternativa, “a esperança duma mudança radical e dum futuro diverso e bom é simplesmente impossível” afirmou.

“A recitação do terço com os mistérios dolorosos e a escuta da Palavra divina, sob o olhar materno de Nossa Senhora de Fátima, levam-nos ao coração da Páscoa: Cristo morto e ressuscitado, aqui representado pelo Círio Pascal, continua a caminhar pelo campo imenso das dores humanas, procurando construir a nova Jerusalém, a cidade do Céu, a cidade da vida, do amor e da paz”, disse ainda salientando que só Cristo “é a alternativa”.

O prelado, que esta tarde voltou a reafirmar a importância de Fátima no contexto da Igreja, frisou que em  Maria, a Igreja “encontra uma Mãe e uma Irmã que não só aponta, mas também partilha o que é necessário para sustentar este serviço à vida e à paz”.

“Como Maria e com Maria, a Igreja aprende a dedicar-se dia a dia, total e apressadamente, à pessoa e à obra do Filho de Deus e Filho d’Ela!”, disse.

“Como Maria e com Maria, a Igreja aprende a permanecer junto dos crucificados da história. Como Maria e com Maria, a Igreja constrói pacientemente a cultura do encontro, do diálogo, da reconciliação e da fraternidade sem muros”, disse ainda invocando o lema da Jornada Mundial da Juventude e a pressa com que Maria anunciou a boa nova.

“Peçamos à Mãe do Senhor que nos alcance, com a sua oração materna, que «a Igreja se torne uma casa para muitos, uma mãe para todos os povos e torne possível o nascimento dum mundo novo”.

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Por volta das 22h30, devido à concentração de pessoas, o Santuário decidiu encerrar quatro dos seus acessos: os dois túneis e as duas entradas junto às escadarias, em ambos os lados do recinto de Oração.

Participaram nesta celebração, transmitida pelos meios de comunicação social e digital do Santuário, seguidos em direto por mais de 20 mil pessoas entre o youtube e o facebook do Santuário,  163 padres, 23 bispos e 3 cardeais. 

A Peregrinação de maio iniciou-se com a entrada dos símbolos da JMJ no recinto de oração pouco antes do Terço internacional que nas meditações lembrou o grande encontro mundial dos jovens com o Papa Francisco, agendado para agosto, em Lisboa.

Na recitação do terço, os peregrinos rezaram pelas vítimas de abusos e a “falta de verdade”, evocando um “momento duro da história”, pedindo que a Igreja “se converta, sinceramente peça perdão e procure a justiça, cuide de todas as vítimas e dos agressores e repare todo o mal cometido”.

Já nas preces da Celebração da Palavra, os participantes foram convidados a rezar pela Igreja, “para que se ofereça a Deus e, na hora difícil que atravessa, ouça o apelo à conversão que a verdade e a justiça lhe exigem”.

Os peregrinos evocaram ainda as vítimas e os “causadores das muitas guerras que afligem tantas nações em todo o mundo, lembrando especialmente a Ucrânia invadida”.

A oração estendeu-se a “todos aqueles que, nesta hora dura e difícil da história, temem o presente e têm medo do futuro”, bem como às “vítimas da pobreza, da doença e da violência que assolam tantos povos”.

Durante a noite e madrugada do dia 13, a Cruz da JMJ e o ícone mariano estão na Vigília Jovem na Basílica de Nossa Senhora do Rosário e, às 02h00,  acompanham a Via-sacra no caminho dos Pastorinhos até ao Calvário Húngaro.

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