24 de outubro, 2021

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“É urgente a compaixão [para] fazer da distância necessária um lugar de encontro”

Na Missa deste domingo, no Recinto de Oração, D. Francisco Senra Coelho exortou peregrinos à “humanização dos gestos”, neste tempo de pandemia.

 

O arcebispo de Évora presidiu à Missa deste domingo, no Recinto de Oração do Santuário de Fátima, onde convidou os peregrinos a assumirem-se como “missionários de esperança”, pela amizade, compaixão e fraternidade.

A partir da Palavra proclamada neste XXX Domingo do tempo comum, o arcebispo de Évora começou por comprovar a presença de Deus na história da humanidade, desafiando, de seguida, os peregrinos ao esforço de superar as dificuldades com uma atitude de “fé adulta, educada” e ciente da força do amor de Deus, abraçando o anúncio dessa mesma certeza.

“Deus ama a nossa humanidade e assume as nossas alegrias e sofrimentos, os nossos anseios e angústias… E assume-os como ícones da misericórdia, da beleza do amor de Deus”, garantiu o presidente da celebração, a partir de uma referência da mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Missões que hoje se celebra, onde é citada a constituição pastoral Gaudium et spes, que emanou do Concílio Vaticano II.

Ao admitir a incerteza no futuro que este ttempo de pandemia gera, D. Francisco Senra Coelho exortou a multidão de peregrinos que se fez presenta na Cova da Iria a assumir com urgência a missão da compaixão, para “fazer distância necessária um lugar de encontro, cuidado e promoção”.

“Perante a tentação de mascarar e justificar a indiferença e a apatia em nome de um sadio distanciamento social, é urgente sofrer com o outro. (…) O que não podemos fazer na quantidade de metros que nos distanciam uns dos outros, podemos fazer na qualidade da nossa presença (…) A misericórdia com que fomos tratados transforma-se no ponto de credibilidade que nos permite recuperar e partilhar a paixão por criar uma comunidade de pertença, solidariedade e fraternidade, à qual saibamos destinar tempo, esforço e bens”, afirmou, com referência ao pedido também expressado pelo Papa Francisco, na encíclica "Fratelli Tutti".

O arcebispo de Évora considerou como uma necessidade premente a existência de “missionários de esperança”, que “sejam capazes de lembrar que ninguém se salva sozinho”, dando o exemplo de “evangelização ao serviço da Igreja” que a Legião de Maria – que hoje cumpre a sua peregrinação á Cova da iria – assumiu ao longo do último século de existência.

Centrando-se, depois, no tema deste Dia Mundial das Missões: "Não podemos deixar de afirmar o que vimos e ouvimos" (At 4, 20), o prelado exortou todos os batizados a serem “discípulos missionários”, anunciando a Boa Nova através da abertura em comunidade e da “amizade verdadeira”.

No final da homilia, D. Francisco Senra Coelho pediu a intercessão de Maria, “primeira discípula”, no sentido de fazer “crescer em todos os batizados o desejo de ser sal e luz na vida quotidiana”, na vida eclesial e comunitária, exortando os peregrinos a levar consigo “a beleza de Jesus e a compartilhá-Lo com todos, a partir da alegria do Evangelho”.

 

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Membros da Legião de Maria, na procissão inicial da Missa dominical.

 

Na oração dos fiéis, foram lembrados os membros da Legião de Maria, no seu jubileu do centenário, os Missionários da Boa Nova, que hoje também se reúnem em Fátima, em peregrinação, e todos os missionários da Igreja.

No início da celebração, foram anunciados 12 grupos de peregrinos portugueses e ainda grupos de Espanha, da Alemanha, da Eslovénia, de França, dos Estados Unidos da América e do México.

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