12 de setembro, 2020

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A pandemia veio “pôr a nu a nossa fragilidade e as falsas seguranças em que assentamos as nossas vidas”, afirma D. Manuel Pelino

Bispo Emérito de Santarém presidiu esta noite às celebrações da peregrinação de setembro e afirma que o mundo precisa de “uma cura espiritual”

 

O bispo emérito de Santarém, D. Manuel Pelino, afirmou esta noite em Fátima que a pandemia só será vencida se o homem ultrapassar o individualismo e a indiferença.

“Precisamos de mudar, de nos converter da indiferença à solidariedade, da autossuficiência à humildade e ao serviço fraterno”, afirmou D. Manuel Pelino na alocução feita aos peregrinos na vigília de oração que decorreu esta noite em Fátima, no âmbito da Peregrinação Internacional Aniversária de setembro, que assinala a quinta aparição de Nossa Senhora na Cova da Iria.

“Na verdade, julgávamo-nos donos do mundo, autossuficientes, capazes de tudo e afinal a pandemia veio pôr a nu a nossa fragilidade e as falsas seguranças em que assentamos as nossas vidas” afirmou D. Manuel Pelino.

O prelado falou dos “ muitos momentos de escuridão, de sofrimento, de desânimo, de medo”, e lembrou que é nestas ocasiões que Nossa Senhora nunca nos abandona.

A homilia lembrou a oração do Papa a invocar a ajuda divina para “vencer o terrível flagelo do coronavírus”, perante o Cristo de São Marcelo e o ícone mariano conhecido por ‘Salus Populi Romani’, isto é “ícone de Nossa Senhora da Saúde, ou da Salvação, ou seja, da saúde global, do corpo e da alma”.

“É a salvação que Jesus comunicou no seu tempo e nos concede hoje, por intercessão de sua Mãe santíssima, a salvação da pessoa na sua vida, no seu mundo e com o seu mundo e na eternidade”, realçou D. Manuel Pelino.

Para o presidente da celebração, está em causa a “saúde global para a humanidade ferida” e também uma “cura espiritual, a mudança de atitude perante a vida, perante a natureza e perante os outros”.

O bispo emérito de Santarém convidou os presentes a aprender com a Virgem Maria “a seguir a voz do Espírito no silêncio, na atenção aos sinais dos tempos e na meditação da Palavra de Deus”.

“Nessas ocasiões, recorremos ao amparo da nossa Mãe do Céu para que ela nos envolva com o seu manto de luz. Ela é para nós a aurora que anuncia a luz do Sol Nascente, que vem iluminar os que vivem nas trevas” afirmou o prelado.

“Na Mãe de Deus, encontramos sempre uma fonte de salvação, uma nascente de graça para a saúde do corpo e da alma”.

“ Aprendamos com ela a escutar e a seguir a voz do Espírito no silêncio, na atenção aos sinais dos tempos e na meditação da Palavra de Deus que ressoa nas Sagradas Escrituras”, disse.

Nesta aparição, de novo na Cova da Iria, em 13 de setembro de 1917, além de reforçar o pedido de oração do Terço, Nossa Senhora anuncia que em outubro virão Nosso Senhor, Nossa Senhora das Dores e do Carmo e S. José com o Menino Jesus, para abençoarem o Mundo.

O programa desta Peregrinação Internacional Aniversária, a quarta que conta com peregrinos desde o fim do confinamento, e a segunda com grupos estrangeiros inscritos- quatro de Espanha e um de França-, mantém-se idêntico, isto é, começou esta noite, às 21h30, com a recitação do Rosário na Capelinha das Aparições; seguiu-se a Procissão das Velas e depois a celebração da palavra no Altar do Recinto de Oração.

Este domingo, às 9h00, terá lugar o Rosário Internacional e depois a Missa com a Bênção do Santíssimo e terminará com a Procissão do Adeus.

De referir que no ano passado, no mês de setembro, fizeram-se anunciar no santuário de Fátima 570 grupos, 407 dos quais estrangeiros. Este ano além dos cinco grupos estrangeiros já referidos, estão inscritos cinco grupos de Portugal, um dos quais é a Comunidade Surda que cumpre a VI Peregrinação Nacional ao Santuário de Fátima. 

Pela primeira vez, os peregrinos surdos participam integrados no programa oficial da peregrinação aniversária. Na oração do Rosário, que decorreu na Capelinha das Aparições, um dos mistérios do terço foi recitado em Língua Gestual Portuguesa.

 

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Missa

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