22 de junho, 2019

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“Francisco Marto é um convite à conformação a Cristo”, afirma Adrian Attard

Presbítero carmelita enviou comunicação para o Simpósio sobre “São Francisco Marto- peregrinação e páscoa, no centenário da sua morte”

 

O exemplo da realidade quotidiana vivida por São Francisco Marto, do seu “silencioso auto escondimento”, para se entregar a Deus e da sua visão pascal de Cristo Ressuscitado fazem do jovem santo “um convite” a todos os cristãos para que o imitem, afirma Adrian Attard num texto intitulado “São Francisco Marto- peregrinação e Páscoa, no centenário da sua morte”, como contributo para o Simpósio Teológico-pastoral que neste segundo dia percorre temáticas sobre a Peregrinação a Fátima.

O sacerdote, presbítero da Ordem dos Carmelitas Descalços, que ensina na Pontifica Faculdade de Teologia Teresianum de Roma e na Universidade Publica de Malta, não esteve no simpósio por motivos de saúde, mas a sua comunicação foi lida, deixando pistas para uma análise sobre a vida do jovem vidente, “uma criança de Deus”, com uma “espiritualidade cristocêntrica” sempre “vivida ao modo de uma peregrinação interior ou de um cum-vivere ontológico relacional e místico”.

“No cumprimento de cada dever, nos atos de mortificação, em todas as ocasiões de zelo, de oblação, de abnegação e de caridade que se lhe apresenta, Deus coloca no coração de Francisco a sua vontade, e este coopera eficazmente no processo de assimilação ao seu Senhor”, afirma o sacerdote na comunicação lida pela professora universitária Isabel Varanda.

Por isso, esclarece, “A vida do santo menino ajuda-nos a insistir em alguns pontos de interesse antropológico-espiritual e a clarificar algumas perspetivas para o futuro”.

 

Para Adrian Attard, a conversão proposta pelos acontecimentos de Fátima deve-se “ao testemunho da existência cristiforme dos videntes”, que se “associaram a Jesus, mediante o Espírito, à história da liberdade de Jesus, ou seja, à sua fé obediencial ao Pai”. Por isso, adianta, o seu testemunho “mostra-nos” como a vida quotidiana pode tornar-se ocasião para alcançar a fé.

“Quando se reconhece a presença de Cristo que, na sua liberdade, vem ao nosso encontro no concreto da vida real, Ele torna-se a pedra angular para o significado de toda a vida pessoal” adianta o presbítero carmelita.

“O caminho que cada um está chamado a realizar coloca-o misteriosa e progressivamente num espaço cada vez mais amplo que lhe permite alcançar o mais profundo de si mesmo, sem esquecer aquele que está ao seu lado”, conclui.

À distância de cem anos da sua morte, São Francisco Marto continua a ser uma “figura singular” que “conferiu à infância uma importância decisiva, vivendo-a em toda a sua profundidade e plenitude”, manifestada “na proximidade a Deus e ao seu mistério”.

 

 

O segundo dia do Simpósio Teológico-pastoral “Fátima, hoje: que caminhos?” terminará com um painel temático sobre “As marcas da peregrinação a Fátima”, que abordará a “Bênção dos doentes”, pelo Pe. José Manuel Pereira de Almeida; o “Serviço do lava-pés”, pela Ir. Ana Luísa Casto, asm e as “Procissões de Fátima: a luz, o silêncio e o adeus”, pelo Pe. Carlos Cabecinhas.

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