28 de outubro, 2022

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Virgem Peregrina de Fátima levou “esperança e consolo” à Nicarágua

Imagem Peregrina regressou ao Santuário esta tarde, depois de uma visita de 32 meses àquele país, que atravessa uma crise sociopolítica. “Durante este tempo, a Virgem tomou conta de nós!”, testemunham os responsáveis pela peregrinação.

 

Uma comitiva de cinco representantes da Misión Fátima Nicaragua veio, esta tarde, ao Santuário, entregar a Imagem Peregrina de Nossa Senhora, que percorreu aquele país da América Central nos últimos dois anos e meio. A acolher a comitiva esteve o reitor do Santuário, padre Carlos Cabecinhas, a quem Norlan Herrera Blandon, responsável pela missão, fez saber da “esperança e consolo” que a presença da Virgem Peregrina levou e do impacto da peregrinação nos nicaraguenses.

“Para o povo da Nicarágua, a presença da Virgem Peregrina de Fátima foi um tempo de graça. Nestes 32 meses que a Imagem peregrinou pelo país, levou esperança e fortaleza, especialmente aos mais afastados da sociedade: indígenas e comunidades rurais. Com esta missão, conseguimos que a mensagem de Fátima chegasse a famílias que ainda não a conheciam e colhemos muitos frutos: curas, conversões, penitentes que se abeiraram do sacramento da reconciliação e até pessoas que iniciaram a devoção do Rosário e que passaram a conhecer a mensagem de Nossa Senhora.”

À Sala de Imprensa do Santuário, Norlan Blandon sintetizou a peregrinação como “um grande sucesso”, sobretudo por ter levado esperança, num tempo em que o mundo viveu uma pandemia e o país atravessa tensões políticas.

“Durante a pandemia, a presença de Nossa Senhora deu-nos fé para seguir em frente. Foi um momento de esperança para todos, porque sabemos que Ela é portadora de paz, tranquilidade e confiança. Neste período, também fomos assolados por dois furacões e sempre sentimos sobre o manto protetor da Virgem. Durante este tempo, a Virgem tomou conta de nós!”

No momento da entrega da Imagem, Norlan Brandom relatou alguns “momentos tocantes” da visita.

“Era incrível como as crianças se emocionavam com a passagem de Nossa Senhora e como nos pediam para que não levássemos dali a Imagem. Os povos indígenas, para quem esta presença era vista como uma impossibilidade, escreveram um poema à Virgem, a quem chamaram de ‘Dona e Senhora destas terras’. Houve até igrejas evangélicas que se juntaram a nós, nesta presença, que foi um sinal de harmonia e paz”, testemunhou o responsável, lamentando-se por não ter sido feita a despedida merecida, devido à situação política do país.

 

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A missão continua e o Santuário e Fátima agradece

Para o futuro, Norlan Brandom assegurou o desejo de dar continuidade à missão criada para esta visita, no objetivo de difundir a mensagem de Fátima pelos fiéis, dando a conhecer a intenção da organização adquirir uma imagem para continuar a percorrer as periferias do país, sobretudo os doentes.

Na bagagem, a comitiva trouxe, para oferecer ao Santuário: um livro, que descreve o périplo da Virgem pela Nicarágua; cartas de agradecimento do episcopado e das irmãs clarissas e ofertas pessoais de devotos à Virgem, nomeadamente rosários e poemas.

O reitor do Santuário agradeceu as ofertas e declarou o seu regozijo pelos “frutos espirituais” e pela devoção expressa durante a peregrinação, num sucesso que reconheceu ser “sinal da comunhão e união com a Nicarágua, que Fátima tem presente em oração”.

No momento da devolução da Imagem, o Santuário de Fátima ofereceu uma réplica da Virgem Peregrina, relíquias dos Santos Pastorinhos e terços, que a comitiva nicaraguense fará chegar às irmãs clarissas daquele país, que colaboraram intensamente com esta peregrinação, nomeadamente durante o tempo de pandemia, no qual acolheram nas suas casas a Imagem de Nossa Senhora. Seguiram também, como oferta, 25 terços para os 25 jovens que custodiaram a imagem durante a visita.

“Agora que a Imagem Peregrina está de regresso à Cova da Iria, não queremos deixar de expressar a profunda gratidão do Santuário de Fátima para com todos aqueles que 'colaboraram nessa tão importante peregrinação, designadamente os jovens que a custodiaram ao longo de 32 meses pelas dioceses nicaraguenses, pela dedicação que colocaram nesse trabalho, que é bem demonstrativa da devoção e amor que dedicam a Nossa Senhora de Fátima. Fica também a certeza da nossa oração, no local exato onde tiveram lugar as aparições de Nossa Senhora, em Fátima, por todo o povo nicaraguense, para que, por intercessão de Maria Santíssima e dos Santos Francisco e Jacinta Marta, Deus conceda a todos as maiores graças e bênçãos”, lê-se na carta que acompanhou a oferta aos jovens.

 

Uma viagem marcada por uma pandemia e por tensões políticas

A Imagem Peregrina n.º6 partiu da Cova da Iria para a Nicarágua a 22 janeiro de 2020. Apesar de o pedido inicial ter sido feito pelo bispo de Jinotega, D. Carlos Enrique Herrera, o objetivo da Misión Fátima Nicaragua, que dinamizou a visita, era, desde o início, o de levar a Virgem Peregrina de Fátima ao maior número de dioceses daquele país, naquela que era a primeira presença da Imagem naquele país da América Central.

O regresso estava inicialmente previsto para 4 de agosto de 2021, mas, com a pandemia, foram feitos sucessivos reagendamentos, até à data de hoje.

O país atravessa atualmente uma crise sociopolítica, que tem crispado a relação entre a Igreja Católica e o governo, havendo relatos de perseguições religiosas.

No passado mês de agosto, no âmbito de um Congresso Nacional Mariano, uma procissão com a Imagem Peregrina de Fátima, na Arquidiocese de Manágua, não foi permitida pela polícia, que alegou “razões de segurança interna”.

 

 

Foto de capa: © Lázaro Gutierrez B

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