Nova cruz inaugurada na Capelinha das Aparições

Nova cruz inaugurada na Capelinha das Aparições

Bênção da nova escultura de bronze aconteceu no início das celebrações deste 12 de maio.

Foi inaugurada esta noite, 12 de maio, no início das celebrações da Peregrinação Internacional Aniversária, a nova cruz do presbitério da Capelinha das Aparições.

“Há muito que sentíamos a necessidade de dotar o espaço da Capelinha de uma figuração da cruz com Cristo crucificado mais visível e expressiva, com um tratamento artístico mais consentâneo com a importância do local”, explicou o reitor do Santuário de Fátima, padre Carlos Cabecinhas, aos jornalistas.

A nova figuração, feita de bronze fundido, surge também como uma forma de assinalar o presente Ano Jubilar, dedicado à esperança, que tem como imagem uma cruz.

Para este trabalho o Santuário convidou o escultor Rogério Timóteo, que desenvolveu a obra num “saudável equilíbrio entre a liberdade criativa e o profundo respeito por todos os fiéis para quem esta escultura foi criada”.

Com 2,60 metros de altura, a cruz, que se localiza atrás do altar e à esquerda da Imagem de Nossa Senhora de Fátima, foi pensada para que a figura de Cristo se eleve acima do sacerdote que preside à liturgia, conferindo-lhe centralidade e transcendência, salvaguardando a harmonia daquele espaço celebrativo.

“Na cruz, Cristo assume uma torção corporal, com o olhar voltado para a Imagem de Nossa Senhora de Fátima, num gesto claro de diálogo e comunhão. A sua mão direita, aberta e estendida em direção à Virgem, exprime entrega e proteção; a mão esquerda, cerrada numa expressão de dor, revela o peso do sofrimento”, lê-se na memória descritiva da peça, que continua com uma descrição mais pormenorizada.

“Ambas as mãos estão cravadas diretamente num círculo que se sobrepõe à cruz e que é símbolo da santidade do Deus que, no Calvário, se entrega pela humanidade. A composição formal, a partir deste círculo, remete também para a hóstia consagrada que renova o sacrifício de Cristo na cruz. Os pés de Cristo, porém, estão pregados fora desse círculo luminoso, remetendo à sua natureza terrena do Filho de Deus, sublinhando a leitura da haste vertical da cruz, a árvore da vida.”

O escultor Rogério Timóteo, o autor da peça, nasceu em 1967, em Sintra. A sua obra foca-se no corpo humano, utilizando principalmente mármore, bronze e resina. Com mais de trinta anos de carreira, possui um vasto currículo de exposições e escultura pública, com obras em coleções internacionais em mais de 30 países.