24 de agosto, 2025

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“Não basta dizermo-nos cristãos, é preciso que a nossa vida o mostre”

Na homilia que proferiu este domingo, o reitor do Santuário de Fátima trouxe à reflexão a imagem da “porta estreita”, a que Evangelho alude, e em que medida representa o caminho para a salvação.

 

“Senhor, são poucos os que se salvam?”. A pergunta que alguém faz a Jesus, e que consta do Evangelho hoje proclamado, foi o ponto de partida para a homilia proferida pelo reitor do Santuário de Fátima, padre Carlos Cabecinhas, na missa celebrada este domingo de manhã, no Recinto de Oração.

Embora a pergunta acompanhe a humanidade ao longo de toda a sua história, na medida em que corresponde ao desejo de salvação, parece ter perdido interesse e relevância na sociedade atual. “Hoje, procura-se a salvação e a felicidade no êxito que se consegue, na exposição social, nos aplausos que nos cercam, nos cinco minutos de fama que a televisão ou as redes sociais nos podem proporcionar”, exemplificou o padre Carlos Cabecinhas.

Também a procura pelo imediatismo leva a que qualquer promessa de salvação que não possa ser vivida já e plenamente deixe de ter interesse. “Os horizontes da vida vão-se estreitando, a esperança definha e a incapacidade de lidar com os fracassos e os sofrimentos vai assumindo dimensões dramáticas, no nosso tempo”, sublinhou o sacerdote.

À pergunta “Senhor, são poucos os que se salvam?”, Jesus não responde com um número, “porque não é isso que interessa”, referiu o padre Carlos Cabecinhas. Relevante é o caminho, o que cada um pode fazer para atingir a salvação e que Jesus indica: “Esforçai-vos por entrar pela porta estreita”, citou o presidente da celebração.

“A salvação que Deus nos oferece em Jesus Cristo não é uma salvação que se encontra em ‘saldos’: é preciso fazer uma opção pela ‘porta estreita’”, prosseguiu o padre Carlos Cabecinhas, clarificando que a expressão utilizada representa “a renúncia a tudo aquilo que nos possa afastar de Deus”.

Para entrar pela “porta estreita”, “não basta dizermo-nos cristãos, é preciso que a nossa vida o mostre; é preciso que a vontade de Deus determine de modo efetivo as nossas atitudes, comportamentos, opções”, sublinhou o reitor do Santuário.

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Por fim, remeteu os peregrinos para a mensagem de Fátima e para a linguagem de sacrifícios que lhe está associada: “Indica-nos o caminho da ‘porta estreita’ do Evangelho, não como um convite a procurar o sofrimento pelo sofrimento, mas a procurar manifestarmos concretamente o amor a Deus e aos outros, o amor coerente e comprometido, com tudo o que isso implica de esforço e dificuldade”, concluiu o padre Carlos Cabecinhas.

Na missa celebrada esta manhã, no Recinto de Oração, estiveram presentes três grupos da Diocese do Porto, dois da Polónia, um de Itália e um da Venezuela.

 

Áudio da homilia do padre Carlos Cabecinhas
 

 

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