14 de abril, 2022

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Círio Pascal do Santuário de Fátima evoca a celebração do centenário da Voz da Fátima

Obra é enriquecida por pintura da autoria de Silvia Patrício, segundo programa iconográfico de Marco Daniel Duarte

O Círio Pascal que vai ser aceso na Vigília Pascal do Santuário de Fátima evoca a celebração do centenário da Voz da Fátima.  Com formato cilíndrico, é enriquecido por uma pintura da autoria de Silvia Patrício, segundo programa iconográfico de Marco Daniel Duarte que evoca o anuncio da boa nova da ressurreição de Cristo.

A composição desta obra, composta por tons quentes, apresenta ao centro uma fina cruz de vermelho vivo, em cujos ângulos se inscrevem os quatro algarismos do ano correspondente, sendo as extremidades da haste da cruz dominadas, acima, pelo alfa, abaixo, pelo ómega, tudo em tom de amarelo-dourado.

Aos símbolos específicos do Círio Pascal, soma-se o Evangelho da Vigília de Pascoa (Lucas 24, 1-12), distribuído por duas colunas de texto que acompanham a longa haste da cruz, e dois retângulos ilustrativos do texto transcrito em cada uma das colunas, junto ao arranque da cruz.

Assim, o registo inferior do retângulo esquerdo, evoca as “mulheres que tinham vindo com Jesus da Galileia”, as quais parecem olhar para os “dois homens com vestes resplandecentes” que adornam o texto evangélico e que, segundo o relato bíblico, as mulheres encontraram no sepulcro.

O registo inferior do retângulo direito alude ao momento em que as mulheres “foram contar tudo isto aos Onze”, a quem “tais palavras pareciam um desvario”. A cena é, por isso, marcada por uma figura de gesto forte, que segurando na mão direta uma folha marcada por duas colunas de texto, é como que contida por outras duas personagens e acompanhada por uma quarta figura.

Por fim, na coluna de texto do lado direito, encontra-se Pedro, que “viu apenas as ligaduras e voltou para casa admirado”, representado por meio de uma figura de gesto incrédulo que olha as ligaduras deixadas no interior do sepulcro.

A composição pictórica do Círio torna-se, indissociável do texto bíblico transcrito, repetindo a mancha gráfica típica dos manuscritos medievais, mas também a das colunas de um jornal contemporâneo, sublinhando deste modo como o Evangelho de Cristo é uma Boa Noticia (significado etimológico da palavra Evangelho) para todos os tempos.

Tal opção pretende, primeiro, sublinhar o círio como sinal de Cristo Ressuscitado que ilumina a Palavra e dela colhe a Sua Luz; segundo, evocar a celebração dos 100 anos do A Voz da Fátima, jornal oficial do Santuário. Por esta razão, as letras Alfa e Ómega tomam inspiração direta no primeiro cabeçalho do jornal cuja tiragem iniciou e 1922.

Durante as celebrações do Tríduo serão usadas algumas peças que integram o Museu do Santuário. O gomil e a lavanda ( jarro e bacia), que serão utilizados na Missa da ceia do Senhor para o rito do lava-pés, integram a Banqueta Manuelina encomenda da iniciativa do advogado Alberto Pinheiro Torres e para a qual se empreendeu uma subscrição nacional de ofertas. Tal subscrição foi aprovada por D. Jose Alves Correia da Silva a 8 de dezembro de 1933, datando os primeiros registos de ofertas conhecidos do dia 14 de dezembro de 1933. As mulheres portuguesas acabaram por assumir a responsabilidade da recolha de fundos, sendo a banqueta oferecida e estreada no dia 2 de maio de 1937, aquando da peregrinação da Ação Católica Feminina ao Santuário de Fatima. Nesta celebração será usado o cálice dos Doentes, oferecido ao Santuário pelos doentes de Portugal, a 31 de março de 1968.

Na Vigília Pascal e no Domingo de Páscoa serão usados dois outros cálices, ambos oferecidos ao Santuário por particulares, representando peças de joalharia do século XX.

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