08 de outubro, 2020

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“Rostos de Fátima, fisionomias de uma paisagem espiritual” será o título da próxima exposição temporária

Reitor do Santuário de Fátima fez anúncio na última visita temática à exposição temporária “Vestida de Branco”

 

A última visita temática à exposição temporária “Vestida de Branco”, teve lugar ontem à noite, no Convivium de Santo Agostinho, piso inferior da Basílica da Santíssima Trindade.

Marco Daniel Duarte, diretor do Museu do Santuário de Fátima, falou sobre o quinto núcleo da mostra, que percorre o processo da criação à difusão da Imagem de Nossa Senhora de Fátima.

“A Imagem de Nossa Senhora é o mote para esta exposição, que apesar de ausente, à exceção da tarde de 13 de junho, esteve sempre presente na cenografia”, considera o historiador, que fez uma cronologia deste que é “um dos maiores ícones religiosos do mundo mariano”.

A Imagem de Nossa Senhora de Fátima, tem uma profunda “ligação com os Papas”, muito pela história.

Inspirada numa imagem de Nossa Senhora da Lapa, venerada em Ponte de Lima, a Imagem foi modelada e executada pelo santeiro José Ferreira Thedim, conforme o relato das videntes, tal como lhe foi transmitido pelo cónego Manuel Formigão.

A Imagem chegou à Igreja paroquial de Fátima a 13 de maio de 1920, onde foi benzida pelo pároco, padre Manuel Marques Ferreira. Só um mês depois seria levada para a Capelinha das Aparições, numa delonga que se ficou a dever à proibição das manifestações religiosas pelo regime republicano, que vigorava naquele tempo.

“Esta peça vem na linhagem de um barroco de fins do século XX”, esclareceu.

Marco Daniel Duarte afirmou ainda que a imagem “vai ganhando valores plásticos, mas densidade psicológica ao longo dos tempos”.

“Esta imagem parece pobre, é uma parte de uma árvore, a Senhora da Lapa e tem muitas ramificações”, explicou, pois, esta tipografia vai dar duas formas novas formas de representar a Virgem a partir desta: a Virgem Peregrina e Imaculado Coração de Maria.

Desde maio de 1982, com a renovação da Capelinha das Aparições a tempo da primeira visita de João Paulo II, a Imagem assenta no exterior da Capelinha numa peanha que assinala o local exato onde se encontrava a azinheira sobre a qual Nossa Senhora apareceu aos três Pastorinhos.

Para além do momento excecional vivido na tarde de 13 de junho, a Imagem apenas saí da Capelinha das Aparições nos dias 12 e 13 das Peregrinações Internacionais Aniversárias, que decorrem entre maio e outubro, a 15 de agosto e 8 de dezembro, dias em que a Igreja celebra a Assunção e a Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria, respetivamente.

A exposição temporária “Vestida de Branco”, foi apresentada no âmbito da comemoração do centenário da criação da primeira escultura de Nossa Senhora de Fátima, reunindo as mais belas imagens da Virgem Maria, numa reflexão sobre a relação entre a arte e a devoção. A exposição centra-se na Imagem de Nossa Senhora do Rosário de Fátima a partir do quinto núcleo, onde é apresentado um percurso que vai desde a sua criação iconográfica, passando pela encomenda e fixação do modelo, a sua propagação pelo mundo e interpretação pelos artistas plásticos.

Durante a visita temática, foi ainda apresentado o catálogo da exposição, que disponibiliza informação acerca dos 152 objetos patentes na mostra. A publicação, que faz recolha de vários contributos, de diferentes âmbitos, sobre a Imagem de Nossa Senhora de Fátima, será o 4º volume da Coleção “Arte e Património”.

A apresentação esteve a cargo do padre Joaquim Ganhão, diretor do Museu Diocesano de Santarém, que começou por recordar o Papa Francisco Na encíclica Evangelii Gaudium, que afirma a urgência de valorizar o património cultural.

“O catálogo agora apresentado é um ato de generosidade e fidelidade na missão deste Santuário porque prolonga a exposição no tempo”, considera o sacerdote.

Esta iniciativa “pretende ajudar a perpetuar no tempo esta exposição, permitindo a quem não teve oportunidade de visitar fisicamente o espaço, o possa fazer de outra forma”.

“Num ano particularmente atípico, as visitas virtuais permitem eternizar um espaço museológico, mas a materialização em livro potencia a museografia pelos seus intervenientes”, explicou o Pe. Joaquim Ganhão.

Nas cerca de 350 páginas destaca-se um texto do Cardeal D. António Marto, bispo da Diocese de Leiria-Fátima sobre a beleza de Maria.

A palavra final, foi dada pelo Reitor do Santuário de Fátima, o Pe. Carlos Cabecinhas que considera este espaço museológico “um instrumento de difusão da mensagem de Fátima, que chega a públicos que dificilmente chegaríamos de outra forma, e aprofunda inclusive a própria mensagem”.

“As exposições temporárias são um meio de evangelização e um outro modo de apresentar a mensagem de Fátima, e têm uma característica fundamental, são abertas e acessíveis a todos”, reiterou.

No final o reitor do Santuário apresentou o título da próxima exposição: Rostos de Fátima, fisionomias de uma paisagem espiritual. A abertura está agendada para dia 28 de novembro, e prolongar-se-á até 15 de outubro de 2022.

A exposição temporária “Vestida de Branco”, está patente até ao próximo dia 15 de outubro, e até dia 06 de outubro, foi visitada por cerca de 100 200 pessoas.

 

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