“Como os discípulos peçamos ao Senhor: ensina-nos a rezar mais e melhor”

“Como os discípulos peçamos ao Senhor: ensina-nos a rezar mais e melhor”

Reitor do Santuário de Fátima contemplou a súplica dos discípulos a Jesus pela aprendizagem da oração, eixo central na mensagem de Fátima, e pediu cuidado e inclusão para os idosos. 

Na missa dominical a que hoje presidiu, o padre Carlos Cabecinhas, reitor do Santuário de Fátima, destacou a importância da oração na vida dos cristãos. Aos peregrinos no Recinto de Oração, pediu que meditassem na súplica dos discípulos pela aprendizagem da oração, a partir de Jesus, que lhes ensinou o Pai Nosso convidando-os a rezar com Ele e a nisso manterem constância; que notassem a centralidade da oração na mensagem de Fátima “patente na insistência quer do Anjo, quer de Nossa Senhora, na necessidade de rezar todos os dias”; e que, ao dar graças a Deus e rezar pelos avós e idosos, incorporassem na sua ação o cuidado e o afeto pelas vias da presença concreta, da ajuda, e da inclusão dos mais velhos na vida de todos os dias.


Para evidenciar o quão fundamental é a oração, o padre Carlos Cabecinhas destacou que “a oração não é um elemento facultativo da nossa vivência cristã, mas faz parte da vida como cristãos”. Se para os discípulos “a oração nasce do desejo de estar unidos a Deus, em comunhão com Ele”, aos peregrinos no Santuário de Fátima o padre Carlos Cabecinhas aconselhou a mesma atitude.

Ao analisar a súplica dos discípulos “Senhor, ensina-nos a rezar!”, o reitor do Santuário de Fátima apontou como origem do pedido o exemplo de Jesus. A partir das Escrituras, que descrevem como “Jesus se retirava para lugares silenciosos para rezar”, frisou que “é ao ver Jesus rezar que nasce nos discípulos o desejo de rezarem”. Notou que, na resposta à súplica dos discípulos, é-lhes ensinada, na prática, a oração alinhada com a vida, por Jesus.


O padre Carlos Cabecinhas assinalou que é com “o Pai Nosso, a grande oração dos filhos de Deus”, que Jesus inicia os discípulos na oração, com a qual “desde sempre, os cristãos marcaram o ritmo dos seus dias”. Apresentou o Pai Nosso “como expressão de confiança em Deus”, que “faz crescer essa confiança na certeza da presença de Deus na nossa vida”.

A constância, na forma de insistência na oração, foi outra vertente reforçada nas palavras ditas na homilia. Acerca da permanência na prática orante, disse: “precisamos de rezar insistentemente para transformarmos os nossos desejos, de modo a sintonizá-los o mais possível com a vontade de Deus, que não quer senão o nosso bem”.


“O dom mais importante, que devemos pedir, é o Espírito Santo, como diz Jesus, pois toda a oração brota do Espírito Santo”, afirmou, “porque é o Espírito que orienta o nosso coração e a nossa vida para Deus”.

A propósito do Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, assinalado desde as celebrações no dia anterior, 26 de julho, o padre Carlos Cabecinhas mencionou a “solidão” daqueles que “vivem em dificuldade” e desafiou-nos “a gestos concretos de ajuda”.

Citou a mensagem do Papa Leão XIV para este dia, que convida a
“derrubar os muros da indiferença na qual os idosos estão frequentemente encerrados”, dirigida a todos nós, no sentido de nos tornarmos “protagonistas da ‘revolução’ da gratidão e do cuidado, a realizar-se através de visitas frequentes aos idosos... tecendo relações que possam dar esperança e dignidade àqueles que se sentem esquecidos”. Cada um de nós é desafiado “a trabalhar por uma mudança que devolva aos idosos a estima e o afeto”.
 

Áudio da homilia do padre Carlos Cabecinhas