21 de agosto, 2022

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“A salvação que Deus nos oferece é para todos, mas não se encontra em `saldos´” afirma reitor do Santuário de Fátima

O padre Carlos Cabecinhas sublinhou que o caminho da salvação é exigente e requere coerência e compromisso

 

O reitor do santuário de Fátima afirmou esta manhã que a salvação oferecida por Deus é para todos mas não está em “saldos” exigindo a disponibilidade de cada um para um compromisso “coerente e comprometido”.

“Hoje, com facilidade, troca-se a promessa de salvação pelo bem-estar; procura-se a salvação e a felicidade no êxito, na exposição social, nos cinco minutos de fama que a televisão ou as redes socias proporcionam” alertou o padre Carlos Cabecinhas na homilia da missa a que presidiu no Recinto de Oração da Cova da Iria, na qual se fizeram anunciar 5 grupos: dois de Portugal e dois de Espanha e um do Burkina Faso, entre muitos milhares de peregrinos que participaram na celebração.

“Para muitos dos nossos contemporâneos qualquer promessa de salvação que não se possa viver já plenamente deixa de interessar. E assim, os horizontes da vida estreitam-se; a esperança definha e a incapacidade de lidar com os fracassos e sofrimentos da vida assume dimensões dramáticas”, alertou ainda.

“A salvação que Deus nos oferece em Jesus Cristo é para todos, mas não se encontra em `saldos´: é preciso fazer uma opção pela `porta estreita´ (expressão do Evangelho) e aceitar seguir Jesus no dom de si a Deus e aos irmãos”.

A partir do Evangelho, proclamado, que reflete sobre o caminho da Salvação proposto por Deus, objectivo da humanidade ao longo da sua história desde o principio, e que assenta num projecto de amor, o sacerdote lembrou que a imagem da ´porta estreita´ é sugestiva para significar a exigência do caminho e a necessidade de renúncia a tudo aquilo que nos afasta de Deus.

“A `porta estreita´ é imagem de uma vida cristã vivida com exigência e seriedade; é imagem da adesão a Jesus Cristo, com tudo o que isso implica de compromisso de vida, de opções, de comportamentos coerentes com a fé que se professa”, afirmou salientando que este caminho pressupõe disponibilidade para entrar nele.

“Não basta dizermo-nos cristãos: é preciso que a nossa vida o mostre; é preciso que a vontade de Deus determine, de facto, as nossas atitudes, ações e opções” enfatizou o Reitor lembrando que a mensagem de Fátima exprime esta mesma exigência do Evangelho: “a linguagem dos sacrifícios aponta-nos o caminho da `porta estreita´ de que nos fala Jesus”.

“Na Mensagem de Fátima, a linguagem dos sacrifícios indica-nos a caminho da `porta estreita´ do Evangelho, não como convite a procurar o sofrimento pelo sofrimento, mas como desafio a um amor a Deus e aos outros coerente e comprometido, com tudo o que isso implica de esforço e dificuldade”, concluiu.

Este domingo, os peregrinos de Fátima são ainda convidados a participar na Procissão Eucarística que decorrerá no Recinto às 17h30.

 

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