17 de agosto, 2025
![]() Deus, no Evangelho e na mensagem de Fátima, é possibilidade de transformaçãoReitor do Santuário de Fátima pediu orações pelos atingidos pelos fogos e pela guerra e, no Evangelho e na mensagem de Fátima, contemplou a Deus como transformação.
A partir do Evangelho, os peregrinos foram convidados a uma reflexão sobre Deus, numa imagem que perpassa o Antigo Testamento, o Novo Testamento e chega à mensagem de Fátima. O padre Carlos Cabecinhas referiu-se à alegria e ao entusiasmo da fé em Deus como expressões metafóricas não de um fogo de origem terrena (esse muitas vezes ocasionado pelo descuido dos homens, com consequente destruição da natureza e da criação), mas sim de um fogo divino experimentado ou antevisto por aqueles que mais sentem fé em Deus. É no sentido da fé, e de antevisões do divino, que se situam as palavras iniciais da homilia proferida pelo padre Carlos Cabecinhas, quando, a partir do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas (Lc 12, 49-53), cita Jesus: “Eu vim trazer o fogo à Terra e que quero Eu senão que ele se acenda?”. O fogo figurado, nas palavras de Jesus, é entendido como fé, presença de Deus no crente. E que, segundo o padre Carlos Cabecinhas, além da manifestação de Deus, é “transformação que essa presença realiza no nosso interior e à nossa volta”. Quando “Jesus diz que veio trazer o fogo, diz-nos que vem trazer Deus à nossa vida”, e “quer que experimentemos a Sua presença”. O reitor do Santuário de Fátima constatou, num paralelismo, que “é impressionante verificar o quanto o dinamismo da mensagem de Fátima se aproxima da página do Evangelho que foi proclamada”. Referiu, da primeira leitura, o episódio do profeta Jeremias, que “recebeu de Deus uma missão a que foi fiel”, porque “tinha dentro do peito um fogo”, o “fogo da presença de Deus e do zelo pela Sua vontade”, “que o impedia de ficar calado e que o impelia a profetizar”. Episódio a partir do qual evocou os Santos Pastorinhos de Fátima. No fim da homilia, o padre Carlos Cabecinhas enquadrou a mensagem de Fátima enquanto “convite a uma forte experiência de fé”, “a experimentarmos a presença de Deus nas nossas vidas” e a “testemunharmos com entusiasmo e alegria na nossa vida a fé que professamos”.
|