18 de fevereiro, 2024

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“É necessário e urgente este discernimento sobre a nossa vida, esta avaliação das prioridades, este desejo de dar a Deus o lugar que lhe deve pertencer na nossa vida, esta vontade de maior atenção aos outros”

Reitor do Santuário de Fátima presidiu à missa do primeiro domingo da Quaresma

 

A Basílica da Santíssima Trindade acolheu esta manhã a missa do primeiro domingo da Quaresma, presidida pelo Reitor do Santuário de Fátima, o padre Carlos Cabecinhas que convidou os peregrinos a refletir sobre “o tempo de conversão que nos é oferecido por Deus para prepararmos o nosso coração e a nossa vida para a celebração da Páscoa”.

“Este é o tempo favorável que Deus nos oferece como oportunidade para pôr em ordem a nossa vida, para dar lugar ao que realmente importa, para darmos a Deus o lugar que só a Ele compete no nosso coração”, explicou o sacerdote, lembrando ainda o tempo da Quaresma e a sua duração simbólica de 40 dias “têm como modelo o próprio Cristo que se retira para o deserto para orar”.

“Cheio do Espírito Santo e movido por ele, Jesus vai para o deserto, que, no mundo bíblico, era o lugar do encontro íntimo e intenso com Deus”, acrescentou, dizendo ainda que foi no deserto que Deus “fez a Aliança com o seu povo, multiplicou Deus os prodígios em favor dos seus eleitos, saciando a sua sede e fome, guiando os seus passos e dirigindo-lhes a Sua palavra de vida”.

Para o povo de Deus, “a que Jesus pertencia, ir para o deserto era reavivar a relação com Deus, era reatar a Aliança e reencontrar o Deus salvador e libertador”.

A conversão é “a palavra que melhor sintetiza o sentido da Quaresma”, e é “por excelência, o tempo da conversão, o tempo para recordar a nossa condição batismal, e a constante necessidade de confrontarmos a nossa vida com Cristo e com as suas palavras de vida”.

“A Quaresma é a nossa ida para o deserto, à imitação de Cristo, é o momento para dar mais tempo à oração, é a ocasião para reavivar a nossa relação com Deus, tantas vezes debilitada pelo ritmo do nosso dia a dia, tantas vezes afetada pela nossa crónica falta de tempo”, considera o padre Carlos Cabecinhas.

Mas a Quaresma “é também o momento oportuno para avaliar a vida à luz de Deus, para nos perguntarmos, à luz da Palavra de Deus, de que forma cuidamos das nossas relações uns com os outros”.

“Este é ainda o tempo para avaliarmos as nossas atitudes e opções, as nossas prioridades e escolhas”, afirmou o reitor do Santuário, considerando necessário “e urgente este discernimento sobre a nossa vida, esta avaliação das prioridades, este desejo de dar a Deus o lugar que lhe deve pertencer na nossa vida, esta vontade de maior atenção aos outros, sejam aqueles com quem partilhamos o dia a dia, sejam aqueles com quem apenas nos cruzamos”.

Para este caminho de conversão, a igreja indica meios simples, como é o caso da “oração mais intensa e a escuta mais frequente da Palavra de Deus; as práticas penitenciais, como sinal do nosso desejo de conversão e a atenção aos outros e às suas necessidades”.

Também a mensagem de Fátima, “com o seu veemente apelo à conversão, nos conduz a uma vivência séria e intensa deste tempo quaresmal”.

“Com o convite a dar a Deus o primeiro lugar e a conduzirmos a nossa vida pela Sua vontade, com o apelo insistente à oração, a fazermos sacrifícios e a amarmos os irmãos, a mensagem de Fátima apresenta-nos uma verdadeira pedagogia para o itinerário de conversão que nos é proposto no tempo quaresmal”, concluiu.

O IX Concerto Evocativo dos Três Pastorinhos de Fátima está agendado para esta tarde. Este ano o concerto é realizado em parceria com o VIII Ciclo de Órgão de Torres Vedras, contando com a presença do organista Josep Solé Coll — organista titular da Basílica Papal de São Pedro do Vaticano e organista para as celebrações litúrgicas do Santo Padre. A este organista espanhol junta-se um coro masculino português, Voces Verbi, uma formação emergente da música coral em Portugal.

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