03 de outubro, 2021

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“Quando o projeto de vida de uma família fracassa, a comunidade cristã é convidada não a julgar, mas a usar de compreensão”

Padre Carlos Cabecinhas presidiu à missa dominical no Recinto de Oração do Santuário de Fátima

 

O padre Carlos Cabecinhas, reitor do Santuário de Fátima, presidiu à missa dominical no Recinto de Oração,na qual se fizeram anunciar vários grupos de peregrinos de Portugal e de Espanha.

A liturgia deste dia, aborda a temática do matrimónio e apresenta “o projeto inicial e ideal de Deus para o homem e para a mulher: formar uma comunidade de amor, estável”.

Jesus indica que “a plena realização do ser humano só acontece na relação, não é possível realizar se nos afastamos uns dos outros, e a vocação primordial de todo o homem e mulher é a relação, o amor, que assume muitas concretizações, sendo a mais comum o Matrimónio”, considera o responsável pelo Santuário de Fátima.

“Nós fomos criados para a relação, não para o isolamento”, reiterou, explicando ainda que homem e a mulher “vivem em comunhão total um com o outro, dando-se um ao outro, partilhando a vida um com o outro, unidos por um amor que é mais forte do que qualquer outro vínculo”.

O matrimónio é uma concretização “da entrega de si a Deus e, consequentemente, aos outros”.

 “O que oferecemos a Deus, como o que partilhamos com os outros, não é algo que se perde, mas sim algo que se ganha, pois nós só ganhamos o que damos, e oferecer a própria vida a Deus, na vida matrimonial, significa amar a Deus na esposa ou no esposo e nos filhos e é caminho de oferta da vida a Deus”, disse o padre Carlos Cabecinhas.

O matrimónio é, assim, “um verdadeiro caminho de santidade e santificação para os esposos cristãos, que são chamados a ser santos, não apesar de serem casados, mas precisamente enquanto marido e esposa, pai e mãe”.

Apesar de tudo, “a vida dos homens e das mulheres é marcada pela fragilidade e debilidade próprias da condição humana, e esta fragilidade atinge também a vida familiar”, recordou o reitor do Santuário.

“As famílias ideais não existem, o que existe são famílias concretas, com os seus limites, problemas, dificuldades e fragilidades”, disse ainda alertando para “quando o projeto de vida de uma família fracassa e redunda na separação, a comunidade cristã é convidada não a julgar, mas a usar de compreensão para com aqueles que experimentam o drama de verem fracassar o projeto de vida e de amor em que se tinham comprometido”.

Cabe a cada um e a cada uma “acolher e ajudar aqueles a quem os limites pessoais e as circunstâncias da vida impediram de viver o tal projeto ideal de Deus, sendo testemunhas da bondade e a misericórdia de Deus para com todos, olhando para o ideal, mas reconhecendo os limites”.

Nesta Eucaristia, os peregrinos foram convidados a ter nas suas intenções de forma especial as famílias cristãs, bem como pelas famílias que “veem fracassar o seu projeto de vida e de amor, e peçamos também pelas nossas comunidades cristãs, para que saibam acolher essas famílias que experimentam o fracasso”.

Esta celebração foi transmitida através dos meios de comunicação digital do Santuário de Fátima.

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