13 de setembro, 2024

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Maria é a “estrela que ilumina o nosso caminho, amparando a nossa fé e encorajando-nos a confiar sempre no amor de Deus”

O bispo de Beja destacou o modo exemplar como Francisco, Jacinta e Lúcia viveram os laços de amizade que os uniam

 

Na missa da Peregrinação Internacional Aniversária de setembro, D. Fernando Paiva, bispo de Beja, falou sobre o desejo de ser feliz e procurar a felicidade. Na homilia desta celebração, o prelado afirmou que o desejo de felicidade é uma busca de Deus.

Escutar a Palavra de Deus, “acolhendo-a verdadeiramente como Palavra divina e colocando-a em prática nas nossas vidas, é um caminho seguro e certo para responder e corresponder ao anseio de felicidade que trazemos no mais íntimo do nosso ser”.

O acolhimento da Palavra de Deus, a obediência à Sua vontade foram constantes na vida de Maria. A vivência autêntica da Fé “faz-nos mais felizes e faz mais felizes os que vivem à nossa volta”.

D. Fernando Paiva, à semelhança do que aconteceu ontem na Celebração da Palavra, lembrou os dramas da guerra na Terra Santa, na Ucrânia e noutros locais.

“Nos momentos de dor e sofrimento, recorremos a Maria em busca de conforto e esperança, sabendo que ela, como boa Mãe e pela sua própria experiência de sofrimento e fidelidade, compreende as nossas angústias”, acrescentou.

Em Fátima, “Maria aparece como aquela que nos conforta e anima, que nos convida à conversão e à oração, amparando-nos nos momentos de dificuldade e incerteza”.

“Ela é a estrela que ilumina o nosso caminho, amparando a nossa fé e encorajando-nos a confiar sempre no amor de Deus”, disse ainda.

Os Pastorinhos de Fátima, Lúcia, Francisco e Jacinta, “são um exemplo luminoso de uma fé pura e corajosa, sustentada pelo amor a Nossa Senhora”.

Os videntes enfrentaram provações e desafios, “mas mantiveram sempre a confiança em Deus e nas palavras da Senhora e a sua fé simples, mas inabalável, torna-se também para nós um amparo espiritual; ao contemplarmos a vida destes pequenos pastores, encontramos o estímulo necessário para também nós perseverarmos na fé, mesmo quando a vida se apresenta difícil”.

“A fé dos Pastorinhos é como que um espelho que nos reflete a grandeza da confiança em Deus e na Sua misericórdia, foi-lhes concedida a graça de saborear as alegrias do Céu, de contemplar a beleza da Santíssima Virgem e começaram a amar Jesus e Maria mais do que tudo, preferiram guardar o que receberam de Deus - o seu segredo - à sua própria vida”.

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Foi esta alegria, este sentir a felicidade do Céu que ficou profundamente enraizado nos corações destas crianças e que “lhes deu força para se sacrificarem e receberem todos os sofrimentos que vieram a acolher com tanto amor, com tanta abnegação”, lembrou o bispo de Beja.

O prelado considera que o caminho de fé de cada um é também ajudado, amparado pelos encontros pessoais e pelas amizades que vão sendo cultivadas ao longo do caminho.

“Amigos verdadeiros são um amparo fundamental, partilhando as alegrias e os desafios da vida, e ajudando-nos a crescer na fé, e os Pastorinhos de Fátima também nos ensinam a importância da amizade no caminho da fé”, afirmou.

A cumplicidade e a união entre Lúcia, Francisco e Jacinta “mostram-nos como a fé é fortalecida quando vivida em comunidade, quando partilhada e sustentada pela amizade sincera”.

“Eles ampararam-se mutuamente nas dificuldades e nas dúvidas, incentivaram-se a rezar, a confiar, e a seguir o caminho que Nossa Senhora lhes indicava, e esta amizade exemplar torna-se um modelo para nós, a fé não é uma aventura solitária, mas um caminho feito em companhia, onde a presença de amigos que partilham connosco a mesma fé e a mesma esperança é uma ajuda preciosa”, explicou D. Fernando Paiva.

A amizade é “um lugar privilegiado de crescimento espiritual, onde somos amparados, consolados e encorajados”.

A fé é um “dom precioso” que precisa de ser constantemente alimentado e cuidado.

Nos serviços do Santuário de Fátima fizeram-se anunciar peregrinos oriundos de Portugal, África do Sul, Alemanha, Austrália, Brasil, Canadá, China, Croácia, Coreia do Sul, Espanha, Estados Unidos, Filipinos, França, Haiti, Itália, Irlanda, Malta, México, Paraguai, Polónia, Porto Rico, Reino Unido e Senegal e Vietname.

O bispo da Diocese de Leiria-Fátima, D. José Ornelas, na palavra final, pediu que tomassem atenção nas palavras que D. Fernando Paiva aqui deixou, no sentido de tomar atenção a Nossa Senhora, “uma mãe que veio aqui cuidar de três crianças, símbolo do futuro e da fragilidade, que precisam de ser cuidadas”.

O prelado desafiou os peregrinos a serem “agentes de transformação deste mundo”, lembrando que as aparições aconteceram num período como o que o mundo agora atravessa.

D. José Ornelas pediu orações pela paz particularmente na Terra Santa, Ucrânia, Sudão e Iémen, “pelas crianças e velhos inocentes que neste momento estão privados das necessidades mais básicas”. O bispo de Leiria-Fátima pediu ainda orações pela segunda sessão Sínodo dos Bispos em Roma.

Esta celebração foi ainda acompanhada em direto por milhões de peregrinos através dos meios digitais do Santuário de Fátima.

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