20 de março, 2019

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Santuário de Fátima convida peregrinos a fazer memória das Aparições do Anjo aos Pastorinhos

Iniciativa percorre locais das aparições angélicas ocorridas em 1916

 

O Santuário de Fátima faz memória das Aparições do Anjo, ocorridas em 1916, com um programa especial, agendado para esta quinta-feira, dia 21 de março.

Com início às 21h30, na Capelinha das Aparições, os peregrinos são convidados a ir em procissão, rezando o Rosário, até aos locais das Aparições do Anjo, nos Valinhos e no Poço do Arneiro, em Aljustrel. O percurso é de cerca de 4 quilómetros.

Não tendo a Irmã Lúcia nos seus escritos, nem os interrogatórios oficiais, realizados aos videntes e aos seus familiares, indicado em concreto os dias das três aparições, ocorridas em 1916, o Santuário de Fátima decidiu, em 2013, passar a evocá-las numa data que se aproximará da data da primeira aparição.

Na Primavera de 1916, um Anjo, que se apresentou como “Anjo da Paz”, apareceu, na Loca do Cabeço à Lúcia, ao Francisco e à Jacinta, lê-se nas memórias da Vidente mais velha.

Segundo a descrição da Irmã Lúcia, "parecia um jovem dos seus 14 a 15 anos, mais branco do que se fosse de neve, que o sol tornava transparente como se fosse de cristal e duma grande beleza".

Conta a Ir. Lúcia nas suas memórias: “Ao chegar junto de nós, [o Anjo] disse:

- Não temais! Sou o Anjo da Paz. Orai comigo.

E, ajoelhando em terra, curvou a fronte até ao chão e fez-nos repetir três vezes estas palavras:

- Meu Deus, eu creio, adoro, espero e amo-Vos. Peço-vos perdão para os que não crêem, não adoram, não esperam e não Vos amam.

Depois, erguendo-se, disse:

- Orai assim. Os Corações de Jesus e de Maria estão atentos à voz das vossas súplicas.

As suas palavras gravaram-se de tal forma na nossa mente, que jamais nos esqueceram. E, desde aí, passávamos largo tempo assim prostrados repetindo-as, às vezes, até cair cansados.”

A segunda aparição deu-se no Verão, no Poço do Arneiro, junto da casa da Lúcia.

“Fomos passar as horas da sesta à sombra das árvores que cercavam o poço. De repente, vimos o mesmo Anjo junto de nós.

– Que fazeis? Orai! Orai muito! Os Corações de Jesus e Maria têm sobre vós desígnios de misericórdia. Oferecei constantemente ao Altíssimo orações e sacrifícios.

– Como nos havemos de sacrificar? – perguntei.

– De tudo que puderdes, oferecei um sacrifício em ato de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e de súplica pela conversão dos pecadores. Atraí, assim, sobre a vossa Pátria, a paz. Eu sou o Anjo da sua guarda, o Anjo de Portugal. Sobretudo, aceitai e suportai com submissão o sofrimento que o Senhor vos enviar.

Estas palavras do Anjo gravaram-se em nosso espírito, como uma luz que nos fazia compreender quem era Deus, como nos amava e queria ser amado, o valor do sacrifício e como ele Lhe era agradável, como, por atenção a ele, convertia os pecadores. Por isso, desde esse momento, começámos a oferecer ao Senhor tudo o que nos mortificava, mas sem discorrermos a procurar outras mortificações ou penitências, excepto a de passarmos horas seguidas prostrados por terra, repetindo a oração que o Anjo nos tinha ensinado.”

No Outono de 1916, o Anjo apareceu, pela terceira vez, à Lúcia, ao Francisco e à Jacinta, no mesmo lugar onde apareceu a primeira vez, na Loca do Cabeço.

“Logo que aí chegámos, de joelhos, com os rostos em terra, começámos a repetir a oração do Anjo: Meu Deus, eu creio, adoro, espero e amo-Vos, etc. Não sei quantas vezes tínhamos repetido esta oração, quando vemos que sobre nós brilhar uma luz desconhecida.

Erguemo-nos para ver o que se passava e vemos o Anjo, tendo na mão esquerda um cálice, sobre o qual está suspensa uma hóstia, da qual caem algumas gotas de Sangue dentro do cálice. O Anjo deixa suspenso no ar o Cálice, ajoelha junto de nós, e faz-nos repetir três vezes: Santíssima Trindade, Padre, Filho, Espírito Santo, adoro- Vos profundamente e ofereço-Vos o preciosíssimo Corpo, Sangue,

Alma e Divindade de Jesus Cristo, presente em todos os sacrários da terra, em reparação dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido. E, pelos méritos infinitos do Seu Santíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria, peço-Vos a conversão dos pobres pecadores.

Depois levanta-se, toma em suas mãos o cálice e a hóstia. Dá-me a sagrada hóstia a mim e o Sangue do Cálice divide-o pela Jacinta e o Francisco, dizendo ao mesmo tempo: Tomai e bebei o Corpo e Sangue de Jesus Cristo, horrivelmente ultrajado pelos homens ingratos.

Reparai os seus crimes e consolai o vosso Deus.

E, prostrando-se de novo em terra, repetiu connosco, outras três vezes, a mesma oração: Santíssima Trindade... etc., e desapareceu.

Nós permanecemos na mesma atitude, repetindo sempre as mesmas palavras; e, quando nos erguemos, vimos que era noite e, por isso, horas de virmos para casa.”

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