18 de abril, 2021

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Reitor do Santuário desafia peregrinos a "converter o olhar e o coração" para verem Cristo ressuscitado "nos que sofrem"

O padre Carlos Cabecinhas presidiu à Missa dominical, no Recinto de Oração, já com o acolhimento presencial reforçado na grande esplanada e nas Basílicas.

 

O reitor do Santuário de Fátima desafiou esta manhã os peregrinos de Fátima, participantes na Missa dominical, no Recinto de Oração, a reconhecer que Jesus Cristo ressuscitado está presente na Eucaristia mas também naqueles que sofrem e são excluídos da sociedade.

A partir da liturgia deste terceiro domingo de Páscoa, em que o Evangelho nos relata a apresentação que Jesus faz aos seus discípulos de si próprio através das suas chagas, o padre Carlos Cabecinhas recorda que hoje é fundamental que os cristãos reconheçam esta presença “naqueles que nos rodeiam e que sofrem”.

“Hoje a experiência da presença de Jesus Cristo vivo tem de passar por um olhar atento sobre aqueles  que nos cercam e que transportam as chagas da vida” pois as vítimas da exclusão, da doença  “são presença real de Jesus Cristo” afirmou o sacerdote.

“É isto que, tantas vezes, nos passa despercebido” frisou o reitor do Santuário exortando a uma “renovação do olhar” com vista a “uma conversão do coração”.

“Diante do sofrimento a nossa primeira tentação é desviar o olhar das feridas daqueles que nos cercam” disse ao sublinhar que é essa tentação que os cristãos devem combater.

“O Evangelho coloca diante de nós uma das aparições de Cristo ressuscitado aos seus discípulos,  que tinham dificuldade em acreditar pois a ressurreição de Jesus é e era uma novidade inaudita, demasiado grande, para que os discípulos acreditassem logo com facilidade. A ressurreição obrigava a uma conversão do olhar e do coração para que acreditassem na sua presença. Esta é a nossa dificuldade de discípulos hoje” disse o padre Carlos Cabecinhas ao sublinhar a importância de um caminho de conversão, que se impõe a todos e cada um dos batizados.

“Celebrar e viver a Páscoa é primeiramente fazer esta primeira experiência de Jesus Cristo nas nossas vidas;  proclamar a ressurreição é fazermos esta experiência da sua presença” esclareceu ao destacar o exemplo dos Pastorinhos.

“Os santos Pastorinhos de Fátima são um vibrante e comovente exercício de compaixão diante daqueles que sofriam e se aproximavam deles, porque deixaram que Jesus Cristo renovasse o seu olhar sobre os outros. Com eles somos convidados a aprender a converter assim o nosso olhar”, afirmou.

Por outro lado, referiu que este apelo constante à conversão, para ser consequente, implica a missão do anuncio.

“Quem faz a experiência da presença do Senhor sente a necessidade de O dar a conhecer” afirmou ao sublinhar que a conversão impele a que cada um se “desinstale do comodismo ou de uma vivência cristã rotineira e acomodada”.

Neste domingo, em que a Igreja assinala o inicio da Semana das Vocações, e a situação sanitária no país já permite a circulação entre concelhos,  foi retomado no Santuário o acolhimento presencial nas entradas da Basílica da Santíssima Trindade e Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima e no Recinto de Oração. 

As medidas de segurança definidas pelo Santuário de Fátima no contexto da pandemia trouxeram a necessidade de ter acolhimento presencial em todos os espaços do Santuário para que assim se garanta o cumprimento das normas sanitárias em vigor. A desinfeção das mãos, a verificação do uso obrigatório de máscara e a condução através dos percursos indicados, são fundamentais para o desenrolar normal das celebrações. Durante a semana, este trabalho de acolhimento é feito sobretudo por funcionários do Santuário; já ao fim-de-semana é assegurado maioritariamente pelo grupo de voluntários do Santuário.

O Santuário de Fátima dispõe de um grupo de 292 voluntários que dão apoio ao Departamento de Acolhimento e Pastoral da Mensagem de Fátima, Departamento de Liturgia, Departamento de Ação Caritativa, Museu do Santuário de Fátima, Gabinete de Comunicação e Departamento de Vigilância e Gestão Operacional. 

Em 2020, o reforço destas tarefas especificas de acolhimento, em contexto de pandemia,  implicou mais de 5000 horas de voluntariado a que só foi possível dar resposta com o estabelecimento de três parcerias com o Corpo Nacional de Escutas, com a Associação dos Servitas de Nossa Senhora de Fátima e com Fraternidade de Nuno Álvares.

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