20 de abril, 2025

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“Celebrar a Páscoa implica o esforço de aspirar às coisas do alto”

Na celebração do Domingo de Páscoa da Ressurreição do Senhor, o reitor do Santuário de Fátima desafiou os peregrinos à conversão do olhar, da vida e das relações uns com os outros.

 

Neste Domingo de Páscoa, dia em que se celebra a ressurreição de Jesus Cristo, o reitor do Santuário de Fátima desafiou os peregrinos à conversão do olhar, da vida e das relações uns com os outros.

Na homilia que proferiu, o padre Carlos Cabecinhas começou por lembrar que acreditar na ressurreição de Jesus é a marca distintiva da fé cristã e esclareceu que a Palavra hoje proclamada, mais do que um relato da ressurreição, pretende destacar as consequências que esta deve assumir na vida de cada um.

Aos milhares de fiéis presentes, esta manhã, na Basílica da Santíssima Trindade, e aos que acompanhavam a transmissão da eucaristia, o presidente da celebração descreveu, pois, o que significa e implica acreditar na ressurreição de Jesus.

O primeiro significado que apontou foi a conversão do olhar. “Acreditar na ressurreição de Jesus e celebrar a Páscoa implica a conversão do nosso olhar, para podermos reconhecer esta presença de Jesus Cristo vivo e ressuscitado nas nossas vidas”, afirmou. “Não o podemos ver como nos vemos uns aos outros, mas isso não significa que ele não esteja presente”, completou, e inspirado em Saint-Exupéry e no seu livro “O Principezinho" sublinhou que “o essencial é invisível aos olhos”.

“Só a fé pode abrir os nossos olhos para a realidade nova da ressurreição”, realçou, enfatizando que “a fé é esse olhar renovado que nos permite perceber a presença de Jesus Cristo como sinal de esperança neste nosso mundo cada vez mais desesperançado”.

 

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Porém, não basta converter o olhar. Acreditar na ressurreição de Jesus e celebrar a Páscoa implica também a conversão da vida. Esta foi a segunda interpretação apontada pelo padre Carlos Cabecinhas.

Trazendo à colação a segunda leitura, o presidente da celebração salientou que São Paulo convidava a aspirar às coisas do alto e àquilo que vai para além do dia a dia, das rotinas. Convidava a aspirar a estar com Deus, “só que esse estar com Deus implica a conversão da nossa vida, implica mudar tanta coisa na nossa vida que não está em sintonia com Deus, que nos afasta dele, que não lhe dá o devido lugar e a devida importância”.

“Celebrar a Páscoa implica esta conversão da vida, implica o esforço de aspirar às coisas do alto, evitando todo o pecado”, clarificou o sacerdote.

Numa terceira interpretação, acreditar na ressurreição de Jesus e celebrar a Páscoa implica a conversão da relação uns com os outros. Retomando a primeira leitura, o padre Carlos Cabecinhas lembrou que São Pedro afirmava que Jesus “passou fazendo o bem”. “Acreditar na ressurreição de Jesus significa reconhecê-lo presente em cada homem e mulher, certos de que  tudo o que fazemos ao mais pequeno, humilde e sofredor, é ao próprio Jesus que o fazemos”, referiu.

O desafio da Páscoa, reiterou, é “sermos presença de Jesus Cristo vivo e ressuscitado, ‘que passou fazendo o bem’”. E fazê-lo implica vencer a indiferença diante do sofrimento e das dificuldades dos outros, prestar maior atenção aos outros e às suas necessidades.

“Percebemos a presença de Cristo vivo em nós quando não nos fechamos no nosso egoísmo e nos nossos interesses e nos dispomos a abrirmo-nos aos outros, com gestos concretos de amor e de entrega”, sublinhou.

Após o desafio à conversão do olhar, da vida e das relações, o reitor do Santuário de Fátima concluiu a homilia exortando os peregrinos a serem “um alegre testemunho de que Jesus Cristo ressuscitou, está vivo, presente na nossa vida e no meio de nós”.

Neste Domingo de Páscoa da Ressurreição do Senhor, estiveram presentes no Santuário de Fátima grupos oriundos do Brasil, China, Costa do Marfim, Espanha, Indonésia, Itália, México, Nova Caledónia e Sri Lanca.

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