01 de novembro, 2024

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Peregrinos convidados a encarar santidade como caminho desejável e possível

Na Solenidade de Todos os Santos, hoje celebrada, o padre Carlos Cabecinhas clarificou que ser santo não significa ser perfeito.

 

Na solenidade de Todos os Santos, que se celebra neste dia 1 de novembro, o reitor do Santuário de Fátima lembrou que a santidade não é exclusiva dos que foram beatificados ou canonizados, mas que todos são chamados a ser santos.

Na homilia da missa desta sexta-feira, celebrada na Basílica da Santíssima Trindade, o padre Carlos Cabecinhas esclareceu que santos são também “aqueles que vivem perto de nós e são um reflexo da presença de Deus”. “São essa multidão incontável, constituída pelos santos ‘ao pé da porta’”, afirmou, tomando de empréstimo a expressão do Papa Francisco. “Temos lugar aí, nessa multidão enorme, podemos fazer parte desse número e este é o grande desafio que nos é feito”, referiu.

Nos santos e santas encontram-se os traços do rosto de Jesus e exemplificou: “Sermos santos é sermos humildes como Cristo foi; é sermos justos e procurarmos promover a justiça à nossa volta como Ele fez; é sabermos usar de misericórdia e compreensão diante da fragilidade dos outros; é sermos puros de coração à imagem de Jesus; é construirmos a paz à nossa volta, essa paz sempre tão necessária e hoje tão urgente”.

Reconhecendo a dificuldade em aceitar a santidade como algo desejável e um caminho possível, o padre Carlos Cabecinhas clarificou que santidade não é perfeição. “É este equívoco que nos faz encarar a santidade como algo demasiado distante de nós, das nossas possibilidades, como algo demasiado heroico para as nossas forças limitadas”, esclareceu. E lembrou que “os santos não foram pessoas perfeitas; foram aqueles que, com os seus defeitos e fragilidades, reconhecendo-os e aceitando-os, procuraram viver como ‘amigos de Deus’”.

“A santidade não significa perfeição, significa procura sincera de Deus e da vontade de Deus, de viver de acordo com o exemplo de Jesus Cristo, mesmo sabendo que tantas vezes o procuramos e tantas vezes falhamos”, reforçou o reitor do Santuário.

Remetendo os peregrinos para Fátima e para a sua mensagem, afirmou que esta “não pretende senão conduzir-nos a Deus e à comunhão com Ele, isto é, conduzir-nos a uma vida santa”.

Trouxe ainda à memória o exemplo dos Santos Pastorinhos. “Neles encontramos não apenas o enorme desejo de serem santos, mas igualmente o esforço diário por serem humildes, justos, misericordiosos, pacíficos, puros de coração como Jesus”.

Na solenidade que hoje se celebra - “a grande festa da Igreja peregrina na terra que se une à Igreja que vive já na glória” - o padre Carlos Cabecinhas convidou os peregrinos a deixarem-se guiar pela “escola de santidade que tem Nossa Senhora por Mestra, seguindo o exemplo dos Santos Pastorinhos no desejo de santidade”.

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