04 de abril, 2021

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São Francisco Marto morreu há 102 anos

No aniversário da morte de São Francisco Marto, o teólogo Franco Manzi lembra o carisma de um dos mais novos santos não mártires da Igreja.

 

Neste dia em que se assinala o 102º aniversário da morte de São Francisco Marto, o Santuário de Fátima evoca a vida do vidente das aparições de Fátima através num vídeo, onde o teólogo e sacerdote italiano Franco Manzi expõe o carisma do mais jovem santo não mártir da Igreja.

"A mensagem de Francisco para nós, hoje, é um convite à oração contemplativa, à comunhão com Cristo na Eucaristia, após a confissão, a um estilo de vida vivido em recolhimento", refere o sacerdote italiano, na descrição que faz de São Francisco Marto.

Ao recordar a vida Pastorinho de Fátima, o teólogo, pensador e investigador da mensagem de Fátima expõe as semelhanças do testemunho do santo vidente com a vida de Jesus Cristo: o seu espírito contemplativo, corajoso e compassivo, vivido num "estilo de despreendimento de si próprio" que o fez santo.

"Parece-me que esta boa aceitação da vontade de Deus, porque o bem da própria vida está lá, caracteriza a espiritualidade de Francisco. Francisco sofreu, dizem os testemunhos, sem nunca se queixar e morreu escondido, em casa, entre muitos sofrimentos, enfrentado por Jesus, ou seja, para consolar Jesus e como Jesus, ou seja, sentindo a mesma compaixão de Jesus pelos pecadores", afirma o padre Franco Manzi, ao assumir o "silêncio que caracteriza as visões de Francisco" e a "paixão que assumiu pelo Cristo Eucarístico" como as características que mais o impressionam na vida do santo de Fátima.

O vídeo foi publicado nas redes sociais do Santuário de Fátima.

 

Uma vida intensa e contemplativa

São Francisco Marto nasceu a 11 de junho de 1908 e foi batizado a 20 de junho, na Igreja Paroquial de Fátima. Testemunhou, com 8 anos, juntamente com a sua irmã Jacinta e a prima Lúcia, as aparições do anjo e de Nossa Senhora, entre 1916 e 1917.

Francisco viveu intensamente a oração contemplativa, passando horas seguidas em oração em frente ao sacrário, na Igreja Paroquial de Fátima, quando a prima e a irmã iam para a escola.

A 18 de outubro de 1918, pouco mais de um ano depois da última Aparição, Francisco adoece, vítima da epidemia da gripe pneumónica que assolou o país. A 2 de abril do ano seguinte, confessa-se e recebe a comunhão pela última vez “com uma grande lucidez e piedade”, como escreve o pároco de Fátima no livro de óbitos, ao registar a sua morte, a 4 de abril de 1918. Foi sepultado no cemitério de Fátima, de onde os seus restos mortais foram exumados, a 17 de fevereiro de 1952, e trasladados para a Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, a 13 de março de 1952, repousando no braço direito do transepto.

Francisco e a irmã Jacinta foram canonizados no Santuário de Fátima, a 13 de maio de 2017, durante a Missa da Peregrinação Internacional Aniversária do Centenário das Aparições, presidida pelo Papa Francisco. Tornaram-se nos mais jovens santos não-mártires da história da Igreja Católica depois do reconhecimento do milagre a eles atribuido, na última etapa do processo de canonização, iniciado há 65 anos, que consistiu na cura, sem explicação clínica, de Lucas Maeda, uma criança brasileira de cinco anos, que recuperou de um coma, depois da perda de tecido cerebral originada por uma queda de uma janela, a uma altura de 6,5 metros, no dia 3 de março de 2013. A oração da família e das irmãs do Carmelo de Campo Mourão, no Brasil, pedindo a intercessão de Francisco e Jacinta, resultou na cura total de Lucas, facto que os médicos não conseguem explicar.

 

Franco Manzi, um pensador do acontecimento de Fátima

O padre Franco Manzi é sacerdote da diocese de Milão e doutorado em estudos bíblicos e em teologia. É professor de Novo Testamento e da Língua Hebraica no Seminário de Milão, professor convidado de Novo e Velho Testamento, na Faculdade Teológica do Norte, no Instituto Superior de Ciências Religiosas de Milão e na Faculdade de Teologia de LuganoColabora com muitas outras revistas de exegese bíblica, teologia, liturgia e pastoral.

Em 2014 participou no segundo número da revista Fátima XXI com o artigo “As Crianças-Profetas de Fátima. Discernimento eclesial sobre a visão de 13 de outubro de 1917”. Em 2015, apresentou a reflexão “O mistério do amor de Deus pelo mundo na mensagem de Fátima” no âmbito do Simpósio Teológico-pastoral Envolvidos no amor de Deus pelo mundo e, em 2016, foi orador no 24º Congresso Mariológico Mariano Internacional, realizado em Fátima, onde falou sobre “O conteúdo teológico da mensagem de Fátima e sua interpretação”.

 

 

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