11 de agosto, 2022

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Bispo de Fall River preside à Peregrinação de Agosto

Emigrantes regressam a Fátima, depois de dois anos de algumas intermitências por causa da pandemia e das restrições à circulação

 

Depois de ter estado previsto presidir em 2020 em Fátima, D. Edgar Cunha, bispo de Fall River, no estado norte americano de Massachussets, irá presidir à Peregrinação Internacional Aniversária de agosto em Fátima, também conhecida como a `Peregrinação dos Emigrantes´, que começa esta sexta-feira em Fátima.

Para os dias 12 e 13 estão inscritos 13 grupos: Alemanha(2); Austria(1), Portugal (2), Béligica (1) Espanha (1) Irlanda (1), Israel (1), Itália (1); Vietname(1), França(1), Holanda (1) e Polónia (3). Durante o mês de Agosto estão inscritos 120 grupos- 36 portugueses e 84 estrangeiros de 21 países a saber: Alemanha, Austria, Brasil, Burkina Faso, China, Croácia, Eslovenia, Espanha, EUA, Filipinas, Hungria, Indonésia, Iraque, Irlanda, Israel, Itália, México, Polónia, Sri Lanka, Venezuela e Vietname.

O bispo de Fall River é natural do estado da Bahia, no Brasil, e foi o primeiro prelado dos Estados Unidos nascido no Brasil. Neste momento preside a uma das mais importantes e significativas comunidades portuguesas dos Estados Unidos onde reside uma numerosa comunidade açoriana, natural ou descendente dos Açores, particularmente de São Miguel, e muito devota do Divino Espírito Santo. Aliás, quando sair de Fátima presidirá às grandes Festas do Divino Espirito Santo da Nova Inglaterra, que têm lugar no Kennedy Park em Fall River, no penúltimo fim-de-semana de agosto.

D. Edgar Moreira da Cunha foi ordenado padre em 27 de março de 1982, na Igreja de São Miguel em Newark, no estado norte americano de New Jersey, onde também reside uma importante comunidade portuguesa, sobretudo do norte e centro de Portugal continental, e ordenado bispo em 3 de setembro de 2003, na Catedral Basílica do Sagrado Coração, em Newark.

D. Edgar da Cunha é, de resto, o segundo prelado estrangeiro que presidirá em Fátima este ano já que as restantes peregrinações até outubro serão presididas por bispos portugueses.

Nesta peregrinação, assinala-se a quarta aparição de Nossa Senhora aos três Pastorinhos, a única que não teve lugar na Cova da Iria, dado que Francisco, Jacinta e Lúcia se encontravam fora de Fátima à guarda do Administrador de Ourém que quis interrogá-los. De acordo com o relato das Aparições Nossa Senhora haveria de lhes aparecer seis dias depois no lugar dos Valinhos, perto de Aljustrel aldeia onde viviam.

D0042575.jpgQuarta Aparição

Local: Valinhos

Data: 19 de agosto de 1917

Pessoas presentes (no dia 13): 15000 a 18000, embora alguns escritos falem de apenas 5000

«– Que é que Vossemecê me quer?

– Quero que continueis a ir à Cova da Iria no dia 13, que continueis a rezar o Terço todos os dias. No último mês, farei o milagre para que todos acreditem. [Se não tivessem abalado contigo para a Aldeia seria o Milagre mais conhecido; havia de vir São José com o Menino Jesus para dar a paz ao mundo e havia de vir Nosso Senhor benzer o povo, vinha Nossa Senhora do Rosário com um Anjo de cada lado e Nossa Senhora com um arco de flores à roda.]

– Que é que Vossemecê quer que se faça ao dinheiro que o povo deixa na Cova da Iria?

– Façam dois andores: um leva-lo tu com a Jacinta e outras duas meninas, vestidas de branco; o outro leva-o o Francisco com três meninos. O dinheiro dos andores é para a festa de Nossa Senhora do Rosário e o que sobrar é para a ajuda duma capela que hão-de mandar fazer.

– Queria pedir-lhe a cura dalguns doentes.

– Sim, alguns curarei durante o ano.

E tomando um aspecto mais triste:

– Rezai, rezai muito e fazei sacrifícios por os pecadores, que vão muitas almas para o inferno por não haver quem se sacrifique e peça por elas

Memórias da Irmã Lúcia I. 14.ª ed. Fátima: Secretariado dos Pastorinhos, 2010, p. 178-179 (IV Memória)

cartazhorizontal01.jpgSemana das Migrações, de olhos postos na Ucrânia

 

Realiza-se de 8 a 14 de agosto a 50ª Semana Nacional das Migrações que culmina justamente com a Peregrinação Nacional a Fátima, a 12 e 13 de agosto, acolhendo o repto do santo padre para rezar e construir o futuro com migrantes e refugiados.

No dia 12 de agosto, realiza-se às 16h00, na sala de imprensa do Santuário de Fátima a conferência de imprensa de apresentação da Peregrinação Nacional, promovida pela Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, em conjunto com o Santuário de Fátima.

“Juntos construímos um Nós maior: uma só família humana” é o lema desta semana que assinala igualmente os 60 anos da Obra Católica Portuguesa das Migrações.

“Estas duas efemérides suscitam em nós todo um conjunto de sentimentos e bons propósitos: sentimentos de ação de graças ao Senhor por estes abençoados e fecundos anos, cheios de vitalidade; sentimentos de gratidão a quantos serviram e servem dedicadamente esta Obra, fazendo dela um rosto visível do cuidado dos bispos em Portugal por esta grande e desafiante realidade das Migrações; propósitos de um comprometimento cada vez maior na reflexão sobre este vasto mundo, à Luz do Evangelho, em ordem a uma intervenção oportuna, coordenada e eficaz” afirma D. Daniel Batalha, vogal da Comissão Episcopal para a Pastoral da Mobilidade Humana.

Durante a Peregrinação à Cova da Iria será retomada a vigília de oração animada pelos secretariados diocesanos de Migrações, comunidades católicas da diáspora e capelania nacional ucraniana.

“Nos 50 anos da Semana Nacional de Migrações, nomeadamente com a Peregrinação dos Imigrantes a Fátima, teremos a oportunidade de colocar aos pés da Virgem todos os nosso trabalho e propósitos, unindo a nossa oração à oração dos nossos irmãos Migrantes e Refugiados. Virgem de Fátima, rogai por nós”, conclui o bispo D. Daniel Batalha.

No domingo, dia 14 de agosto, realiza-se a jornada de solidariedade para com a mobilidade humana.

2021-08-13_Missa_2.jpgAgosto, mês do trigo em Fátima

Gesto característico no ofertório da Eucaristia da peregrinação aniversária de 13 de agosto é a oferta de trigo, pelos peregrinos.

Este gesto realiza-se este ano pela 82.ª vez.

Em 13 de agosto de 1940, um grupo de jovens da Juventude Agrária Católica, de 17 paróquias da diocese de Leiria, ofereceu 30 alqueires de trigo, destinados ao fabrico de hóstias para consumo no Santuário de Fátima. Desde aquele ano, os peregrinos,

já não só de Leiria mas também de outras dioceses do país, e até do estrangeiro, têm vindo a dar continuidade, ano após ano, a este ofertório.

Consumiram-se, nas celebrações,  569.960 partículas, 820 hóstias médias, 60 hóstias grandes e 45 partículas para celíacos. Foram ainda consumidos ainda 350 litros de vinho de missa e usados 490 litros de cera líquida, 230 unidades de carvão litúrgico e 140 velas para o Santíssimo Sacramento na Capelinha e 19 círios para a Capelinha.

 

D0042573.jpgValinhos, local da Aparição de agosto

Entre a 8.ª e a 9.ª estações da Via-sacra,  no Caminho dos Pastorinhos, fica o local onde ocorreu a quarta aparição de Nossa Senhora, em 19 de agosto de 1917.

O monumento que assinala o evento foi construído com ofertas dos católicos húngaros. A imagem foi esculpida por Maria Amélia Carvalheira da Silva e o nicho em que se encontra foi arquitetado por António Lino.

No dia 19 de Agosto celebrar-se-á o  Rosário e Evocação da Aparição de Nossa Senhora nos Valinhos.

D0255619.jpgMuro de Berlim

Na noite do dia 13, depois do Rosário, há uma oração junto a este memorial.

Um pedaço do Muro de Berlim, derrubado em 1989, permanece no Santuário de Fátima para celebrar a paz, 30 anos após um acontecimento que reconfigurou a Europa e mudou o curso da história mundial.

Este pedaço do Muro, oferecido por um emigrante português radicado na Alemanha,  é um símbolo da liberdade religiosa para um mundo de paz.  O papa João Paulo II, quando vem a Fátima em 1991, diz claramente que Fátima está ligada de forma umbilical ao desmoronamento desse império soviético que tinha como leitura da História o pilar do ateísmo.

O monumento alusivo ao Muro de Berlim inclui uma lápide com palavras proferidas por João Paulo II, na sua segunda visita a Fátima, em 1991: “Obrigado, celeste pastora, por terdes guiado com carinho os povos para a liberdade”.

 

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