09 de fevereiro, 2019

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Jornadas de Biblioteca refletem sobre “ferramenta para conhecer Deus, o ser humano e o mundo”

Encontro está a decorrer em Fátima e junta mais de uma centena de pessoas, de várias áreas do saber

 

Estão a decorrer, no Centro Pastoral de Paulo VI, em Fátima, as Jornadas de Biblioteca do Santuário de Fátima, onde, durante o dia de hoje, mais de uma centena de participantes, oriundos de todo o país e de várias áreas do saber, vai refletir sobre o papel das bibliotecas eclesiásticas como ferramenta para conhecer Deus, o ser humano e o mundo.

Na sessão de abertura, ao início da manhã, o reitor do Santuário, padre Carlos Cabecinhas, afirmou que “as bibliotecas estão inscritas no código genético das igrejas cristãs”.

“Embora Judaísmo, Cristianismo e Islamismo sejam designadas ‘religiões do Livro’, pela importância fundamental e única das Sagradas Escrituras, a verdade é que, no caso concreto do Judaísmo e do Cristianismo, seria muito mais correto falar de religiões da biblioteca, porque a Bíblia não é um livro, mas uma biblioteca com dezenas de livros dos mais variados géneros literários”, explicou, ao apontar o propósito do encontro.

“A motivação desta jornada é a de reconhecer a importância da instituição biblioteca para o conhecimento e desenvolvimento humanos. É verdade que o Santuário de Fátima é, sobretudo, lugar cultual e de peregrinação, porém a biblioteca não é uma excentricidade, mas parte da missão e responsabilidade desta instituição que, sendo lugar cultual, não pode nunca deixar de ser lugar de cultura”, concluiu.

O programa do encontro estrutura-se em duas partes. A primeira, que decorreu durante a manhã, foi inaugurada com uma conferência de Henrique Leitão sobre o tema “Bibliotecas eclesiásticas e conhecimento humano”. Seguiu-se uma sessão onde se falou: sobre a importância das bibliotecas para a formação das elites eclesiásticas; sobre a 'livraria' do Convento da Arrábida nos séculos XVI-XIX; e sobre a biblioteca da Igreja Lusitana.

Durante a tarde, o programa das jornadas vai centrar-se na realidade de Fátima: na sua biblioteca e produção bibliográfica, culminando numa conferência sobre o tema: “O conhecimento de Fátima a partir da produção bibliográfica”, por Marco Daniel Duarte, diretor do Departamento de Estudos do Santuário de Fátima, que, em declarações aos jornalistas, antecipou expetativas para estas jornadas.

“Gostava que os participantes levassem daqui ferramentas de pensamento que possam alargar os seus horizontes, incorporando as informações que aqui forem dadas para o seu trabalho diário, por forma a sermos melhores seres humanos. De nada serve a cultura se não estiver ao serviço deste desiderato… E a religião é também isto que pretende”, afirmou o responsável.

Ao comentar a “surpreendente” adesão de participantes, Marco Daniel Duarte realçou a “confiança” que a formação oferecida Departamento de Estudos do Santuário de Fátima tem vindo a despertar, nomeadamente em temas que “não tem uma visibilidade muito grande no quotidiano nacional, como o das bibliotecas”.

As Jornadas de Biblioteca do Santuário são dinamizadas pelo  Departamento de Estudos do Santuário de Fátima, através do seu Serviço de Arquivo e Biblioteca.

A Biblioteca do Santuário de Fátima, que funciona no edifício da Reitoria do Santuário, foi erigida em 1955, segundo provisão de D. José Alves Correia da Silva, então bispo de Leiria. Tem um acervo de cerca de 100 mil livros, divididos por três núcleos: biblioteca geral, biblioteca de Fátima e biblioteca mariana. Nela, existem também 2.100 títulos de periódicos, e um núcleo de livro antigo, com cerca de 500 exemplares – o mais antigo datado de 1517.

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