17 de novembro, 2019

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Fátima mostra-nos como o “amor triunfa diante dos dramas da História”

Terminou a 14ª Edição do Curso sobre a Mensagem de Fátima, no qual participaram cerca de quatro centenas de pessoas.

 

A interioridade da oração, da reparação e da consagração “parecem coisas escondidas” mas encerram “uma força renovadora do mundo” afirmou esta manhã a Irª Ângela Coelho que orientou durante três dias a 14ª Edição do Curso sobre a Mensagem de Fátima, intitulado “O triunfo do amor nos dramas da História”, que decorreu no Centro Pastoral de Paulo VI.

“Apesar dos dramas da história e da nossa história cheia de dramas, incluindo o século XXI, o mal não terá a última palavra. O triunfo será sempre o amor e foi isto que Nossa Senhora veio aqui dizer há cem anos e que hoje, nestes módulos finais do curso, expressámos através da importância da oração, da reparação e da consagração”, afirmou à Sala de Imprensa do Santuário de Fátima, a religiosa da Aliança de Santa Maria, vice-postuladora da Causa de Beatificação da Irª Lúcia e ex-postuladora da Causa de Canonização dos santos Francisco e Jacinta Marto.

“Esta é uma chave de leitura que nós, crentes, entendemos facilmente: a interioridade da oração, da reparação e da consagração parecem coisas escondidas mas, como dizia o cardeal Ratzinger, têm uma força enorme e que é renovadora do mundo, porque o triunfo do amor na História Universal começa por ser o triunfo do amor na minha própria história pessoal, na história daqueles com quem vou construindo as minhas relações, desde a família ao trabalho, e isto, levado à máxima dimensão, vai transformando a História do mundo”, esclareceu ainda.

“Nós falamos em dramas não em tragédia, porque esta parece não ter solução. O drama é algo difícil, que gera sofrimento, mas tem sempre solução e nós cristãos acreditamos que o amor de Deus e o seu triunfo no mistério pascal nos remetem para a salvação. Ora, como instrumentos Dele, cooperando com Ele também nós podemos ser agentes reveladores dessa salvação”, prossegue a vice-postuladora ao esclarecer que a grande `chave de leitura´ deste curso é a de “que nós alertados para a possibilidade do sofrimento, diante dos males deste nosso mundo, saibamos que há alguém que nos ama, que se preocupa e que não estamos sozinhos”.

O curso, que uma vez mais, procurou aprofundar a espiritualidade de Fátima, refletiu sobre vários temas, de entre os quais se destaca:

Maria como intercessora e como expressão da presença materna de Deus; a importância da oração do Rosário; o Coração Imaculado de Maria como expressão da compaixão de Deus pelo mundo; a pedagogia do segredo: do medo à esperança; a reparação como convite a participar na ação salvífica de Deus; e a consagração como entrega e acolhimento.

A exemplo das edições anteriores, o Curso sobre a Mensagem de Fátima deu a conhecer, de forma abrangente e articulada, o essencial da Mensagem de Fátima, enquanto mensagem de paz e de esperança para toda a humanidade, expondo os elementos fundamentais das Aparições da Cova da Iria e sistematizando aspetos temáticos, teologicamente enquadrados, numa relação dialógica com questões específicas da vida cristã.

“Creio que não há ninguém neste mundo que não traga uma ferida no seu coração, porque o sofrimento faz parte da história da humanidade. O que aqui se recebe em Fátima, creio, é esta consolação de que eu, no meu sofrimento, não estou sozinho; até me posso sentir assim, mas não estou abandonado. A oração do Rosário não é apenas eu estar com Nossa Senhora ou com Nosso Senhor; é para eu tomar consciência de que Eles estão comigo e quando eu me sinto acompanhado sei que não sofro sozinho”, avançou ainda.

Por outro lado, a dinâmica da reparação como foi salientada neste curso, faz com que cada crente, ao perceber o mistério pascal, possa sentir a força de Deus para suportar e ultrapassar as suas próprias fragilidades e o seu sofrimento.

“Isto está muito presente em Fátima, na Terceira parte do Segredo, quando olho para o cimo da Montanha e vejo uma cruz tosca. Ela dá-me a dimensão do meu próprio sofrimento e, sobretudo, dá-me a força para compreender que havendo sofrimento não há desespero, dá-nos esperança que nos reconstrói ao invés do desespero que nos destrói”, afirmou ainda.

“De Fátima ganhamos a luz necessária para nos sentirmos acompanhados e para não desesperarmos e quando percebemos esta luz percebemos que podemos ser parte da história da salvação e podemos levar luz ao mundo”, concluiu a religiosa que tem orientado este curso desde a sua primeira edição e o leva também para fora do Santuário seja ao nível diocesano, no contexto da Igreja Portuguesa, seja a nível internacional.

No período do pós centenário, este foi o curso mais participado de sempre, registando-se a participação assinalável de pessoas mais jovens que aderiram a esta proposta do Santuário de Fátima.

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