02 de novembro, 2025
Comemoração dos Fiéis Defuntos: “dia de esperança, gratidão e comunhão”Na missa a que presidiu, esta manhã, na Basílica da Santíssima Trindade, o padre Carlos Cabecinhas sublinhou que é a fé na ressurreição que torna especial a vivência desta data para os cristãos.
Com a entrada em vigor do horário de inverno, foi na Basílica da Santíssima Trindade que, esta manhã, se celebrou a Comemoração dos Fiéis Defuntos, data que mantém com a solenidade de Todos os Santos uma íntima união. “Por alguma razão a Igreja pôs estas duas celebrações em dias sucessivos”, disse o reitor do Santuário de Fátima no início da homilia. O padre Carlos Cabecinhas esclareceu que tanto a solenidade de Todos os Santos como a comemoração dos Fiéis Defuntos celebram “a união com aqueles que já partiram, com aqueles que nos precederam na fé”. “Recordar os familiares e os amigos falecidos, as pessoas cujo exemplo e cuja ação marcaram as nossas vidas é algo que não é especificamente cristão”, recordou o presidente da celebração. É algo que se encontra por toda a parte, que é próprio da condição humana, acrescentou. Contudo, para os cristãos, referiu, a recordação dos fiéis defuntos está indelevelmente marcada pela fé na ressurreição, por acreditarem que a morte não é o fim de tudo. “A nossa fé diz-nos que os defuntos, os nossos familiares, amigos ou conhecidos que morreram, não desapareceram definitivamente, apenas foram à nossa frente”, lembrou o padre Carlos Cabecinhas. Essa certeza e essa confiança estão na promessa de Cristo a que Evangelho faz alusão e que o sacerdote retomou: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem acredita em mim, ainda que tenha morrido, viverá. E todo aquele que vive e acredita em mim, nunca morrerá”. Por essa razão, o padre Carlos Cabecinhas reforçou a ideia de que a celebração dos Fiéis Defuntos é “dia de esperança, de gratidão e de comunhão”. Esperança, porque acreditamos na ressurreição; gratidão, por tudo o que recebemos daqueles que nos precederam; e comunhão, porque rezamos por eles, para que a misericórdia de Deus os transfigure e purifique.
A terminar, o presidente da celebração salientou que Jesus Cristo se oferece como “fármaco de imortalidade” - expressão que tomou de empréstimo a Santo Inácio de Antioquia – e convidou os peregrinos a apresentarem os fiéis defuntos a Cristo com esperança, confiança e gratidão. “A todos eles dai, Senhor, o eterno descanso”, concluiu. A missa foi celebrada em sufrágio pelos funcionários, voluntários, benfeitores e peregrinos do Santuário de Fátima que faleceram durante o ano.
Áudio da homilia do padre Carlos Cabecinhas
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