10 de novembro, 2021

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“Em Fátima temos um sinal muito claro da presença amorosa de Deus na nossa vida, na nossa história”

Cardeal D. Sergio da Rocha, arcebispo de São Salvador da Bahia e primaz do Brasil  fala sobre Fátima e a devoção a Nossa Senhora do Rosário 

 

“Neste tempo de provação, levantamos o olhar confiante para a Senhora de Fátima, recorremos à sua intercessão para suplicar a Jesus por nós e pelos que mais sofrem, a fim de alcançarmos a força espiritual, a esperança e a paz.  Em Fátima, por meio de sua materna intercessão, a nossa oração chega a Jesus. Por meio dela, com o seu exemplo, nós aprendemos a seguir a Jesus [...]. Nós aqui estamos a refazer a experiência dos Pastorinhos de Fátima; a caminhar ao encontro de Nossa Senhora para com ela e através dela chegarmos a Jesus”.

Assim, de um só fôlego, poderíamos resumir a mensagem do cardeal Sérgio da Rocha, arcebispo de São Salvador da Bahia e primaz do Brasil, na sua passagem pela Cova da Iria em outubro passado. 

O prelado que fez a última viagem internacional antes da chegada do primeiro confinamento a Fátima, para orientar o retiro da Quaresma dos bispos portugueses, recordou o papel dos Santuários neste momento de crise pandémica, mas também de crise de fé. “Aqui pode criar-se a primeira oportunidade para acolher os que não têm fé”, isto é, “todos aqueles que vêm ao Santuário por diversas razões, seja conhecer a beleza do espaço ou beber da força espiritual daqueles que aqui vêm como crentes”. “Cada Santuário é um dom de Deus, mas encerra uma tarefa imensa: ser instrumento de encontro, mas também ser instrumento do amor de Deus entre os homens, através do acolhimento, da orientação espiritual, do apoio, da bênção”, afirmou no podcast Fátima no século XXI.

“Os santuários dão-nos os sinais da presença de Deus na História. São locais especiais de encontro com Ele. Nossa Senhora ajuda-nos a recordar o sentido maior da nossa vida, que se encontra em Deus e na fé. Temos de valorizar os santuários como lugares de encontro, mas também fazer deles espaços de vida fraterna, em que se possa experimentar o amor de Deus através da comunidade”, sublinhou ainda.

“Aqui em Fátima temos um sinal muito claro da presença amorosa de Deus na nossa vida, na nossa história. Nossa Senhora acompanhando-nos com o seu amor de Mãe é um sinal de que não estamos abandonados à nossa sorte, isto é, Fátima com a sua mensagem, com o seu convite à oração, à penitência e à conversão, é um convite permanente a fazermos caminho, a jamais pararmos e nos acomodarmos”, referiu.

O prelado, que já foi arcebispo de Brasília, capital brasileira, lembra, a este propósito, que Fátima ensina a caminhar em comunidade. “Olhando para este recinto cheio, vemos que os nossos irmãos rezam como nós, rezam connosco e rezam por nós. Por isso, a peregrinação a Fátima, em particular, mostra-nos que caminhamos juntos, iluminados pelo amor de Deus e pelo amor dos Irmãos e isso garante um novo sentido de fraternidade”. “Fátima alimenta a conversão individual mas também a conversão  comunitária, fraterna para um mundo melhor”, frisou.

“Peregrinar significa dar passos de crescimento de vida nova; muitas vezes não são largos como gostaríamos, mas também os pequenos passos devem ser valorizados” adiantou ao sublinhar a necessidade de caminharmos mais.

“A pandemia deveria continuar a ser um tempo favorável para pensarmos melhor como devemos prosseguir: em relação ao Evangelho, desde logo, mas acima de tudo, quais os passos que Deus quer que demos [...]. A fé é mais forte do que o vírus e não está confinada”.

“Se a pandemia afetou tudo e todos independentemente do lugar e não conheceu barreiras, então temos também de ser capazes de levar o amor e a esperança de Deus a todos”, referiu.

“O desafio de criar um mundo novo e melhor é permanente, mas este tempo (de pandemia) tem-nos convocado particularmente para refletirmos melhor no caminho que temos percorrido e avaliarmos se estamos na direção certa”.

 

“Cada Santuário é um dom de Deus, mas encerra uma tarefa imensa: ser instrumento de encontro, mas também ser instrumento do amor de Deus entre os homens, através do acolhimento, da orientação espiritual, do apoio, da bênção”.

 

A propósito da pandemia “como tempo favorável”, o prelado adiantou: “temos visto pessoas e famílias renovarem-se na vida fraterna e no compromisso com a vida e com a saúde”. “Creio que aprendemos, e estamos a aprender ainda, a acolher a vida como um dom inestimável de Deus, mas também como um compromisso em cuja defesa nos temos de empenhar. Aprendemos o sacrifício e as renúncias como gestos de amor; é uma forma de amar o próximo, sobretudo o mais frágil, protegendo a saúde”. 

“Temos aprendido muito, mas temos muito a aprender. A pandemia tem sido uma ocasião para aprendermos mais como pessoas, como família, como comunidade, como Igreja e também como humanidade, assim o espero”, disse D. Sérgio da Rocha. Por isso, concluiu, “a mensagem de Fátima é tão atual”.

O podcast #fatimanoseculoXX pode ser ouvido em www.fatima.pt/podcast  ou no iTunes ou Spotify.

 

 

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