19 de fevereiro, 2020

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Santa Jacinta Marto é exemplo de “compaixão” por todos os tipos de sofrimento

Santuário de Fátima assinala centenário da morte da pequena pastora

 

O Santuário de Fátima preparou um programa celebrativo, com o intuito de assinalar a efeméride do centenário da morte de Santa Jacinta Marto.

As comemorações começaram no passado domingo com o VI Concerto Evocativo dos Três Pastorinhos de Fátima, na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima. Esta noite teve lugar uma vigília de oração, que começou com Rosário na Capelinha das Aparições, seguindo-se uma procissão para a Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, onde os túmulos dos Pastorinhos foram venerados pelos muitos peregrinos presentes.

Nas meditações apresentadas, a Ir. Ângela Coelho, vice-postuladora da Causa de Beatificação da Irª Lúcia e ex-postuladora da Causa de Canonização dos santos Francisco e Jacinta Marto, falou do que é “ser comunidade e viver em comunidade”, porque ninguém existe “sozinho, nascemos numa família de sangue, e pertencemos a outra onde nos unem os laços de fé em Cristo”.

Na Jacinta vemos um “apelo à unidade nesta família que somos, porque se um irmão meu sofre, eu também sofro”, acrescentou, desafiando cada peregrino a aprender com a pastorinha a “sustentar com oração e amizade, a unidade na construção desta família humana e Cristã”.

Na vidente é possível ver uma menina “que não desiste de ninguém, reza por todos, oferece-se por todos”, e na sua curta vida “Jacinta foi íntima Daquele que nunca desistiu de ninguém”.

Em declarações à Sala de Imprensa do Santuário, a Ir. Ângela Coelho considera, nos dias que correm, que a compaixão "é a característica da Jacinta que mais nos continua a desafiar".

“Compaixão por todos os tipos de sofrimento, porque de facto, a Jacinta foi uma menina que viu o sofrimento dos outros, e teve várias visões pessoais sobre o sofrimento, como é o caso daquela frase  «tanta estrada, tantos caminhos e campos cheios de gente, a chorar com fome», ou seja, é este sentido da paixão e do sofrimento que a marca de tal forma, e que nos faz perceber que ela se sentia mesmo responsável pela história que lhe era dada a viver”, explicou a religiosa.

Para a ex-postuladora da Causa de Canonização dos santos Francisco e Jacinta Marto, se questionada sobre os “irmãos”, a pequena vidente responderia «está no meu coração, entrego a minha vida por ele», e por isso, Jacinta “é uma menina que nos ensina a olhar para a realidade e não nos sentirmos indiferentes, mas pelo contrário, sentirmo-nos responsáveis, sabendo que pela nossa oração, pela nossa entrega, colaboramos na história da salvação”.

“A Jacinta gostava de partilhar a merenda com os pobres, a oração que fazia pelos outros, mas ela gostava também de partilhar o seu tempo com aqueles que sofrem, e é algo que hoje podemos partilhar, e que é muito difícil, mas é o que as pessoas mais sentem falta na solidão, alguém que esteja disposto a partilhar o seu tempo, conversar, fazer companhia”, acrescenta a Ir. Ângela Coelho.

Em suma, “a pequena Jacinta é testemunho de alguém que partilha o seu tempo, às vezes feito oração, outras vezes feito presença, e esta ideia de partilhar tempo, sobretudo nos dias de hoje, é uma característica da santidade, porque há mais alegria em dar do que em receber, e nós aprendemos isto de Jesus, e a Jacinta é uma menina que encarna isto mesmo, porque mais que dar coisas ela dá-se a sim mesma”.

Esta quinta-feira, dia 20 de fevereiro, dia da Festa Litúrgica dos Santos Francisco e Jacinta Marto, pelas 10h00, na Capelinha das Aparições, o Cardeal D. António Marto, bispo da diocese de Leiria- Fátima, fará a bênção das esculturas dos Santos Francisco e Jacinta Marto, da autoria de Silvia Patricio,  que, desde esta tarde, estão expostas à veneração dos fiéis na Capelinha das Aparições. Após este momento, rezar-se-á o Rosário, seguindo-se uma procissão com os ícones dos Santos Francisco e Jacinta até à Basílica da Santíssima Trindade, onde tem lugar a Eucaristia pelas 11h00. Entre as 14h00 e as 16h00 estão previstas várias atividades com crianças. Pelas 17h30 haverá oração de vésperas na Basílica de Nossa Senhora do Rosário.

Em Lisboa, o centenário da morte de Jacinta Marto será assinalado neste dia com uma conferência, pelas 15h00, no Hospital D. Estefânia, onde faleceu a pequena pastorinha. Nesse mesmo lugar, pelas 16h30 haverá uma missa, presidida pelo Cardeal Patriarca, D. Manuel Clemente.

 

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