30 de dezembro, 2018

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“A vivência familiar é a experiência da presença de Deus na nossa vida”

No dia da festa da Sagrada Família, o reitor do Santuário apresentou a família como espaço de discernimento vocacional e como lugar onde Deus se faz presente, pelo amor e pelo perdão

 

Na Missa deste domingo em que se celebra a festa da Sagrada Família, o reitor do Santuário de Fátima, que a ela presidiu, direcionou o olhar para Jesus, Maria e José, desafiando os peregrinos a tomarem a família de Nazaré como exemplo nas suas virtudes familiares: na vivência do amor, do perdão, na relação com Deus e no discernimento vocacional.

Tomando a exortação da oração de coleta, o sacerdote começou por evidenciar o caráter “excecional e extraordinário” dos seus membros, pela santidade e “pela condição única de Jesus, o filho de Deus”, para clarificar que “não é nos aspetos extraordinários que somos convidados a tomar como modelo a Sagrada Família, mas nas virtudes familiares: na vivência do amor e no espírito da caridade”.

“Contemplarmos a Sagrada Família é um convite a olharmos para a nossa realidade familiar, à luz de Deus e da Sua Palavra”, disse o reitor, ao lembrar a atitude de contemplação que Maria assumiu “num dos momentos mais dramáticos da vida da Sagrada Família”: o episódio da perda e encontro de Jesus no Templo de Jerusalém, relatado no Evangelho de hoje.

“O evangelista diz-nos claramente que os seus pais não compreenderam a resposta de Jesus, mas também que Maria guarda as palavras e acontecimento no Seu coração, meditando-o e refletindo-o à luz da vontade de Deus. Por isso, Maria é modelo de quem, na vivência familiar, procura discernir e rezar a realidade à luz da vontade Deus.”

Ao sublinhar a “omnipresença da realidade familiar na Palavra de Deus, desde a Criação, nos Génesis, às Núpcias do Cordeiro, no Livro do Apocalipse, o sacerdote demonstrou que “a cada passo, a Palavra nos convida a olhar para a nossa vivência em família”, em especial neste tempo do Natal, onde ela nos é apresentada como “lugar onde Deus se faz visível, assumindo a nossa condição humana”.

“A vivência familiar é a experiência da presença de Deus na nossa vida”, afirmou, especificando, de seguida, as virtudes a que somos chamados a imitar a Sagrada Família, nos diferentes níveis.

A um nível humano, promovendo o amor, a ternura, o afeto e o perdão, para que ela seja “lugar onde cada um dos seus membros de sente amado, onde os esposos expressam o amor que os une, os filhos se sabem amados e os pais, sobretudo quando envelhecem, recebem o carinho e atenção dos filhos”, qual “refúgio seguro nas tempestades da vida”.

A um nível cristão, a ser “a primeira escola de vida cristã”, o lugar onde aprendemos a relacionarmo-nos com Deus, e a ser “Igreja Doméstica”, tal como referido no Concílio Vaticano II, “onde os pais, pela palavra e pelo exemplo, são os primeiros arautos da fé para os seus filhos, com vista ao discernimento vocacional de cada um”.

A celebração terminou com o gesto de osculação da imagem do Menino Jesus.

Esta tarde, às 15h30, o Santuário de Fátima oferece um recital de órgão na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, pelo organista David Paccetti Correia, que irá interpretar um programa musical alusivo à época de Natal.

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