13 de abril, 2022

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“Quando nos dispomos a acolher os refugiados que chegam, por causa da guerra, estamos a imitar a atitude de Maria junto à cruz”

Pe. Carlos Cabecinhas presidiu à missa da peregrinação mensal de abril, na Basílica da Santíssima Trindade

 

A Basílica da Santíssima Trindade acolheu esta manhã a missa da peregrinação mensal de abril, presidida pelo reitor do Santuário de Fátima, o Pe. Carlos Cabecinhas.

O sacerdote falou aos peregrinos do tempo litúrgico que a Igreja vive, ao terminar o tempo da Quaresma e começar a celebração dos “intensos dias do Tríduo Pascal”.

Nestes dias, “tudo aponta já para a paixão de Cristo, para a sua entrega por nós, e hoje, aqui, no Santuário, evocamos a presença da Virgem Santa Maria nesse mistério da paixão de Seu Filho, Jesus Cristo”.

Na Paixão do Senhor “temos a manifestação suprema do amor de Deus por nós, pois Jesus dissera que a maior prova de amor é dar a vida por aqueles que se amam e foi isso que Ele fez, com a entrega da Sua vida, manifestando, de forma radical, este amor de Deus que nos envolve”, explicou o Pe. Carlos Cabecinhas.

“No momento supremo da Sua entrega por nós, Jesus despoja-se de tudo e dá-nos tudo, até a Sua Mãe”, lembrou o reitor do Santuário de Fátima, recordando ainda que “esse extremo ato de amor de Jesus, que nos entregou a Sua Mãe é motivo de confiança, por nos sentirmos amados e por sentirmos que a Mãe nos acompanha em todos os momentos”.

Maria manteve-se “firme junto à cruz do seu Filho, Ela soube unir-se à paixão do seu Filho, e este exemplo mostra-nos aquela que deve ser a nossa atitude junto da Cruz daqueles que estão ao nosso lado, diante do sofrimento dos que nos cercam”.

“É preciso não nos fecharmos e centrarmos em nós, nas nossas dificuldades”, reiterou o Pe. Carlos Cabecinhas, dizendo que apesar das dificuldades que cada um sente e tem de gerir, “é nestas horas difíceis que é mais importante vencer a indiferença diante do sofrimento dos outros”.

Nossa Senhora mostra “que o nosso lugar é junto à cruz de quem sofre: para ajudarmos, para consolarmos, para apoiarmos, para aliviarmos o sofrimento”. “Quando, hoje, não apenas rezamos pela paz, mas também nos dispomos a acolher os refugiados que chegam, por causa da guerra, na Ucrânia ou em outras partes do mundo, estamos a imitar a atitude de Maria junto à cruz. Quando nos recusamos a ficar indiferentes diante do sofrimento de tantas pessoas, de tantos inocentes, atingidas pelas consequências de uma guerra cruel e absurda; quando condenamos uma agressão e vontade de domínio, que não tem em conta o sofrimento que provoca e não hesita em recorrer aos mais hediondos meios para aterrorizar e vencer, estamos a imitar a coragem de Maria, junto à cruz, quando todos os outros fugiram ou se esconderam”, afirmou o reitor do Santuário de Fátima.

Por estes dias, a Palavra de Deus “não nos exorta somente à confiança, porque Jesus nos dá a Sua Mãe como nossa Mãe: a Palavra de Deus exorta-nos também ao compromisso em favor daqueles com quem vivemos ou nos cruzamos”.

“A Palavra de Deus exorta-nos a estarmos junto à cruz de quem sofre ao nosso lado; hoje, exorta-nos a acolhermos os refugiados ucranianos que chegam sem nada, e é assim que, como o discípulo amado, acolhemos Maria em nossa casa”, concluiu.

Dois anos depois da difícil situação da pandemia, que marcou as celebrações pascais em 2020 e 2021, o Santuário de Fátima vai reforçar o seu programa celebrativo na Páscoa, já sem restrições à participação dos peregrinos, mas mantendo a prudência, evitando gestos e comportamentos que possam envolver riscos.

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