04 de setembro, 2022

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Futuro de Fátima deve passar por uma leitura da sua Mensagem à luz da ecologia, sugere Isabel Varanda

Teóloga e professora foi a oradora do Encontro na Basílica que se realizou esta tarde, sob o tema: “A ‘Luz que é Deus’ sobre a história do mundo: a dimensão profética da mensagem de Fátima”.

A teóloga e professora Isabel Varanda preconizou para o futuro do Santuário de Fátima e para a Mensagem que ele difunde um “lugar de ecologia integral profundo, que congregue a ecologia humana com a ecologia ambiental e que seja gerador de paz”. A ideia foi apresentada na palestra que ofereceu no quarto Encontro na Basílica deste ano pastoral, que decorreu esta tarde, na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima.

Assumindo o “sentimento de pequenez, envolto num tremendo sentido de responsabilidade” que a palestra lhe suscitava, a oradora começou por apresentar uma reflexão sobre a forma como vê a luz de Deus no mundo, particularmente a luz que irradia da Cova da Iria, desde há um século atrás, a partir da forma como cada um dos Pastorinhos percepcionaram a luz nas Aparições de 1917.

“São Francisco não só fica encantado de ver a luz e o Senhor nessa luz, mas ainda fica muito mais feliz e encantado de se ver e sentir a si mesmo e a Jacinta e Lúcia nessa luz, numa maior dinâmica de intimidade e participação”, começou por recordar, ao inscrever a experiência dos Pastorinhos na “mais profunda tradição bíblica” do caminho e da peregrinação.

A partir do exemplo do relato bíblico da conversão de São Paulo, em que o apóstolo fica cego pela luz de Deus, que o faz crer e anunciar Deus até ao fim dos seus dias; e do relato dos discípulos de Emaús, que abrem os olhos no fim do caminho para reconhecer o Senhor; Isabel Varanda estabeleceu um “paralelismo quase intuitivo” com a experiência dos Pastorinhos, que também “abrem os olhos para crer”.

Ao assumir o caráter profundamente antropocêntrico do coração da Mensagem de Fátima, a docente sugeriu como possível tarefa histórica do Santuário para século XXI as articulações entre antropologia, a teologia cristã, a ecologia e a mensagem de Fátima.

“Parece-me de grande interesse reler a mensagem de Fátima com chaves de leitura ecológica”, afirmou, percecionando na conjuntura mundial um momento de mudança de mentalidade no interesse pela vida e ecologia, ao tomar como exemplo a própria encíclica “Laudato Si”, do Papa Francisco.

“No contexto da tarefa histórica em que o Santuário se perfila impor-se-á um trabalho de interpretação, em chave ecológica e cósmica, da luz que Fátima é no mundo, para uma mais organizada explicitação das reais afinidades entre a ecologia planetária e cósmica e a mensagem de Fátima, que revela em si mesma um potencial de atualização imenso”, concluiu, ao perspetivar o futuro da Cova da Iria como lugar de alegria, de luz, de ecumenismo, onde seja possível a criação de um observatório de ecologia integral profunda.

O encontro terminou com um recital pelo coro Carmeli Voces Ensemble, sob a direção de Ricardo Rodrigues.

O próximo Encontro na Basílica acontece a 6 de novembro.

 

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