01 de novembro, 2022

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“Celebramos a santidade, não como um conceito ou uma abstração, mas com o rosto concreto de tantos que, nas suas vidas, se tornaram imagem viva de Jesus Cristo”

Dia de Todos os Santos celebrado na Basílica da Santíssima Trindade, com a presença das relíquias dos santos Francisco e Jacinta Marto, os primeiros dois santos de Fátima.

 

A santidade “não é um privilégio de alguns” e a melhor forma de corrigir “esta ideia errada de santidade  é “olharmos para os santos de ao pé da porta” afirmou esta manhã o Reitor do Santuário de Fátima na homilia da missa a que presidiu na Basílica da Santíssima Trindade, no dia em que a Igreja celebra Todos os Santos.

“Todos somos chamados a ser santos, porque a santidade não é um privilégio reservado a alguns eleitos. Isto choca-nos ao ouvido porque olhamos para a santidade com algum preconceito achando que é só para alguns” disse o padre Carlos Cabecinhas.

“Ser santos não é fazer milagres, mas confiar a vida a Deus” mesmo “no meio das lágrimas, das dificuldades e das incompreensões”, afirmou explicitando que ser santo significa “tornarmo-nos seguidores de Jesus Cristo e seus imitadores, alguém que não se contenta com uma vida medíocre ou superficial”.

A partir do evangelho proclamado neste dia, que nos apresenta as bem-aventuranças como itinerário de santidade, o sacerdote destacou a humildade, a justiça e a misericórdia como atributos de santidade.

“Ser santo é ser humilde como Cristo; é ser justo e procurar promover a justiça como Cristo; é usar de misericórdia e compreensão diante das fragilidades dos outros; é ser puro de coração à imagem de Cristo; é construir a paz à nossa volta” afirmou o padre Carlos Cabecinhas.

“Celebramos a santidade, não como um conceito ou uma abstração, mas com o rosto concreto de tantos que, nas suas vidas, se tornaram imagem viva de Jesus Cristo” explicitou, referindo que a santidade está na forma como cada um se configura a Deus, confiando Nele e imitando-O na relação com os outros, sendo “justo e humilde”.

O sacerdote apresentou a este próposito os exemplos dos santos Pastorinhos Francisco e Jacinta Marto, cujas relíquias estiveram expostas esta manhã durante a celebração.

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“Nos protagonistas de Fátima, os Pastorinhos, encontramos não apenas o enorme desejo de serem santos, mas igualmente o esforço diário por serem humildes, justos, misericordiosos, pacíficos, puros de coração... como Jesus Cristo” afirmou o padre Carlos Cabecinhas, ao reforçar que Fátima é “escola de santidade”.

“Toda a mensagem de Fátima tem este horizonte: conduzir-nos a uma vida santa, isto é, a uma vida de comunhão com Deus, no seguimento de Jesus Cristo. No centro da mensagem de Fátima encontramos o primado de Deus, de que nos falam as bem-aventuranças, como caminho de santidade”, concluiu.

A Igreja Católica celebra hoje a solenidade litúrgica de Todos os Santos, feriado nacional em Portugal, na qual lembra conjuntamente “os eleitos que se encontram na glória de Deus”, tenham ou não sido canonizados oficialmente.

As Igrejas do Oriente foram as primeiras (século IV) a promover uma celebração conjunta de todos os santos quer no contexto feliz do tempo pascal, quer na semana a seguir.

No Ocidente, foi o Papa Bonifácio IV a introduzir uma celebração semelhante em 13 de maio de 610, quando dedicou à Santíssima Virgem e a todos os mártires o Panteão de Roma, dedicação que passou a ser comemorada todos os anos.

A data de 1 de novembro foi adotada em primeiro lugar em Inglaterra no século VIII acabando por se generalizar progressivamente no império de Carlos Magno, tornando-se obrigatória no reino dos Francos no tempo de Luís, o Pio (835), a pedido do Papa Gregório IV (790-844).

Já no dia 2 de novembro tem lugar a ‘comemoração de todos os fiéis defuntos’, que remonta ao final do primeiro milénio, quando o Abade de cluny, Santo Odilão, no ano 998 determinou que em todos os mosteiros da sua Ordem se fizesse nesta data a evocação de todos os defuntos ‘desde o princípio até ao fim do mundo’.

Este costume depressa se espalhou: Roma oficializou-o no século XIV e no século XV foi concedido aos dominicanos de Valência (Espanha) o privilégio de celebrar três Missas neste dia, prática que se difundiu nos domínios espanhóis e portugueses e ainda na Polónia.

Durante a I Guerra Mundial, o Papa Bento XV generalizou esse uso em toda a Igreja (1915). Amanhã, em Fátima em todas as celebrações serão lembrados os funcionários, colaboradores, benfeitores e peregrinos do Santuário já falecidos.

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