22 de março, 2018

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Santuário de Fátima lembra os “excluídos da sociedade” e as crianças “vitimas da injustiça social” na evocação das aparições do Anjo

A meditação do Rosário foi feita a partir das homilias de Bento XVI em Fátima, em 2010

 

Esta quarta-feira, dia 21 de março, o Santuário de Fátima evocou as aparições do Anjo, com uma procissão que saiu da Capelinha das Aparições, rumo ao Poço do Arneiro e Loca do Anjo.

Durante a Via Matris, no caminho dos Pastorinhos, o reitor, Pe. Carlos Cabecinhas, lembrou “os excluídos da sociedade”, a necessidade da “defesa da vida e dos direitos fundamentais da pessoa humana” e as crianças “vítimas da injustiça social, da desagregação familiar e da violência”.

“Nós te pedimos que, seguindo o exemplo da Virgem das Dores, saibamos lutar para defender a vida e os direitos fundamentais da pessoa humana contra as injustiças e a perseguição dos prepotentes”, disse o reitor numa das orações durante a Via Matris.

No percurso de 950 metros, no caminho dos Pastorinhos até ao monte dos Valinhos, os peregrinos foram convidados a escutar o Evangelho, seguido de uma pequena oração, feita pelo reitor do Santuário que terminou com a Ladainha da Paz.

Seguiu-se a evocação das aparições do Anjo nos Valinhos, depois no Poço do Arneiro e na Loca do Cabeço, com uma narrativa assente nas Memórias da Ir. Lúcia acerca destas aparições que funcionaram como pórtico preparatório dos Pastorinhos para as aparições de Nossa Senhora no ano seguinte.

A primeira aparição do Anjo deu-se na Loca do Cabeço, numa propriedade da família dos videntes nos Valinhos, onde se apresentou como o Anjo da Paz e lhes pediu que rezassem.

“– Não temais! Sou o Anjo da Paz. Orai comigo.

E ajoelhando em terra, curvou a fronte até ao chão. Levados por um movimento sobrenatural, imitámo-lo e repetimos as palavras que lhe ouvimos pronunciar:

– Meu Deus, eu creio, adoro, espero e amo-vos. Peço-vos perdão para os que não creem, não adoram, não esperam, e não vos amam.

Depois de repetir isto três vezes, ergueu-se e disse:

– Orai assim. Os corações de Jesus e Maria estão atentos à voz das vossas súplicas”, refere a Ir. Lúcia nas suas Memórias.  

Na segunda aparição, já no verão, quando os pastorinhos brincavam junto ao poço do Arneiro, na casa de Lúcia, apresenta-se como Anjo da Guarda e Anjo de Portugal, reiterando o pedido de oração. Nessa altura, desafia-os a oferecer sacrifícios e aceitar o sofrimento que Deus lhes envie: “Que fazeis? Orai! Orai muito! Os Corações de Jesus e Maria têm sobre vós desígnios de misericórdia. Oferecei constantemente ao Altíssimo orações e sacrifícios.

– Como nos havemos de sacrificar? – perguntei.

– De tudo que puderdes, oferecei um sacrifício em acto de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e de súplica pela conversão dos pecadores. Atraí, assim, sobre a vossa Pátria a paz. Eu sou o Anjo da sua guarda, o Anjo de Portugal. Sobretudo aceitai e suportai com submissão o sofrimento que o Senhor vos enviar”, refere uma vez mais Lúcia, no seu livro de memórias.

A terceira aparição aconteceu de novo nos Valinhos, quando os Pastorinhos estavam em oração. Viram o Anjo com um cálice na mão e uma hóstia suspensa sobre Ele, da qual caíam algumas gotas de sangue. O Anjo ensina aos videntes a oração à Santíssima Trindade e dá a hóstia à Lúcia e o sangue do cálice ao Francisco e à Jacinta, como descreve a Ir. Lúcia: “trazendo na mão um cálice e sobre ele uma Hóstia, da qual caíam, dentro do cálice, algumas gotas de sangue. Deixando o cálice e a Hóstia suspensos no ar, prostrou-se em terra e repetiu três vezes a oração:
– Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, adoro-Vos profundamente e ofereço-Vos o Preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo, presente em todos os Sacrários da terra, em reparação dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido. E pelos méritos infinitos do Seu Santíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria, peço-vos a conversão dos pobres pecadores.
Depois, levantando-se, tomou de novo na mão o cálice e a Hóstia e deu-me a Hóstia a mim e o que continha o cálice deu-o a beber à Jacinta e ao Francisco, dizendo ao mesmo tempo:
– Tomai e bebei o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo horrivelmente ultrajado pelos homens ingratos. Reparai os seus crimes e consolai o vosso Deus.
De novo se prostrou em terra e repetiu connosco mais três vezes a mesma oração.”

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