25 de setembro, 2022

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Bispo de Viseu apela ao apostolado da fraternidade e alerta para os problemas sociais decorrentes da pandemia e da guerra da Ucrânia

D. António Luciano presidiu esta manhã em Fátima a convite da Peregrinação Nacional do Rosário e da Família Dominicana

 

O bispo de Viseu, D. António Luciano, alertou esta manhã para as consequências da pandemia, do mal da guerra na Ucrânia, da inflação, do aumento da pobreza, das desigualdades, confiando-as à intercessão de Nossa Senhora do Rosário, na missa a que presidiu em Fátima.

Perante milhares de peregrinos, dos quais se fizeram anunciar 42 grupos, de 13 países, entre eles o da Peregrinação Nacional do Rosário e da Família Dominicana, numa celebração com transmissão online, o prelado pediu que os cristãos sejam verdadeiros apóstolos da fraternidade e da partilha.

A homilia partiu de uma passagem do Evangelho de São Lucas, lida hoje nas igrejas de todo o mundo, na qual Jesus apresenta a parábola do homem rico e do pobre Lázaro, ao qual o rico não prestou atenção e que nos leva a olhar a vida do ser humano a partir de duas realidades distintas: a riqueza e a pobreza.

“A marginalização do pobre lázaro que pede acolhimento, atenção e pão são o sinal da presença da pobreza, da fome e do sofrimento no mundo de hoje, onde o número elevado de excluídos e de pessoas com chagas continuam a ser rejeitadas” afirmou D. António Luciano.

“É preciso criar uma cultura de fraternidade, de solidariedade e de amizade social para incluir, acolher e partilhar o pão com os pobres, os famintos e os indigentes” enfatizou o prelado de Viseu ao salientar que o problema da riqueza e da pobreza “é transversal” a culturas e civilizações e afecta a “dimensão humana e espiritual da pessoa”.

“Esta parábola constitui um apelo a não nos deixarmos encandear pela luminosidade das riquezas e conforto dos palácios onde abundam as comidas e as músicas que nos podem alhear das necessidades reais dos nossos próximos” esclareceu ainda ao frisar que “não há nada pior (para um cristão) que ignorar a realidade que nos cerca fechando os olhos e o coração aos gritos do irmão”.

“Tu homem de Deus... esta palavra é para ti, é para nós: ajuda a reencontrar muitos irmãos a encontrar o caminho da fé”.

“Ao ser construtores do bem, empenhados no caminho de bem-aventurança, somos impelidos a repartir o pão com os famintos” disse ainda D. António Luciano, que presidiu à Peregrinação Nacional do Rosários e da Família Dominicana.

“A alegria de sermos peregrinos com Maria concede-nos a graça de celebrarmos os mistérios de Deus: cuidemos da nossa comunhão, continuemos a assombrar-nos pela beleza da liturgia e deixemo-nos encher do desejo de comungar o Senhor, tudo isto sob o olhar de Maria” disse o prelado salientando o exemplo dos santos Pastorinhos.

“A vocação cristã,enquanto caminho para Deus, leva-nos a buscar o essencial para a nossa vida: como aconteceu com os pastorinhos, centrados no mistério da Luz, que é o próprio Deus, somos convocados a percorrer a vida num caminho novo de perfeição e misericórdia, de confiança e abandono à vontade de Deus, como São Francisco e Santa Jacinta Marto”.

Dirigindo-se particularmente aos peregrinos do Rosário lembrou a “oração simples” que Nossa Senhora pediu aos Pastorinhos na Cova da Iria, em 1917.

“O rosário é uma oração simples mas oferece uma oportunidade para irmos tecendo com alegria e generosidade uma coroa de rosas para oferecermos a Nossa Senhora e deve ser assumida por todos nós como a oração predileta, que leva ao mundo de hoje a presença da Senhora mais brilhante que o Sol. Ele traz-nos a paz”, concluiu.

“Devemos rezar muito por todos nós, e por aqueles que mais precisam os que se afastaram de Deus e que são pecadores” disse, por outro lado, destacando o essencial da mensagem de Fátima.

“A mensagem de Nossa Senhora é a grande mensagem que a humanidade precisa de seguir: o convite a oração, à conversão, à mudança de vida”.

Este domingo, que celebra o Dia Mundial dos Migrantes, no Santuário rezou-se uma prece por todos aqueles que são migrantes , que "buscam trabalho, estão famintos e nada têm".

 

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