23 de março, 2021

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Virgem Peregrina de Fátima, embaixadora da Paz no Cáucaso no último trimestre deste ano

A Imagem nº 2 visitará as paróquias da Arménia, Azerbaijão e Geórgia

 

A Imagem nº 2 da Virgem Peregrina de Fátima vai deslocar-se ao Cáucaso em setembro e outubro a pedido do núncio apostólico na Arménia e na Geórgia, D. José Bettencourt, que já manifestou “a sua alegria” por esta viagem inédita.

Segundo o representante diplomático do Papa, esta será a primeira vez que a imagem visita estes territórios da ex-União Soviética, passando ainda pelo Azerbaijão.

“Os católicos do Cáucaso alegram-se pela notícia da visita da Imagem de Nossa Senhora de Fátima à região”, refere o arcebispo, nascido nos Açores, em depoimento enviado à Voz da Fátima.

A imagem, que vai passar pelas paróquias e comunidades católicas dos três países, tem uma intenção especifica “de reconciliação e de paz”, numa zona onde permanecem congelados vários conflitos, alguns reacesos no decurso do ano passado, que ameaçam a estabilidade e a segurança de toda a região.

“Rezemos pela paz de mente e de espírito com Deus e com o próximo durante este tempo de bênção” referiu ainda D. José Bettencourt.

Para José Milhazes, jornalista e autor do livro “A mensagem de Fátima na União Soviética-Rússia”, a presença de Fátima no Cáucaso “é particularmente importante numa região do Continente Europeu fustigada, há muitos anos, por guerras e graves crises políticas, pois a mensagem emanada da Cova da Iria é de paz entre os homens”.

“Certamente que a imagem da Virgem Maria será recebida por corações e braços abertos na Arménia, primeiro país a proclamar o Cristianismo como sua religião no longínquo ano de 301. A Arménia está envolvida numa guerra com o vizinho Azerbaijão desde 1989 e estes dois países precisam de paz, de uma reconciliação que tarda em chegar” destaca o jornalista que foi correspondente da SIC na Rússia.

A residir em Portugal, o jornalista salienta, por outro lado, “a longa e profunda crise interna” que assola a Geórgia.

“ A presença de Fátima na Geórgia contribuirá para tornar os corações mais pacíficos, mais abertos ao diálogo. Irá certamente recordar-lhes o contributo dos missionários portugueses para o resgaste dos restos mortais da mártir georgiana  Santa Ketevan, cujo suplício está representado em azulejos nas paredes do Convento da Graça, em Lisboa”.  

E, conclui: “Em boa hora a imagem de Fátima passará pelo Cáucaso, reforçando a sua mensagem de paz e amor” refere.

Também a jornalista Aura Miguel, uma das vencedoras do Prémio de Jornalismo instituído no Centenário das Aparições, com uma reportagem multimédia intitulada “Fátima na Bielorussia, uma chama que a URSS não apagou”, desenvolvido em parceria com Joana Bourgard, lembra que a presença da Imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima na região do Cáucaso pode ajudar a “consolidar a paz e unidade” entre os cristãos e a “reforçar o diálogo com o Islão”, nesta zona estratégica entre a Europa e a Ásia.

“Os apelos à paz e conversão que brotam de Fátima, assumem especial atualidade nesta região, ainda instável, e com feridas abertas causadas pelo mais recente conflito fronteiriço sobre Nagorno-Karabakh, que opõe a Arménia cristã ao Azerbaijão muçulmano. E o mesmo se diga da Geórgia, maioritariamente ortodoxa, a braços com revoltas independentistas nas regiões de Ossétia do Sul e Abkhazia”, refere a jornalista vaticanista da Rádio Renascença.

“Quando a 13 de julho de 1917, a Virgem revela o segredo às três crianças e profetiza os horrores da guerra, do pecado e tantos sofrimentos da humanidade, Ela também aponta uma saída de esperança para salvar o mundo”, destaca ao lembrar que há um caminho de paz que pode ser percorrido.

“Trata-se de um caminho de conversão e de paz, que se consolida na livre adesão aos pedidos da Senhora de Fátima. A começar no coração de cada um, mas com potencial para mudar o rumo da história, incluindo a destas três repúblicas da ex-URSS”, afirma.

“De Fátima, nasce continuamente um convite a construir a paz, no coração de cada um e à nossa volta. Por isso, esta Mensagem é mais um incentivo aos que vivem sinceramente este desejo de paz e de verdade, independentemente do seu contexto, cultura e religião”, diz. 

O próprio Papa, nas diversas viagens que realiza pelo mundo, não escolhe só países cristãos. 

“Eu própria o testemunhei, ao acompanhar São João Paulo II, e mais recentemente Francisco, a estes três países do Cáucaso” refere para concluir que “não duvido que a presença da Imagem peregrina de Fátima será uma ocasião privilegiada para reforçar este anseio de paz e de diálogo, e “sem qualquer distinção de carácter étnico, linguístico, político ou religioso”, como diz o Papa Francisco”, destacando que é também este o espírito da Fratelli Tutti.

Este ano, a agenda das viagens da imagem da Virgem Peregrina de Fátima tocará novamente uma série de países.

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